Ainda que tenhamos segundo turno, acabaram as eleições.
Neste contexto, as atenções no Brasil não só podem, como devem se focar na retomada da agenda de reformas e privatizações estacionadas no congresso.
Ao menos ainda este ano, as PECs do Pacto Federativo e o PLOA deveriam avançar no congresso, além da emergencial.
No caso do novo programa de renda, ainda que o governo tenha anunciado que não vai mais buscar um substituto, somente aumentando o Bolsa Família, a tendência é que o governo não desista tão facilmente do tema, em vista aos impactos nos indicadores de atividade econômica e consumo.
Portanto, o mote de classe política agora, com o fim do pleito municipal deveria girar em torno dos temas acima, todavia sabemos que a conjunção política também depende em partes da possibilidade ou não de recondução dos dois presidentes das casas, em especial Maia.
No exterior, mesmo com o expressivo avanço do número de casos de COVID-19 e possibilidade de um número também expressivo de lockdowns, os mercados concentram as atenções nos possíveis efeitos das vacinas nos próximos anos.
A BioNtech acredita que o mundo deva ter vida normal em um ano e outras empresas citam que o próximo verão será sem lockdowns. Ainda assim, a situação de curto prazo assusta, pela possibilidade de uso por parte dos governos das mesmas soluções questionáveis do passado recente.
Para completar o início da semana, os tweets de Trump dão o sinal de que a transição do novo governo americano não será fácil e o atual presidente não fará a menor questão em facilitar o processo.
Durante o fim de semana, talvez o pior legado deixado por Trump se concretizou com a assinatura do Regional Compreensive Economic Partnership (RCEP), um acordo entre 15 economias da região Ásia-Pacífico, que concentra 30% do PIB mundial, eleva o poder da China e complica a posição dos EUA na região.
Como forma de destruir o legado Obama, uma das primeiras ações de Trump foi a retirada dos EUA do TPP, o Acordo do Trans-Paciífico, o qual reuniria 40% do PIB mundial, isolaria a China na região e evitaria exatamente a criação de um acordo nos moldes do RCEP.
Porém, tinha o nome de Obama nele.
Atenção hoje ao IGP-10 e inflações semanais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com o avanço da pandemia.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com a assinatura do RCEP.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao ouro e cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,95%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4624 / 0,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,034%
Dólar / Yen : ¥ 104,65 / 0,038%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,121%
Dólar Fut. (1 m) : 5480,79 / 0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,22 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 23: 4,94 % aa (-0,80%)
DI - Janeiro 25: 6,70 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 27: 7,46 % aa (-1,32%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,1618% / 104.723 pontos
Dow Jones: 1,3743% / 29.480 pontos
Nasdaq: 1,0222% / 11.829 pontos
Nikkei: 2,05% / 25.907 pontos
Hang Seng: 0,86% / 26.382 pontos
ASX 200: 1,24% / 6.484 pontos
ABERTURA
DAX: 0,582% / 13152,82 pontos
CAC 40: 1,135% / 5441,24 pontos
FTSE: 0,800% / 6366,91 pontos
Ibov. Fut.: 2,11% / 104694,00 pontos
S&P Fut.: 1,398% / 3581,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,524% / 11997,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 73,87 ptos
Petróleo WTI: 1,87% / $40,89
Petróleo Brent: 1,68% / $43,51
Ouro: 0,08% / $1.890,41
Minério de Ferro: 0,30% / ¥ $120,80
Soja: 0,26% / $1.150,75
Milho: 0,43% / $412,25
Café: 1,19% / $110,70
Açúcar: 2,81% / $15,38