Os protestos nos EUA deflagrados pela morte de George Floyd foram o estopim de algo muito maior, ao considerarmos a inquietação social que o desalento econômico causado pela pandemia criou, com recorde na perda de postos de trabalho e mais uma série de problemas inerentes à atual geração mais jovem, como formação e colocação no mercado de trabalho.
Tal contexto “ajuda” não somente aumentar as tensões criadas pelo problema racial nos EUA, como também alimenta uma série de protestos de toda ordem mundo afora, onde a situação de emprego na grande parte dos países afetados pela crise é igualmente desoladora.
Para os governos, a dificuldade é grande em lidar com tal situação, afinal parte deles sequer ainda saíram completamente da pandemia, com retiradas parciais de quarentenas e o estado real do emprego nos EUA será conhecido esta semana.
O Payroll deve trazer uma contração mais modesta de empregos quando comparado com a medida de abril, o ápice da crise no hemisfério norte, porém ainda deve apresentar perdas de 10 milhões de vagas em folha de pagamento.
Une-se a isso os prejuízos de renda de autônomos e as milhares de vidas perdidas para o vírus, está pronta a receita para a forte inquietação social como observada nos EUA.
Neste momento, ainda que haja legitimidade em diversos protestos, a infiltração de baderneiros e saqueadores somente aumenta a cobertura midiática e o impacto da crise, a qual pode ter consequências eleitorais a Trump.
Passado o maio em que o “sell in May” foi adiantado para abril, junho começa ainda alimentando em partes as mesmas expectativas do mês anterior, com esperanças sobre a cura ou tratamento do vírus, consequências positivas da retomada da atividade econômica durante o verão no hemisfério norte, porém com cautela redobrada pela questão política.
Localmente, a disputa continua entre o Executivo e o STF e a série de problemas, com o adicional o avanço da doença em diversos estados brasileiros e a economia em reabertura bastante lenta.
Os protestos do fim de semana no Brasil foram mais próximos de reais brigas de torcida do que movimentos políticos concretos.
De volta à realidade, os dados de balança comercial e produção industrial começam a refletir a crise em suas diversas nuances.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, atentos à questão China-EUA e protestos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, altas, com o Caixin na China na zona de expansão novamente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta no geral, exceção ao ouro.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, na expectativa pela reunião da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3369 / -1,34 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,108%
Dólar / Yen : ¥ 107,69 / -0,204%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,365%
Dólar Fut. (1 m) : 5385,37 / 0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,13 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,22 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 25: 5,96 % aa (-1,00%)
DI - Janeiro 27: 6,90 % aa (-1,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5216% / 87.403 pontos
Dow Jones: -0,0690% / 25.383 pontos
Nasdaq: 1,2902% / 9.490 pontos
Nikkei: 0,84% / 22.062 pontos
Hang Seng: 3,36% / 23.733 pontos
ASX 200: 1,10% / 5.819 pontos
ABERTURA
DAX: -1,649% / 11586,85 pontos
CAC 40: 1,132% / 4748,58 pontos
FTSE: 1,153% / 6146,66 pontos
Ibov. Fut.: 0,20% / 87209,00 pontos
S&P Fut.: -0,312% / 3034,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,667% / 9515,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,34% / 63,32 ptos
Petróleo WTI: -1,01% / $35,25
Petróleo Brent: -0,08% / $37,89
Ouro: 0,32% / $1.735,60
Minério de Ferro: 4,39% / $99,50
Soja: 0,03% / $840,50
Milho: -0,15% / $325,50 $325,50
Café: 0,62% / $96,30
Açúcar: 1,47% / $11,06