O dia de ontem foi de fechamento de trimestre e mês, onde setembro registrou um período volátil, perdas próximas a 5% na bolsa de valores local, com as incertezas sobre o rumo da questão fiscal no Brasil, eleições nos EUA e dúvidas sobre os avanços da pandemia em uma segunda onda no mundo.
Ainda assim, o mês foi permeado por uma série de indicadores superando as expectativas médias dos analistas, embora parte dos mesmos sinalize um processo de normalização, ou seja, após a contaminação negativa dos dados pela pandemia, a reação dos indicadores fica forte devido à base marginal deprimida e com o passar do tempo, começam a retornar à normalidade, como ocorre com uma grande série de dados neste momento.
Com tudo isso, termina setembro com dados do mercado de trabalho melhor que as projeções dos analistas tanto no Brasil (Caged) quanto nos EUA (ADP), um rombo fiscal abaixo da mediana do mercado (dentro de nossas projeções), um desemprego piorado, com o retorno da busca por vagas devido aos sinais de melhora e reabertura no Brasil e um PIB menos pior, com menos inflação nos EUA.
Tal contexto de indicadores positivo é interpelado pela política, após um debate no mínimo caótico entre candidatos à presidência nos EUA e o vai e vem do programa de renda mínima no Brasil, após a cizânia demonstrada na base do governo com a equipe econômica, a qual entende que os precatórios não são fonte crível de financiamento de absolutamente nada.
Neste quesito, a união da equipe econômica, a qual inclui ainda o Banco Central parece surtir algum prático para o presidente, mas não exime o mesmo ainda insistir pela criação do programa de renda mínima ampliado, nos moldes do bolsa família. O problema ainda é a total falta de recursos devido à crise.
As atenções se voltam agora aos EUA e as discussões para a aprovação de um pacote de continuidade ao alívio dos impactos da pandemia, onde o secretário do tesouro Mnuchin rechaçou novamente aceitar o pacote de US$ 2,2 tri proposto pelos democratas.
Neste momento, tudo acaba por se tornar um elemento de disputa política, principalmente pelo acirramento da campanha e a proximidade das eleições no dia 3 de novembro.
Na Europa, UE inicia ação legal contra o Reino Unido após a aprovação do polêmico projeto de lei do Brexit, onde a legislação pode levar o país a violar o direito internacional e requer agora aprovação na câmara dos Lordes.
Na agenda de hoje, balança comercial, arrecadação e IPC-S e nos EUA, PCE, desagregados do PIB americano, mercado imobiliario e uma série de ISMs
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com as negociações de estímulos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, sem o Nikkei por problemas técnicos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro, prata e min. de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de redução de demanda global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,93%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6103 / -0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,205%
Dólar / Yen : ¥ 105,58 / 0,095%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,565%
Dólar Fut. (1 m) : 5631,72 / -0,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,79 % aa (-0,79%)
DI - Janeiro 23: 4,51 % aa (-3,22%)
DI - Janeiro 25: 6,50 % aa (-1,81%)
DI - Janeiro 27: 7,48 % aa (-1,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0932% / 94.603 pontos
Dow Jones: 1,1986% / 27.782 pontos
Nasdaq: 0,7421% / 11.168 pontos
Nikkei: 0,00% / 23.185 pontos
Hang Seng: 0,79% / 23.459 pontos
ASX 200: 0,98% / 5.873 pontos
ABERTURA
DAX: 0,067% / 12769,33 pontos
CAC 40: 0,629% / 4833,65 pontos
FTSE: 0,858% / 5916,44 pontos
Ibov. Fut.: 1,18% / 94587,00 pontos
S&P Fut.: 0,549% / 3352,00 pontos
Nasdaq Fut.: 1,256% / 11564,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 71,02 ptos
Petróleo WTI: -0,92% / $39,86
Petróleo Brent: -0,80% / $41,98
Ouro: 0,61% / $1.897,75
Minério de Ferro: 2,79% / ¥ $121,15
Soja: 0,61% / $1.029,50
Milho: 0,73% / $382,00
Café: -1,44% / $109,25
Açúcar: -0,15% / $13,49