Setembro está sendo um mês de maior volatilidade e estagnação nos mercados mais amplos. Até agora no mês, por exemplo, o Dow Jones Industrial, o S&P 500 e o Nasdaq 100 acumulam quedas em torno de 2,4%, 1,9% e 1,6%, respectivamente. Com isso, quem busca um fluxo constante de renda está colocando suas ações preferenciais em suas listas de observação.
As ações preferenciais são ativos híbridos. Elas têm características tanto de títulos que pagam uma renda fixa quanto de ações, que representam a propriedade de uma empresa. No entanto, é preciso notar que essa explicação simplificada aplica-se às ações preferenciais nos EUA. Em outras jurisdições, podem apresentar características um pouco diferentes.
Os investidores geralmente compram ações preferenciais com foco em renda, e não necessariamente crescimento. Seu titulares recebem pagamentos de dividendos em períodos regulares, como se fossem títulos de renda fixa, mas sua rentabilidade geralmente é maior. Nos EUA, também pode haver benefícios tributários para essas distribuições.
Uma pesquisa recente de Anthony L. Loviscek, da Universidade de Seton Hall, em Nova Jersey, diz o seguinte:
“Uma alocação em um fundo de ações preferenciais na faixa de 5% a 15% pode reduzir o risco de uma carteira, ao mesmo tempo em que preserva o retorno do portfólio, fornecendo uma proteção para os gestores de fundos balanceados e investidores em busca de renda”.
Os resultados da companhia geralmente não afetam os preços das ações preferenciais. No entanto, as classificações de crédito dos emissores, bem como as taxas de juros, são fatores importantes a serem considerados na hora de investir nesses ativos. E, em caso de falência, as ações preferenciais têm prioridade sobre as ações ordinárias. O termo “preferencial” destaca sua prioridade em caso de liquidação de uma empresa.
Já discutimos anteriormente fundos negociados em bolsa (ETFs) que investem em ações preferenciais. Foram eles:
Invesco Preferred ETF (NYSE:PGX): queda de 0,72% no acumulado do ano; retorno de dividendos de 4,88%. Com patrimônio líquido de mais de US$7,5 bilhões, é um dos maiores fundos preferenciais.
iShares International Preferred Stock ETF (NYSE:IPFF): esse fundo foi fechado em agosto de 2021.
Hoje, apresentamos outro fundo que pode interessar a uma variedade de investidores.
Global X SuperIncome Preferred
- Preço atual: US$12,02
- Média de 52 semanas: US$10,89 - 12,15
- Retorno do dividendo (Yield): 5,65%
- Taxa de administração: 0,58% ao ano
O fundo Global X SuperIncome™ Preferred (NYSE:SPFF) rastreia os retornos do índice S&P Enhanced Yield North American Preferred Stock. O fundo, que foi listado em julho de 2012, atualmente investe em 41 das ações preferenciais com maior rendimento nos EUA e no Canadá.
Em termos de alocação subsetorial, as empresas financeiras detêm a maior porção, com 62,83%, seguidas de energia (8,94%) e saúde (5,84%).
Nos EUA, os bancos estão entre os maiores emissores de ações preferenciais. As 10 principais participações compreendem 40% do patrimônio líquido de US$230 milhões.
Entre os principais nomes da carteira estão: a gigante dos semicondutores Broadcom (NASDAQ:AVGO) (SA:AVGO34), a fabricantes de equipamentos de saúde Becton Dickinson (NYSE:BDX) (SA:B1DX34), Ally Financial (NYSE:ALLY), PNC Financial Services (NYSE:PNC) (SA:PNCS34) e US Bancorp (NYSE:USB) (SA:USBC34).
No acumulado do ano, o fundo já se valorizou 7,9% e atingiu sua máxima histórica em agosto. O atual nível de preço gera um dividend yield de quase 5,65%. Devemos notar que o SPFF faz distribuições mensais. Leitores interessados encontram bom valor nos níveis atuais.
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