O mercado local operou ontem na contramão do mundo em praticamente todos os ativos, com bolsa, dólar em queda, com alta nas taxas de juros futuros em praticamente todos os vencimentos.
Ainda que o dólar tenha sido mais comparável ao movimento internacional, o restante do mercado embutiu em partes o risco político que parece crescer a cada dia, conforme o governo falha em buscar saídas criveis para suas crises internas. Ou seja, a oposição nem está fazendo muita coisa.
Neste contexto, pontos importantes se mantem, na tentativa do governo manter sua base, o que basicamente significa a aproximação com o pouco afável à moderação fiscal Centrão. O Tesouro descartou qualquer mudança da âncora fiscal e mais, pesa ainda mais a necessidade das reformas.
Toda a equipe econômica parece empenhada neste discurso, como o BC hoje na ata do Copom, conforme manifestado no comunicado da decisão na semana passada e nos discursos de membros do ministério da economia, em especial o ministro Guedes.
Maia e Alcolumbre têm sinalizado reiteradamente que julho deve ser o mês das reformas e o fatiamento da tributária, até este momento sendo considerado positivo por analistas, pode reduzir o peso do ruído político instalado.
Nos EUA, após o fim de semana de fracassos em seus encontros com eleitores, em partes devido a prováveis democratas que superlotaram os pedidos de convite aos ralis e obviamente não apareceram, Trump se volta ao que ele mais precisa para tentar vencer uma eleição aparentemente perdida até o momento ao democrata Biden.
Este avanço é na economia e após o desastre das declarações de Navarro ontem na Fox News sobre a China, tanto ele quanto Trump e a China reforçaram que o acordo está mais vivo do que nunca e deve ser implantado o mais breve possível, animando os mercados.
Atenção hoje à ata do Copom com a leitura dos possíveis próximos movimentos do BC, até este momento definido entre um corte de 25 bp e pausa e na série grande de ISMs e PMIs no exterior, além de possivelmente a coleta de impostos de maio no Brasil.
Na Europa, os PMI superaram em média as expectativas dos analistas
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a correção do discurso de Peter Navarro.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com expectativa pela Fase-1 do acordo entre EUA e China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio e ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York, na expectativa pelo acordo comercial entre EUA e China
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,21%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2571 / -1,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,240%
Dólar / Yen : ¥ 107,08 / 0,168%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,152%
Dólar Fut. (1 m) : 5263,63 / -0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,03 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,18 % aa (0,97%)
DI - Janeiro 25: 5,91 % aa (1,55%)
DI - Janeiro 27: 6,90 % aa (1,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,2800% / 95.336 pontos
Dow Jones: 0,5933% / 26.025 pontos
Nasdaq: 1,1095% / 10.056 pontos
Nikkei: 0,50% / 22.549 pontos
Hang Seng: 1,62% / 24.907 pontos
ASX 200: 0,17% / 5.954 pontos
ABERTURA
DAX: 2,682% / 12591,88 pontos
CAC 40: 1,736% / 5034,63 pontos
FTSE: 1,030% / 6308,93 pontos
Ibov. Fut.: -0,96% / 95481,00 pontos
S&P Fut.: 0,755% / 3134,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,620% / 10199,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 64,91 ptos
Petróleo WTI: 1,37% / $41,47
Petróleo Brent: 1,25% / $43,78
Ouro: 0,16% / $1.757,91
Minério de Ferro: -0,11% / $102,93
Soja: -0,14% / $874,75
Milho: -0,76% / $325,25 $325,25
Café: 2,35% / $95,95
Açúcar: -0,25% / $11,89