Um acordo bipartidário de US$ 2,5 tri no senado americano sela o grande trunfo contra a crise do coronavírus e abre espaço para um endividamento americano com paralelo a períodos de guerra.
Ao mercado, resta aguardar a confirmação dos sinais de “início do fim” da crise e retomar uma pretensa normalidade, esperando o momento em que chegará a conta de todos os gastos desta guerra contra um inimigo praticamente invisível.
A curva logarítmica de mortes na Itália, apesar do pico de mortes de ontem começa a dar sinais de redução, ou seja, o que se julga como um período crível entre as primeiras infecções, seus picos e sua consequente contração começa a se evidenciar mais claramente.
Neste período, as medidas profiláticas e os shutdowns tendem a inibir ou ao menos reduzir o período entre os eventos relacionados ao vírus e com isso, trazer de volta o necessário retorno da atividade econômica, antes que os efeitos se tornem indeléveis.
O paralelo inevitável com o H1N1, uma gripe muito mais severa e debilitante além da faixa de idade do COVID-19 levou a uma série de medidas preventivas em nível global, porém nem de longe chegou próximo ao alarmismo histérico do atual momento.
Para piorar, o atual momento se une com eleições em diversos locais do mundo e a politização do evento tende a cobrar um preço cada vez mais elevado para os esforços de contenção do vírus.
Além disso, a falta de eloquência de diversos líderes, nosso presidente incluso, ajuda ainda mais na distorção das mensagens.
O grande problema inicial para os governos foi primeiramente um desdém do avanço do COVID-19, seguido da incapacidade de julgar a tendência humana de entrar em pânico, antes de racionalizar os eventos e por fim, disputas políticas se converteram em ações fracionadas contra o vírus e disputas por protagonismo.
A esperança na droga que reduz o número de mortos se antecipa à inevitável chegada da vacina, a qual está no seu processo acelerado de produção e com isso, avolumam-se os sinais de retorno à normalidade no mundo.
Estamos longe do exemplo japonês, onde a vida está em ritmo normal e o governo já busca pacotes de estímulo da ordem de US$ 500 bi para suprimir os efeitos econômicos de uma das localidades onde o shutdown teve uma das menores durações.
Atenção hoje ao IPCA-15.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, a série de estímulos anunciados pelo Fed.
Na Ásia, fechamento em alta, após o melhor dia das bolsas americanas desde 1933.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em queda, com o cenário de atividade desafiador.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0976 / -0,86 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,519%
Dólar / Yen : ¥ 111,28 / 0,198%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / 1,564%
Dólar Fut. (1 m) : 5088,20 / -0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,99 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 6,70 % aa (-7,71%)
DI - Janeiro 25: 8,33 % aa (-4,36%)
DI - Janeiro 27: 9,08 % aa (-4,22%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 9,6897% / 69.729 pontos
Dow Jones: 11,3650% / 20.705 pontos
Nasdaq: 8,1214% / 7.418 pontos
Nikkei: 8,04% / 19.547 pontos
Hang Seng: 3,81% / 23.527 pontos
ASX 200: 5,54% / 4.998 pontos
ABERTURA
DAX: 0,207% / 9720,69 pontos
CAC 40: 1,291% / 4299,18 pontos
FTSE: 1,931% / 5550,94 pontos
Ibov. Fut.: 10,78% / 69900,00 pontos
S&P Fut.: 2,239% / 2492,70 pontos
Nasdaq Fut.: 1,522% / 7609,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 63,88 ptos
Petróleo WTI: 1,54% / $23,90
Petróleo Brent: 0,63% / $26,89
Ouro: -0,84% / $1.620,60
Minério de Ferro: -0,10% / $88,46
Soja: 0,42% / $889,50
Milho: 1,08% / $349,50 $349,50
Café: -0,36% / $124,80
Açúcar: 1,95% / $11,59