O ex-ministro Salles declarou ontem, em meio à demissão de Wilson Ferreira Jr da Eletrobrás que o “Establishment” não quer as privatizações, naquilo que no Brasil parece a maior obviedade.
Foi quando ocorreram as diversas privatizações com sucesso durante o governo FHC que o meio político descobriu que perdeu grande parte do poder de fogo para indicações, cabides de emprego, fontes diversas de recursos havia se esvaído e com a entrada de lula e seu grupo estatista, a “alegria” voltou.
A coisa pública (que no latim é res publica, ou seja, república) sempre foi tratada no Brasil como algo a ser explorado sem a menor piedade desde a colônia, afinal, para tais pessoas, isso “não é de ninguém mesmo”.
O sucesso impressionante das privatizações tucanas é resultado de uma combinação complexa de eventos que, deflagrados pelo plano Real e pela necessidade de modernização do país, conseguiram avançar sob as barbas do “Establishment”, porém o uso das estatais ganhou novos contornos até muito recentemente, dos quais o meio político dificilmente se desapega.
O sinal que o país emite é obviamente péssimo, que vai desde a insegurança mercadológica de se investir em uma empresa estatal listada em bolsa de valores, até efetivamente na insegurança jurídica e institucional de se investir bilhões diretamente em tais empresas.
Isso facilmente se transfere à insegurança de se investir também no setor privado e assim, vai se minando cada vez mais o apetite do muito necessário capital internacional no país, cada vez mais fadado a receber aportes que busquem prêmios de maior risco.
Aí vem o novo problema, sequer pagamos juros compatíveis com o risco que o país impõe, mantendo nossa moeda distorcida e desvalorizada frente a nossos pares internacionais, ou seja, nossos competidores pelo capital global.
E nesta distorção de câmbio, multiplicam-se os efeitos inflacionários e de perda de poder de consumo da população, num país que consegue ser ao mesmo tempo fechado (só taxamos menos importação que a Venezuela) e tão miseravelmente dependente das importações.
Enquanto isso, o mundo começa a impor novos desafios e nós sequer resolvemos os nossos antigos. Brasil mostrando sua cara.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com o avanço da temporada de balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, deflagrando a correção dos ativos, após novos recordes nas bolsas de valores
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar do aumento dos casos de COVID-19 no mundo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,29%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4672 / -0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,058%
Dólar / Yen : ¥ 103,77 / 0,029%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,124%
Dólar Fut. (1 m) : 5466,58 / 1,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,40 % aa (3,90%)
DI - Janeiro 23: 5,19 % aa (1,17%)
DI - Janeiro 25: 6,79 % aa (2,57%)
DI - Janeiro 27: 7,50 % aa (3,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8016% / 117.381 pontos
Dow Jones: -0,1193% / 30.960 pontos
Nasdaq: 0,6862% / 13.636 pontos
Nikkei: -0,96% / 28.546 pontos
Hang Seng: -2,55% / 29.391 pontos
ASX 200: 0,36% / 6.825 pontos
ABERTURA
DAX: 1,436% / 13839,90 pontos
CAC 40: 0,949% / 5524,27 pontos
FTSE: 0,501% / 6672,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,82% / 117450,00 pontos
S&P Fut.: 0,370% / 3848,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,291% / 13435,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 80,13 ptos
Petróleo WTI: 0,47% / $53,02
Petróleo Brent: 0,59% / $56,21
Ouro: -0,14% / $1.853,40
Minério de Ferro: 0,29% / ¥ $169,78
Soja: 0,17% / $1.345,50
Milho: 0,68% / $514,75
Café: 0,28% / $123,60
Açúcar: -0,19% / $15,71