O brutal fechamento negativo do Ibovespa na sexta-feira, última sessão do mês, não foi um sinalizador do que foi julho para o mercado de renda variável, o qual teria se aproximado de ganhos de 10% no período, se o mês se encerrasse no dia 30.
Ainda assim, aos 7,35%, o período foi marcado basicamente por dois fatores simultâneos: indicadores micro e macroeconômicos acima das expectativas e esperanças mais concretas de uma vacina funcional no curto prazo.
Entre as vacinas, a de Oxford e AstraZeneca (LON:AZN) parece a mais promissora, com rumores de que pode ser colocada em circulação ainda este ano. As outras, Sinovac, Pfizer (NYSE:PFE) e BioNTech (NASDAQ:BNTX) e Moderna (NASDAQ:MRNA) geram perspectivas igualmente positivas, com período um pouco mais extenso.
Este contexto positivo elevou o apetite pelo prêmio de maior risco, beneficiando inclusive ativos de mercados emergentes, com o Real renovando ganhos frente ao dólar a partir da segunda metade do mês.
Os desafios crescem à medida que a expectativa com as vacinas pode ser substituída pela realidade da espera e a base deprimida dos indicadores econômicos que levaram aos resultados surpreendentes até agora observados tende a ser substituída por uma base mais concisa, levando resultados de volta à pretensa normalidade.
Além disso, a proximidade com as eleições majoritárias nos EUA e municipais no Brasil inclui o elemento político na equação, usualmente imprevisível, ainda mais em um cenário pandêmico.
Localmente, os diversos e consecutivos sinais do BC devem chancelar mais um corte de juros pelo Copom nesta semana, repleta de indicadores econômicos relevantes, onde se destacam o IPCA, produção industrial, balança comercial e desemprego no Brasil e dados do mercado de trabalho americano.
AIG, Tyson Foods, Liberty, HSBC, Heineken, Ferrari, Suzuki, Société Générale, Eastman Chemical são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, sem agenda.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, PMIs positivos na Europa.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, com PMI industrial chinês mais forte.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de maior oferta com OPEP+ levando a maior produção.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2225 / 1,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,187%
Dólar / Yen : ¥ 105,75 / -0,151%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,191%
Dólar Fut. (1 m) : 5219,14 / 1,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,65 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 3,65 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 5,18 % aa (-0,38%)
DI - Janeiro 27: 6,07 % aa (-0,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9965% / 102.912 pontos
Dow Jones: 0,4358% / 26.428 pontos
Nasdaq: 1,4872% / 10.745 pontos
Nikkei: 2,24% / 22.195 pontos
Hang Seng: -0,56% / 24.458 pontos
ASX 200: -0,03% / 5.926 pontos
ABERTURA
DAX: 1,457% / 12492,77 pontos
CAC 40: 0,577% / 4811,27 pontos
FTSE: 0,110% / 5904,27 pontos
Ibov. Fut.: -2,00% / 103161,00 pontos
S&P Fut.: 0,452% / 3263,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,505% / 10947,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 68,81 ptos
Petróleo WTI: -1,09% / $39,74
Petróleo Brent: -0,85% / $43,12
Ouro: -0,13% / $1.969,56
Minério de Ferro: 1,05% / $108,90
Soja: 0,42% / $901,25
Milho: 0,08% / $316,00 $316,00
Café: -0,88% / $117,75
Açúcar: -1,11% / $12,48