A semana que precede importantes indicadores de inflação no Brasil e de mercado de trabalho nos EUA costuma ser fraca de agenda macroeconômica, porém nesta contamos com eventos de grande relevância tanto aqui, quanto no exterior, com peso redobrado da questão política.
Entre em votação hoje na câmara a PEC 241, a qual define o teto de gastos públicos, baseados na inflação do ano de exercício anterior, o que é considerado um dos maiores avanços fiscais no Brasil desde a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), oficialmente a Lei Complementar nº 101. O sucesso ou insucesso do projeto definirá tanto o rumo das políticas econômicas quanto da política monetária nos próximos meses.
Dada a atual situação inflacionária brasileira, onde o item alimentação deixou de criar os choques observados recentemente (IPC-S semanal hoje, alimentação -0,14%; Proj. Infinity: -0,13%) e a atividade econômica dá fortes sinais de enfraquecimento, o contexto para se deflagrar um ciclo de cortes de juros depende neste momento da aprovação da PEC.
O caráter inflacionário da situação fiscal é neste momento um dos maiores impeditivos para que haja segurança em um ciclo de afrouxamento monetário, por isso o peso e valor dado à passagem segura da lei no congresso nacional, com o menor número de alterações possíveis.
No cenário internacional, por mais uma vez, o debate entre Hillary Clinton e Donald Trump favoreceu a candidata democrata, onde o baixo nível de agressões e falta de preparo do republicano já é considerado por muitos membros do próprio partido, nada simpáticos à candidatura do magnata, como uma implosão da campanha.
Isso retira parte do peso político do cenário americano e deixa o foco nos juros, onde a série bastante extensa de discursos de membros do FOMC começa a reforçar os sinais de elevação da taxa após o período eleitoral nos EUA, o que reforça a leitura da ata da última reunião do comitê durante o feriado na quarta-feira.
O petróleo se firma acima dos US$ 50 o barril em NY e em Londres e a abertura na Europa e futuros em NY se mantém em terreno positivo.
“A falta de dinheiro é a raiz de todo o mal”- Mark Twain
DI - Janeiro 17: 13,66 % (-0,30%)
DI - Janeiro 18: 11,96 % (-0,42%)
DI - Janeiro 21: 11,25 % (-0,43%)
DI - Janeiro 25: 11,51 % (-0,71%)
Dólar Comercial: R$ 3,2280 / 0,21%
Dólar Dezembro 16: -0,99%
Dólar Novembro 16: 0,06%
IBOV 61.109 pontos / 0,77%
Dow Jones : -0,15% / 18.240 pontos
Nasdaq : -0,27% / 5.292 pontos
Nikkei : 0,24% / 16.860 pontos
HangSeng : 0,27% / 23.852 pontos
S&P/ASX 200 : -0,14% / 5.475 pontos
FTSE : 0,63% / 7.044 pontos
Dax : -0,74% / 10.491 pontos
CAC40 : -0,67% / 4.450 pontos
BOM DIA E BONS NEGÓCIOS