Uma semana importante, de agenda pesada tanto aqui, quanto no exterior e na expectativa por eventos políticos relevantes, como a tramitação da PEC 186/19 do auxílio emergencial, a aprovação do orçamento de 2021 e nos EUA passou na Câmara o plano de US$ 1,9 trilhões de alívio à Covid-19.
Em tal cenário, no qual o que menos se contabiliza serão os custos futuros de tais compromissos fiscais, as atenções se voltam ao recuo do rendimento dos Treasuries de 10 anos, se afastando da faixa dos 1,6% ao ano e a perspectiva renovada de mais uma rodada de incentivos e liquidez na economia.
Ainda que a reação inicial seria de um dólar global em queda, dada à possível enxurrada da divisa no mundo, o movimento incialmente se recupera das perdas de valor dos Treasuries nas semanas anteriores e se reflete com um dólar mais alto na largada da semana, mas focado contra as divisas centrais.
Os mercados emergentes performam bem contra o dólar, o que abre esperança de algum alívio no Real, após uma semana bastante difícil para a divisa.
Ainda assim, o dólar local é medida também de humor dos agentes e da economia, portanto a constante desidratação das medidas de contenção fiscal da PEC emergencial só abre espaço para movimentos novamente mirabolantes e possíveis gastos sem contrapartida, com reflexo direto no mercado financeiro.
Chama a atenção também durante a semana a agenda econômica, com destaque ao possível retorno do Brasil ao superávit comercial, a produção industrial no final da semana e por fim, o PIB brasileiro, o qual deve registrar em média uma queda superior a 4% em 2020, resultado da pandemia.
O resultado supera em muito os cenários mais trágicos do início da pandemia, nos quais inclusive órgãos internacionais projetavam queda superior a 10% do PIB brasileiro, porém existe grande dúvida sobre o potencial de crescimento em 2021, em meio à piora fiscal e sanitária.
Nos EUA, a semana se destaca por indicadores do mercado de trabalho, com Payroll, ADP, produtividade e custo de mão de obra.
Atenção hoje aos balanços de Zoom Video Communications (NASDAQ:ZM) (SA:Z1OM34), MercadoLibre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), Novavax (NASDAQ:NVAX) e localmente, Copasa (SA:CSMG3), Pague Menos (SA:PGMN3), PetroRio (SA:PRIO3) e Portobello (SA:PTBL3).
Na agenda macro, destacam-se hoje a balança comercial e uma serie de ISMs e PMIs no Brasil e EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com possibilidade de aprovação do pacote de alívio nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, altas generalizadas, apesar do resultado industrial chinês abaixo das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com o progresso do pacote de estímulos nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -10,98%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6023 / 1,50 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,348%
Dólar / Yen : ¥ 106,69 / 0,122%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,079%
Dólar Fut. (1 m) : 5591,77 / 1,34 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,79 % aa (6,57%)
DI - Janeiro 23: 5,59 % aa (2,38%)
DI - Janeiro 25: 7,22 % aa (0,70%)
DI - Janeiro 27: 7,85 % aa (0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9787% / 110.035 pontos
Dow Jones: -1,4956% / 30.932 pontos
Nasdaq: 0,5558% / 13.192 pontos
Nikkei: 2,41% / 29.664 pontos
Hang Seng: 1,63% / 29.453 pontos
ASX 200: 1,74% / 6.790 pontos
ABERTURA
DAX: 1,085% / 13935,91 pontos
CAC 40: 1,505% / 5789,07 pontos
FTSE: 1,759% / 6597,48 pontos
Ibov. Fut.: -1,90% / 110136,00 pontos
S&P Fut.: -0,491% / 3809,20 pontos
Nasdaq Fut.: 1,379% / 13112,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 85,90 ptos
Petróleo WTI: 1,51% / $62,38
Petróleo Brent: 1,65% / $65,40
Ouro: 0,74% / $1.746,46
Minério de Ferro: -0,39% / ¥ $172,71
Soja: 0,98% / $1.419,00
Milho: 0,14% / $556,25
Café: -1,69% / $136,85
Açúcar: 0,91% / $16,59