Na contramão da correção dos ativos no exterior, o mercado local começa a se animar com os sinais ainda não totalmente concretos de que a pauta de reformas necessárias ao país finalmente deve ser destrancada e que existe a possibilidade de entrarmos em 2021 com medidas em andamento.
Esta é a importância que os investidores dão às reformas, consideradas o ´bem necessário´ para dar o suporte para o Brasil sair da crise com o menor número de mazelas possível.
Entretanto, a política nunca é um evento de certezas e tudo pode mudar em poucos segundos.
Bolsonaro ainda é um elemento de disrupção, apesar do seu aparente apoio às pautas de caráter liberal econômico, pois continua a monitorar de perto sua popularidade e aparentemente, não desistiu de um programa de renda mínima, ainda que assuntos essencialmente mais importantes estejam na frente.
Dentro desta expectativa dos investidores locais com os avanços congressuais, começa a crescer o temor de que alguns governos estejam somente à espera do fim do segundo turno das eleições municipais para tomar medidas mais drásticas contra os avanços da pandemia no Brasil e frustrem os planos de recuperação econômica mais intensa, como tem demonstrado os indicadores econômicos mais recentes no Brasil.
Na Europa, o processo de fechamentos regionais tem se intensificado, enquanto nos EUA, ainda que a pandemia tenha ganhado força recente com as diversas aglomerações pelas eleições, manifestações e distúrbios, os governos ainda não planejam medidas mais drásticas como as europeias.
Isso eleve o peso do anúncio de novas vacinas contra o COVID-19, como a Corovac, agora com indicação de 97% de eficácia e tais anúncios tendem a se converter ainda mais em ralis de mercado, no momento em que uma destas vacinas finalmente entrar em produção.
Daí a possível resistência dos investidores internacionais em deixar que uma correção mais intensa ocorra nos ativos e a busca por mercados como os emergentes começa a se intensificar, o que retorna ao nosso ponto inicial: as reformas paradas no congresso.
O ingresso recente de recursos no Brasil por parte de estrangeiros tem muito mais característica de ´oportunidade´, do que uma aposta efetiva no país. Este capital fica, caso o país dê o mínimo necessário para isso em termos fiscais.
Atenção ao IGP-M Semanal no Brasil e mercado imobiliário nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a pausa de ontem, devido à pandemia.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com Nikkei em queda por automotivas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o ouro e prata
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, entre os cortes da OPEP+ e esperança com a vacina.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,81%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3244 / -1,95 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,177%
Dólar / Yen : ¥ 103,82 / -0,355%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,332%
Dólar Fut. (1 m) : 5366,69 / -1,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,13 % aa (-2,13%)
DI - Janeiro 23: 4,85 % aa (-0,82%)
DI - Janeiro 25: 6,64 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 27: 7,42 % aa (-0,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7692% / 107.249 pontos
Dow Jones: -0,5579% / 29.783 pontos
Nasdaq: -0,2079% / 11.899 pontos
Nikkei: -1,10% / 25.728 pontos
Hang Seng: 0,49% / 26.544 pontos
ASX 200: 0,51% / 6.531 pontos
ABERTURA
DAX: 0,232% / 13163,94 pontos
CAC 40: 0,190% / 5493,41 pontos
FTSE: -0,132% / 6356,94 pontos
Ibov. Fut.: 0,82% / 107441,00 pontos
S&P Fut.: -0,447% / 3606,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,307% / 12007,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,59% / 74,32 ptos
Petróleo WTI: 1,13% / $41,89
Petróleo Brent: 1,21% / $44,28
Ouro: -0,10% / $1.878,24
Minério de Ferro: 1,18% / ¥ $122,00
Soja: 0,38% / $1.174,00
Milho: 0,24% / $421,25
Café: 1,03% / $117,60
Açúcar: 1,24% / $15,50