Semana truncada, petróleo em franca derrocada, especialmente em Nova York e problemas políticos cada vez mais intensos no Brasil, em especial com as manifestações de ontem do Dia do Exército.
Entre os mercados, aqueles dependentes do petróleo já sofrem na abertura e assim sofrem desde a madrugada, como o peso mexicano e o rublo e a perspectiva de um início de semana “pesado” aos investidores é elevada.
Neste contexto, os preços do petróleo em NY afundaram em meio à sessão do mercado asiático na segunda-feira, com os traders continuando preocupados com uma queda forte na demanda devido à pandemia de Coronavírus.
O petróleo WTI rompeu o suporte de longuíssimo prazo de US$ 13 o barril, ponto no qual o mercado de gás de shale se torna completamente inviável em todos os aspectos e sua manutenção depende tão somente da perspectiva estratégica do governo americano para o setor.
Todavia, o problema não se fixa somente no shale, pois a matriz de custo do petróleo tradicional americano também não se sustenta sob os atuais níveis de preços, abrindo espaço para falências em série no setor.
O duro golpe do COVID-19 na atividade econômica global afundou a demanda por energia, em especial com a restrição generalizada de locomoção.
Algumas localidades começam a apresentar números mais modestos, sugerindo o achatamento da curva da doença, assim como a pretensa demora para a chegada do pico no Brasil, o que acirra ainda mais o debate sobre as paralisações.
Com isso, a perspectiva de retomada parcial em diversos países seria, ao menos no curto prazo, um alento ao setor, que já passa por cortes de produção.
Todavia, a super oferta global retiraria o peso de tal esforço, até uma retomada mais crível da atividade econômica.
Localmente, a participação do presidente Bolsonaro de uma manifestação que pedia o fechamento do Congresso piora a já frágil situação política do país e municia os grupos contrários ao presidente nas diversas frontes.
Ainda que a relação política que tem se desenhado neste momento seja muito mais complexa do que salta às vistas, o fato do presidente “escorregar em cada casca de banana” que põem em seu caminho dificulta o necessário diálogo para o futuro das reformas necessárias ao Brasil para o longo prazo.
Desgastes desnecessários em tempos de inéditos desafios.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a derrocada do petróleo, em especial o WTI.
Em Ásia-Pacífico, fechamento misto, à medida que a China reduz as taxas de juros dos empréstimos
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,57%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2344 / -0,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,074%
Dólar / Yen : ¥ 107,75 / 0,102%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,128%
Dólar Fut. (1 m) : 5252,62 / -0,23 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,64 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,60 % aa (-0,22%)
DI - Janeiro 25: 6,09 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 27: 6,90 % aa (-0,72%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5144% / 78.990 pontos
Dow Jones: 2,9944% / 24.242 pontos
Nasdaq: 1,3804% / 8.650 pontos
Nikkei: -1,15% / 19.669 pontos
Hang Seng: -0,21% / 24.330 pontos
ASX 200: -2,45% / 5.353 pontos
ABERTURA
DAX: -0,444% / 10578,42 pontos
CAC 40: -0,614% / 4471,37 pontos
FTSE: -0,390% / 5764,39 pontos
Ibov. Fut.: 1,46% / 79187,00 pontos
S&P Fut.: -0,676% / 2832,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,499% / 8720,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,52% / 61,77 ptos
Petróleo WTI: -22,50% / $13,56
Petróleo Brent: -3,53% / $27,06
Ouro: -0,04% / $1.674,80
Minério de Ferro: 0,15% / $84,17
Soja: -0,24% / $829,50
Milho: -0,47% / $321,50 $321,50
Café: 0,22% / $116,00
Açúcar: -0,77% / $10,24