O primeiro dia da reunião do Copom começa com mais um índice inflacionário superando o piso das projeções do mercado, com queda de -0,3% no IPC da Fipe, resultado da queda em habitação (energia elétrica em bandeira verde), transportes (queda no preço da gasolina e do petróleo no mercado internacional) e despesas pessoais.
Todas estas contrações foram fortes o suficiente para compensar a alta do item alimentação, acelerado pela maior demanda, devido às paralisações em tempos de pandemia.
Ou seja, estamos comendo mais em casa e menos "na rua".
Este microcosmos paulistano de inflação tende a ser o reflexo do que vai acontecer em termos nacionais com o IPCA, onde o item alimentação continuará a representar um impacto positivo, com o petróleo deflacionando o item transportes e bens duráveis em franca contração de preços.
Para os próximos meses, a medida mais relevante que pode se alterar será a de combustíveis, devido ao possível aumento de R$ 0,20 da CIDE, ainda a se definir, porém, a sequência de deflações alimentada também pela atividade econômica contraída, com impacto em bens duráveis, pode ser o novo normal de curtíssimo prazo.
Todavia, a série de incertezas de médio que alimenta o atual cenário já incita cautela da autoridade monetária no ciclo de cortes, entre elas a extensão da crise viral, o impacto inflacionário represado do câmbio e da elevação da liquidez, tanto em nível global, quanto local e as incertezas políticas mais recentes.
Este último ponto põe em xeque a capacidade do governo em manter o ritmo das reformas estruturantes, aquelas citadas constantemente pelo Copom para reforçar a continuidade à atual política monetária.
Já há um reflexo nos vértices mais longos da curva de juros, o que dificulta os efeitos da política monetária atual.
Na agenda macro, foco na produção industrial brasileira, diversos PMIs e balança comercial nos EUA.
No âmbito corporativo, atenção aos resultados no exterior de Walt Disney, Activision Blizzard, BNP Paribas (PA:BNPP), Thomson Reuters, Electronic Arts (NASDAQ:EA), DuPont (NYSE:DD), Intesa, Prudential (LON:PRU), Fiat Chrysler, Repsol (MC:REP), Beyond Meat (NASDAQ:BYND), MercadoLibre, e localmente, Alpargatas (SA:ALPA4), EDP (SA:ENBR3) e TIM (SA:TIMP3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a retomada da atividade em diversas localidades.
Em Ásia-Pacífico, fechamento positivo, apesar do impacto da crise viral na economia de Hong-Kong no primeiro trimestre.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas em cobre, prata e minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, na esperança pelo alívio dos lockdowns.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,39%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5437 / 1,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,550%
Dólar / Yen : ¥ 106,74 / 0,112%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 5552,84 / 1,75 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,66 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,91 % aa (2,51%)
DI - Janeiro 25: 6,61 % aa (2,01%)
DI - Janeiro 27: 7,50 % aa (1,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0243% / 78.876 pontos
Dow Jones: 0,1099% / 23.750 pontos
Nasdaq: 1,2291% / 8.711 pontos
Nikkei: -2,84% / 19.619 pontos
Hang Seng: 1,08% / 23.869 pontos
ASX 200: 1,64% / 5.407 pontos
ABERTURA
DAX: 1,312% / 10604,16 pontos
CAC 40: 1,407% / 4439,81 pontos
FTSE: 1,072% / 5815,44 pontos
Ibov. Fut.: -1,77% / 79098,00 pontos
S&P Fut.: 0,952% / 2852,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,992% / 8885,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,33% / 61,78 ptos
Petróleo WTI: 9,61% / $22,47
Petróleo Brent: 7,46% / $29,28
Ouro: -0,27% / $1.700,12
Minério de Ferro: -0,42% / $82,15
Soja: 0,12% / $835,00
Milho: 0,40% / $312,00 $312,00
Café: 1,05% / $105,55
Açúcar: 0,67% / $10,50