Ásia
As bolsas asiáticas caíram na madrugada desta segunda-feira, depois que as ações dos EUA terminaram em queda na semana passada, à medida que as expectativas dos mercados globais para taxas de juros mais altas continuavam a ditar o tom.
Os índices da China continental lideraram as perdas, com o Shenzhen Component despencando 6,08%, para 10.379,28 pontos, enquanto o composto de Xangai caiu 5,13%, para 2.928,51 pontos. O índice CSI 300 caiu 4,94%, para 3.814,00 pontos, seu fechamento mais fraco desde abril de 2020.
A China tem lutado para conter seu pior surto do coronavírus, apesar dos duros bloqueios em sua maior cidade, Xangai. O governo chinês também ordenou testes obrigatórios de Covid-19 no distrito de Chaoyang, em Pequim, em meio ao aumento nos casos e colocou restrições em outras comunidades e áreas do distrito, informou o jornal estatal Beijing Daily no domingo.
O aumento dos casos de COVID-19 na China está desencadeando preocupações com mais bloqueios que prejudicariam a recuperação econômica na região. Outras nações também estão lidando com problemas econômicos relacionados ao COVID-19, como a ausência de receita turística no Japão, onde os casos ainda estão subindo e descendo enquanto abre gradualmente suas fronteiras, mas apenas para viajantes à negócios.
O índice japonês Nikkei caiu 1,90%, fechando em 26.590,78 pontos. As ações da Nissan fecharam em baixa de 5,05% após Bloomberg dizer de que a Renault (EPA:RENA) pode vender parte de sua participação na empresa japonesa para se concentrar mais em veículos elétricos. O iene japonês foi negociado a 128,07 por dólar. Ele cruzou o nível 129 na semana passada antes de se fortalecer no início desta semana.
O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 3,77%, em 19.861,00 pontos, enquanto o índice Hang Seng Tech caiu 4,43%. As ações da empresa de vídeo chinesa Bilibili (NASDAQ:BILI) caíram 5,24% em Hong Kong e as ações do Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) listadas em Hong Kong caíram 4,96%.
O Kospi da Coreia do Sul caiu 1,76%, em 2.657,13 pontos. As ações da Hyundai Motor fecharam em alta de 1,11% depois que a empresa divulgou um aumento de 16,8% no lucro líquido do primeiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2021.
Os mercados da Austrália e da Nova Zelândia ficaram fechados na segunda-feira por conta de feriado.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 2,39%.
Europa
As bolsas europeias caem acentuadamente na segunda-feira, à medida que a liquidação nos mercados globais continua.
O índice pan-europeu Stoxx 600 cai mais de 2% no meio da manhã, com quase todos os setores em território negativo. As ações de recursos básicos, que tem forte exposição à China, registram os piores desempenhos no índice.
O contrato de minério de ferro para setembro, negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian chegou a cair 11% na segunda-feira, à medida que as expectativas da demanda são ponderadas por conta dos bloqueios prolongados em Xangai e temores de que outras partes da China, incluindo Pequim, possam estar sujeitas a restrições semelhantes. Os futuros do minério de ferro em Cingapura também caíram na casa de 11%. Os futuros do vergalhões de aço de outubro, mais negociado na Bolsa de Futuros de Xangai, caiu 3,2%.
O alemão DAX 30 cai 1,74%, o francês CAC 40 cai 2,33% e o FTSE MIB da Itália recua 1,62%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 cai 0,55%, o português PSI 20 tomba 1,03%.
Na Rússia, o MOEX cai 1,86% e o RTSI avança 1,62%.
Em Londres, o FTSE 100 cai 2,08%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) despenca 7,1%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 2,4%, enquanto as gigantes BHP (LON:BHPB) Billiton (NYSE:BHP) e Rio Tinto (LON:RIO) operam em baixa de 5,9% e 5,3%, respectivamente. A produtora de petróleo BP (LON:BP) cai 5%.
Entre os dados econômicos divulgados, o Índice de Clima de Negócios do IFO subiu inesperadamente para 91,8 pontos em abril, ante 90,8 pontos em março, por conta do menor pessimismo nas expectativas das empresas, disse o instituto. Economistas esperavam que o índice diminuísse para 89,1. O índice IFO baseia-se em uma pesquisa com cerca de 9.000 empresas de manufatura, serviços, comércio e construção.
Os investidores na Europa também estão digerindo o resultado da eleição presidencial francesa na segunda-feira. O francês Emmanuel Macron derrotou por uma margem confortável a sua rival Marine Le Pen na eleição de domingo, garantindo um segundo mandato como presidente em sua agenda pró-empresas e pró-UE. Os resultados oficiais mostraram que o centrista Macron, do partido La Republique En Marche, conquistou 58,5% das urnas no segundo turno. Le Pen, do partido nacionalista e de extrema-direita Rally Nacional, teve quase 42% dos votos.
Investidores europeus continuam monitorando os desenvolvimentos na Ucrânia, já que a invasão russa do país entrou em seu terceiro mês no domingo. O conflito que matou milhares e levou à pior crise de refugiados que a Europa viu desde a Segunda Guerra Mundial. O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que a Ucrânia “lutará até o fim” por Mariupol, negando o pedido de rendição proposto por forças russas no domingo e que a guerra só terminará se as tropas russas se retirarem totalmente do país.
EUA
Os futuros dos índices de ações dos EUA caem nesta segunda-feira, indicando que pode adicionar mais perdas à Wall Steet após uma série de quedas na semana passada, depois que o presidente do Federal Reserve indicou que o Banco Central pode aumentar as taxas de juros em 0,50%, o dobro do incremento habitual nas próximas reuniões. A reunião de maio acontece nos dias 3 a 4 de maio. O FED já elevou sua taxa de juros este mês, o primeiro aumento desde 2018.
Ne sexta-feira, o Dow caiu 2,82%, para 33.811,40 pontos, no pior desempenho diário desde outubro de 2020. O S&P 500 caiu 2,8%, para 4.271,78 pontos, seu pior dia desde março, enquanto o Nasdaq Composite caiu 2,55%, para 12.839,29 pontos.
Todos os principais índices fecharam em baixa na semana passada. O Dow caiu 1,9% na semana, ou seu quarto declínio semanal consecutivo. O S&P 500 e o Nasdaq caíram 2,8% e 3,8% na semana, respectivamente, registrando seu terceiro declínio semanal consecutivo.
Wall Street também está se preparando para a semana mais movimentada até agora da temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre de 2022. Cerca de 160 empresas do S&P 500 devem divulgar seus balanços nesta semana. Os investidores aguardam relatórios de grandes empresas de tecnologia, incluindo Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), empresa controladora do Google, Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) e Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34).
Espera-se que a Coca-Cola reporte seus números antes do sino de abertura na segunda-feira. Outras empresas que reportaram na segunda-feira incluem Activision Blizzard, Otis, Whirlpool e Zions Bancorp (NASDAQ:ZION).
Os investidores também estão de olho no Twitter, que reportou ganhos na quinta-feira e no domingo foi relatado que está reavaliando a oferta de aquisição de Elon Musk. As ações do Twitter sobem 1,0% no pré-mercado.
Na agenda econômica, os números mais aguardado da semana são os da inflação nesta semana. Os pedidos semanais de seguro-desemprego sairão na quinta-feira e o índice de gastos pessoais do consumidor deve ser divulgado sexta-feira. Em fevereiro, o núcleo do PCE saltou 5,4%.
Criptomoedas
O Bitcoin cai para uma baixa de seis semanas em meio ao sentimento de sell-off mundial.
Em um mar vermelho nos mercados globais, com as bolsas europeias próximo das mínimas de um mês, baixas semanais consecutivas em Wall Street, as commodities sofrendo fortes perdas significativas, com o ouro, tradicionalmente reconhecido como um porto-seguro e hedge contra a inflação, caindo quase 1%, o surto de coronavírus na China não poderia ter vindo em pior momento, visto temores com aumentos mais rápidos das taxas de juros pelo Federal Reserve e as consequências da guerra na Ucrânia.
Os temores de bloqueio em Pequim, desencadeou mais preocupações de um bloqueio mais duro na China e que outras metrópoles possam repetir essas medidas em questão de dias, o que provavelmente agravará os problemas globais na cadeia de suprimentos, reforçando a já elevada inflação em todo o mundo. As autoridades chinesas tem se apoiado em bloqueios para controlar o vírus, reforçando a sua política de "Covid Zero", como aconteceu recentemente em Xangai.
A maior criptomoeda por capitalização de mercado segue negociada abaixo de US $ 39.000 nesta segunda-feira, a menor cotação desde 15 de março.
Bitcoin: -3,12%, em US $ 38.465,00
Ethereum: -4,14%, em US $ 2.824,85
Cardano: -5,50%
Solana: -6,30%
Dogecoin: -7,16%
Shiba Inu: -5,65%
Terra: -3,17%
XRP: -8,02%
Litecoin: -4,39%
Índices futuros - 7h55
Dow Jones Futuros: -0,71%
S&P 500 Futuros: -0,75%
Nasdaq 100 Futuros: -0,78%
Commodities
MinFe Dailan: -10,73%
Brent: -4,04%
Petróleo WTI: -4,13%
Soja: -1,18%
Ouro: -1,37%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.