A complexidade da guerra comercial começa a aumentar ainda mais, com a possibilidade da China usar estrategicamente as suas reservas de terras raras, metais essenciais na produção de eletrônicos e baterias de alto rendimento, como forma de pressionar os EUA.
"Não digam que não avisamos” é a frase utilizada pela imprensa chinesa, a mesma utilizada durante a guerra da fronteira com a China em 1962 e um símbolo de forte reação.
O uso das reservas pode piorar ainda mais a situação de custos de empresas com produção terceirizada na China.
A própria Huawei, com apoio do governo chinês, se aprofunda na briga, agora questionando as ações do governo americano nas cortes judiciais americanas, elevando o tom das críticas a Washington.
O problema, além da guerra nada oculta pelo controle dos protocolos de 5G, está na ação predatória chinesa na ‘cópia’ de tecnologia.
Como os japoneses no pós-guerra e os sul coreanos entre os anos 70 e 90, o ‘aperfeiçoamento’ tecnológico passa pela transferência muitas vezes forçada de tecnologia.
Neste caso, se a China assumir os termos que os EUA determinam nos acordos, estarão abertamente admitindo isso, levando a batalhas jurídicas globais intermináveis e prejudiciais aos interesses chineses.
A solução é difícil, pois contemplaria uma certa leniência aos desmandos chineses, ao mesmo tempo em que protegeria no futuro a propriedade intelectual dos produtores de tecnologia.
Para completar a situação global tensa, os problemas entre a Itália e a União Europeia ganham novos contornos, com a incapacidade italiana de lidar com as dívidas e sugerir inclusive o uso de reservas de ouro para cumprir com seus vencimentos, deixando o velho continente ainda mais tenso, após a leitura do BCE da situação ruim das garantias de crédito dos bancos em geral no bloco.
O que falta agora, ao Brasil principalmente, é tentar resolver o quanto antes seus problemas, para tentar ganhar um protagonismo importante nesta situação, preenchendo as lacunas já deixadas neste cenário incerto.
CENÁRIO POLÍTICO
A situação na câmara parece bastante positiva, com a velocidade de aprovação das medidas provisórias aumentando gradativamente, ainda que alguns pontos importantes, como a MP do setor de saneamento tenha caducado.
O problema é que o senado começa a dar sinais de ‘ciúmes’ desta celeridade e não quer relegar seu papel a simples chancelador do que vem da casa ‘menor’.
O governo agora tem a missão de acalmar os brios dos senadores, para manter o ritmo legislativo que tem ajudado tanto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com oportunidades de compra, dadas as quedas fortes recentes.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com ausência de avanços na guerra comercial.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda, com a elevada oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9743 / -1,29 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,063%
Dólar / Yen : ¥ 109,72 / 0,119%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,040%
Dólar Fut. (1 m) : 3983,50 / -0,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,33 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,60 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 23: 7,66 % aa (-0,91%)
DI - Janeiro 25: 8,22 % aa (-1,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,18% / 96.567 pontos
Dow Jones: -0,87% / 25.126 pontos
Nasdaq: -0,79% / 7.547 pontos
Nikkei: -0,29% / 20.943 pontos
Hang Seng: -0,44% / 27.115 pontos
ASX 200: -0,74% / 6.392 pontos
ABERTURA
DAX: 0,587% / 11907,33 pontos
CAC 40: 0,475% / 5246,93 pontos
FTSE: 0,486% / 7220,23 pontos
Ibov. Fut.: 0,16% / 96715,00 pontos
S&P Fut.: 0,378% / 2790,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,461% / 7249,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,21% / 79,29 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $59,03
Petróleo Brent:-0,95% / $68,79
Ouro: -0,29% / $1.276,08
Minério de Ferro: 0,21% / $98,59
Soja: 1,32% / $15,39
Milho: 0,42% / $421,75
Café: 0,90% / $100,50
Açúcar: -0,59% / $11,81