Polêmicas à parte sobre o resultado do pleito, os EUA estarão em breve sob nova direção e recobertos por uma série de desafios ainda presentes no dia-a-dia dos americanos e em decisões que se refletem em nível mundial.
Com um trimestre sob a égide republicana, o desafio de se enfrentar uma segunda onda pandêmica, ainda administrando os impactos da primeira são grandes, principalmente os econômicos, pois a curva de aprendizado de tratamentos e administração da doença se acelerou bastante.
A alternância acelerada de poder, tendo na figura televisiva e polêmica de Trump um peso enorme foi em grande parte causada exatamente pela forma como foi administrada a pandemia, em especial no seu início.
Sem a pandemia, apesar do enorme ruído criado, o atual presidente muito provavelmente se reelegeria, dado que os resultados de seu governo não foram negativos.
Agora, além dos problemas acima citados, a possível judicialização do pleito pode atrasar a adoção de medidas econômicas, em especial os pacotes de estímulos prometidos deste antes das eleições e também possíveis pacotes fiscais, uma demanda do Fed, dada a limitação do uso do instrumento de política monetária.
A chegada da temporada de gripes do outono no hemisfério norte já causa uma explosão no número de casos que se mantiveram contidos durante o verão e nos EUA em especial, as celebrações pela vitória democrata tendem também a trazer consequências nos aumentos de casos, dadas as grandes aglomerações.
Para o mercado financeiro mundial, a adoção de estímulos adicionais como os demonstrados na Europa na semana anterior ajuda na perspectiva de continuidade da liquidez da qual os investidores se mostram ainda bastante dependentes.
Todavia, a expectativa ainda é daquilo que possa vir dos EUA e como isso impactará no humor dos agentes. No curto prazo, o cenário de mercado continua positivo na expectativa de que mesmo sob nova direção, os EUA continuem a prover liquidez em nível mundial e sustentem a inflação de ativos, conforme os moldes criados em 2008.
Localmente, nada além das reformas nos prepara para o futuro, nada!
A semana reserva dados de inflação ao atacado e varejo nos EUA e China, atividade econômica na Zona do Euro e no Reino Unido e no Brasil, dados de atividade econômica como IBC-Br, Volume do Setor de Serviços e Vendas ao Varejo, além de uma série de inflações semanais.
Balanço Corporativos de Hoje:
Global: McDonald’s (NYSE:MCD) (SA:MCDC34), Softbank (T:9984), XP (NASDAQ:XP), Zoom (NASDAQ:ZM), Yamaha (T:7951), Mazda (T:7261).
Local: BRF (SA:BRFS3), Itaúsa (SA:ITSA4), Linx (SA:LINX3), Portobello (SA:PTBL3), Positivo (SA:POSI3),São Martinho (SA:SMTO3) e Vulcabras Azaleia (SA:VULC3)
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a definição do pleito nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguido da vitória de Biden.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York pós-eleições.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,40%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3775 / -2,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,008%
Dólar / Yen : ¥ 103,68 / 0,329%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,091%
Dólar Fut. (1 m) : 5422,83 / -2,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,21 % aa (-3,00%)
DI - Janeiro 23: 4,90 % aa (-2,58%)
DI - Janeiro 25: 6,53 % aa (-1,95%)
DI - Janeiro 27: 7,27 % aa (-2,02%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1724% / 100.925 pontos
Dow Jones: -0,2352% / 28.323 pontos
Nasdaq: 0,0362% / 11.895 pontos
Nikkei: 2,12% / 24.840 pontos
Hang Seng: 1,18% / 26.016 pontos
ASX 200: 1,75% / 6.299 pontos
ABERTURA
DAX: 1,877% / 12714,28 pontos
CAC 40: 1,564% / 5038,46 pontos
FTSE: 1,401% / 5992,79 pontos
Ibov. Fut.: 0,28% / 101110,00 pontos
S&P Fut.: -0,117% / 3500,70 pontos
Nasdaq Fut.: 1,803% / 12290,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,37% / 73,09 ptos
Petróleo WTI: 2,21% / $37,99
Petróleo Brent: 2,26% / $40,33
Ouro: 0,35% / $1.958,37
Minério de Ferro: 2,92% / ¥ $117,63
Soja: -0,16% / $1.096,75
Milho: -1,11% / $402,25
Café: 0,56% / $107,55
Açúcar: -0,60% / $14,82