Nada de novo no reino de Trump.
Em meio às expectativas pelo prazo final imposto pelos democratas para a conclusão de um novo pacote de estímulos nos EUA, a presidente da Câmara, Nanci Pelosi voltou atrás e disse não ser assim tão rígido o prazo.
Com isso, voltamos ao início deste mês e na expectativa da aprovação de mais um estímulo, o qual o mercado financeiro global já se mostrou bastante dependente para a continuidade tanto da forte liquidez já injetada em nível global, como o ritmo das bolsas de valores.
Esta constante dependência de novos estímulos, pacotes, alívios, entre outros mostra que a confiança de que as economias reagirão sem os mesmos é muito pouca.
Mesmo antes da pandemia já havia uma série de dúvidas sobre a capacidade de reação da economia sem novas injeções de liquidez e a única tentativa crível de testar a retirada em 2018 pelo Fed fracassou pela intervenção do presidente Trump, o qual se mostrou um dos menos confiantes nesta capacidade.
Nos EUA, além da atenção ao anúncio do pacote, as eleições se aproximam cada vez mais de seus momentos derradeiros, onde Trump ganhou força contra Biden após o vazamento de informações comprometedoras contra seu filho Hunter, apesar do esforço de redes sociais de evitarem que o assunto se espalhe.
A justificativa de redes como Twitter e Facebook é que o material é resultado de um hacking, mas quando questionados sobre outros materiais da mesma origem, mas que comprometiam diferente espectro político, resolveram retirar a restrição automática de URLs criadas ao tema.
O constante adiamento do pacote de certa forma também ajudou Trump, pois uma das intenções iniciais de parte dos democratas era que os cheques nas mãos da população dariam força para que as pessoas continuassem a protestar em diversas localidades, o que diminuiu substancialmente com o fim da distribuição inicial de recursos.
Neste cenário, a distância entre Biden e Trump diminuiu, deixando a disputa franca e em aberto, apesar da vantagem do democrata em termos de voto popular.
Novamente, o colégio eleitoral pode fazer a diferença nos EUA.
Sem destaques na agenda macro.
Na agenda corporativa, destacam-se os resultados de Tesla (NASDAQ:TSLA), Verizon, Abbot, Chipotle, Nasdaq, Azko Nobel, Whirlpool, Ericsson e localmente Weg (SA:WEGE3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por novidades do plano de alívio da COVID-19 nos EUA e aumento de casos na Europa.
Em Ásia-Pacífico, mercado sem rumo, também à espera do pacote.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York temores da COVID-19 em voga
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,15%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6061 / -0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,195%
Dólar / Yen : ¥ 104,86 / -0,521%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,772%
Dólar Fut. (1 m) : 5587,74 / -0,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,95 % aa (-4,36%)
DI - Janeiro 23: 4,54 % aa (-2,58%)
DI - Janeiro 25: 6,33 % aa (-2,31%)
DI - Janeiro 27: 7,23 % aa (-2,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,9078% / 100.540 pontos
Dow Jones: 0,4021% / 28.309 pontos
Nasdaq: 0,3277% / 11.516 pontos
Nikkei: 0,31% / 23.639 pontos
Hang Seng: 0,75% / 24.754 pontos
ASX 200: 0,12% / 6.192 pontos
ABERTURA
DAX: -0,775% / 12638,20 pontos
CAC 40: -0,920% / 4883,93 pontos
FTSE: -1,098% / 5824,57 pontos
Ibov. Fut.: 1,86% / 100662,00 pontos
S&P Fut.: 0,278% / 3432,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,105% / 11669,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,47% / 74,28 ptos
Petróleo WTI: -1,29% / $41,13
Petróleo Brent: -1,41% / $42,61
Ouro: 0,53% / $1.917,69
Minério de Ferro: 0,51% / ¥ $121,51
Soja: 0,80% / $1.073,00
Milho: 0,67% / $411,50
Café: 0,48% / $105,80
Açúcar: -0,62% / $14,46