A perspectiva menos “dovish” para os juros brasileiro em vista à questão política, como explicitado no comunicado do COPOM vai na linha inversa à perspectiva menos “hawkish” por parte do FOMC.
Em resumo, o COPOM tende a cortar menos os juros, enquanto o FOMC pretende subir menos.
Os indicadores econômicos nos EUA continuam a sinalizar tanto uma economia em expansão moderada, quando uma inflação na mesma linha, ou seja, faltam motivos além da normalização dos juros para o Fed alterar a taxa.
Na Europa, a situação se firma na manutenção dos estímulos por parte do BCE, em vista à resposta macroeconômica ainda considerada lenda e preços considerados controlados, mesmo com a elevada liquidez.
Esta situação global de juros tende a manter tanto a liquidez elevada para ativos de maior prêmio de risco, incrementando a “bolha” que se supõe nos preços, quanto a pressão negativa no dólar em nível global, alimentando índices modestos de inflação.
Aos investidores, resta “surfar na atual onda”, até quando ela dure.
CENÁRIO POLÍTICO
Na semana com o TSE prestes a decidir sobre a chapa Dilma-Temer, os ataques em Londres por extremistas islâmicos e a decisão de isolamento do Catar por países árabes ecoam nos mercados.
Emirados Árabes, Arábia Saudita, Egito e Bahrain romperam laços diplomáticos com o Catar, indicado que o país financia o terrorismo, por conta dos laços com o Irã.
O país é um grande aliado americano na região, com 10.000 soldados estacionados no país e um dos maiores PIB per capta do mundo. Todavia, o país não segue um alinhamento sunita, o que gera disputas de poder com outras nações.
Desde o acordo do Irã, costurado com o ex-presidente Obama, os países sunitas tentam minar a influência do país na região e após a visita da Trump à região, os ânimos se afloraram.
CENÁRIO DE MERCADO
Passada uma semana onde as definições de juros praticamente se inverteram no Brasil e nos EUA, a questão política ganha corpo em nível global e continua a influenciar o cenário.
A abertura na Europa é de queda na sua maioria e a mesma tendência é observada nos futuros das bolsas em NY.
O dólar opera em forte alta contra a maioria das divisas, volátil desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, o ouro sobe com o aumento das tensões globais e o minério de ferro operam em alta no porto de Qindao.
O petróleo opera em queda em NY e Londres, apesar da tensão no oriente médio com a questão do Catar.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2457 / -0,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,310%
Dólar / Yen : ¥ 110,58 / 0,163%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,140%
Dólar Fut. (1 m) : 3272,72 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,55 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 21: 10,56 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 11,12 % aa (0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,36% / 62.511 pontos
Dow Jones: 0,29% / 21.206 pontos
Nasdaq: 0,94% / 6.306 pontos
Nikkei: -0,03% / 20.171 pontos
Hang Seng: -0,24% / 25.863 pontos
ASX 200: -0,57% / 5.755 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12822,94 pontos
CAC 40: -0,533% / 5314,92 pontos
FTSE: -0,290% / 7525,74 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62607,00 pontos
S&P Fut.: -0,057% / 2436,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,098% / 5880,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 82,17 ptos
Petróleo WTI: -0,31% / $47,51
Petróleo Brent:-0,44% / $49,73
Ouro: 0,15% / $1.281,09
Minério de Ferro: 1,59% / $56,27
Soja: 0,74% / $17,66
Milho: 0,07% / $372,50
Café: 0,68% / $126,10
Açúcar: 1,75% / $13,89