Frivolidade foi a palavra de escolha em nossos mais recentes relatórios para explicar a reação dos investidores à forte correção dos ativos de mercado financeiro.
Desde meados do mês de maio, os investidores começaram a desenhar uma recuperação, primeiramente baseada na perspectiva de um medicamento eficiente contra os efeitos do vírus e ao mesmo tempo, pela descoberta de uma vacina igualmente eficiente.
Tal cenário começou a perder força, conforme empresas que citavam descobertas eram descreditadas e, assim, o foco se voltou à primeira série de indicadores econômicos positivos, estes vindos da China e seguido por dados europeus.
Combinado tal cenário com a chegada do verão no hemisfério norte, a reabertura em diversas localidade foi colocada como a possível tábua de salvação da economia, reduzindo assim os impactos considerados trágicos da pandemia nos indicadores.
Eis que o período também foi marcado por uma série de eventos, alguns dos quais com enormes aglomerações, como aqueles pela morte de George Floyd nos EUA, além de um afrouxamento das regras por parte da população em países europeus.
O não surpreendente resultado foi o aumento novamente do número de casos e internações mundo afora, mesmo ao considerar que uma segunda onda em países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan ocorreu e foi “facilmente” controlada.
Eis o gatilho para uma realização intensa de lucros em nível global.
Localmente, além da série de problemas de ordem política, disputas do executivo com o STF, com membros do governo voltando ao ataque, o secretário Mansueto Almeida, considerado um dos melhores preparados técnicos do governo deve deixar o governo, em busca da inciativa privada, a qual o vem assediando a tempos, dada sua capacitação.
Estava difícil resistir às ofertas, o que mostra uma saída por motivos totalmente pessoais e não políticos, sendo algo positivo e seu substituto pode aliviar o peso de sua escolha neste momento.
Em semana de Copom, dados de atividade econômica se chocam com a mudança de viés dos indicadores inflacionários, nos quais, apesar da descompressão recente, a alta do dólar já se reflete em diversos itens, em especial ao atacado.
Já a atividade econômica, varejo, serviços e coleta de impostos, todos devem mostrar um cenário de desolação dada a pandemia, mantendo ao Copom, a premissa de mais um corte de juros e forte, 75 bp.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores de ressurgimento do vírus.
Em Ásia-Pacífico, negativo em todos os mercados, seguindo a tendência do ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, inclusive o ouro e a prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com novos surtos elevando as preocupações com a demanda de combustível.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 13,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0504 / 1,56 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 107,34 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,032%
Dólar Fut. (1 m) : 5082,05 / 2,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,07 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,14 % aa (0,49%)
DI - Janeiro 25: 5,68 % aa (0,35%)
DI - Janeiro 27: 6,60 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9968% / 92.795 pontos
Dow Jones: 1,8997% / 25.606 pontos
Nasdaq: 1,0122% / 9.589 pontos
Nikkei: -3,47% / 21.531 pontos
Hang Seng: -2,16% / 23.777 pontos
ASX 200: -2,19% / 5.720 pontos
ABERTURA
DAX: -0,908% / 11840,78 pontos
CAC 40: -0,755% / 4802,73 pontos
FTSE: -0,969% / 6046,05 pontos
Ibov. Fut.: -2,15% / 92604,00 pontos
S&P Fut.: 0,814% / 3034,80 pontos
Nasdaq Fut.: -1,267% / 9522,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,83% / 63,18 ptos
Petróleo WTI: -1,54% / $35,70
Petróleo Brent: -0,72% / $38,43
Ouro: -1,08% / $1.712,02
Minério de Ferro: 0,82% / $103,59
Soja: -0,49% / $867,00
Milho: -0,38% / $328,75 $328,75
Café: -0,74% / $94,50
Açúcar: -0,76% / $11,78