A intensa correção dos mercados na sessão de ontem, onde o Brasil foi “poupado” pelo feriado que atingiu somente ao mercado financeiro local tem a mesma fragilidade de motivações da alta.
Como citamos aqui, a perspectiva dos ganhos com a retomada da atividade econômica no hemisfério norte, em especial com a chegada do verão alimentou uma parte significativa dos ganhos, em especial das bolsas de valores e criou o ânimo até recentemente observado.
Todavia, além da possibilidade de uma segunda onda da doença, em intervalo semelhante ao que ocorreu em países asiáticos, nenhuma vacina ou remédio eficiente conseguiu ser anunciado, de modo a sustentar tais melhorias e também as reaberturas econômicas.
Enquanto isso, os mercados demonstraram forte dose de exagero em suas recuperações, sustentadas somente por indicadores de atividade econômica em estado menos pior do que anteriormente se previa, pois grande parte das análises também acabou sendo “contaminada” pelo vírus, mas principalmente, pelo humor dos agentes a partir do mês de março.
Localmente, o mercado também sofreu mesmo fechado, com as ADRs negociadas em Nova York em franca queda, o que tende a se refletir nas aberturas de hoje, mesmo que no exterior os mercados estejam novamente em altas consistentes, se recuperando da pior queda dos mercados desde março.
A motivação desta reversão do mercado é a mesma das anteriores, perspectiva da retomada da atividade econômica, mesmo que os indicadores divulgados hoje na Europa não sustentem tais premissas, pois ainda que a produção industrial na Zona do Euro tenha apresentado resultado levemente melhor que as expectativas, os dados britânicos e japoneses mostraram fortes perdas no setor.
Dada a magnitude do rali atual das bolsas de valores, não é de se espantar uma correção dos ativos na velocidade observada ontem e sequer será surpreendente se ocorrerem novas realizações de lucros de grande magnitude, afinal as bolsas internacionais continuam a sustentar suas altas na pesada liquidez e em as ações de risco alto, beta e valor elevado e capitalização reduzida.
Localmente, a esperança nas exportações para a China continua, pois tal movimento sustenta por enquanto um bom desempenho do agropecuário local em meio à desolação do varejo e da indústria.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após a realização de lucros de ontem.
Em Ásia-Pacífico, negativo em todos os mercados, seguindo a tendência do ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York, em correção às quedas mais recentes.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -11,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,973 / 1,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,142%
Dólar / Yen : ¥ 107,50 / 0,543%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,270%
Dólar Fut. (1 m) : 4949,88 / 0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,08 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,12 % aa (-2,37%)
DI - Janeiro 25: 5,66 % aa (-2,08%)
DI - Janeiro 27: 6,60 % aa (-1,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,1298% / 94.686 pontos
Dow Jones: -6,8982% / 25.128 pontos
Nasdaq: -5,2655% / 9.493 pontos
Nikkei: -0,75% / 22.305 pontos
Hang Seng: -0,73% / 24.301 pontos
ASX 200: -1,89% / 5.848 pontos
ABERTURA
DAX: 1,670% / 12170,22 pontos
CAC 40: 2,598% / 4940,72 pontos
FTSE: 1,308% / 6156,17 pontos
Ibov. Fut.: -2,16% / 94641,00 pontos
S&P Fut.: -5,515% / 3010,30 pontos
Nasdaq Fut.: 1,536% / 9786,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,16% / 64,19 ptos
Petróleo WTI: 0,61% / $36,70
Petróleo Brent: 0,83% / $38,93
Ouro: 0,34% / $1.733,45
Minério de Ferro: -0,14% / $102,75
Soja: 0,12% / $868,00
Milho: 0,15% / $330,50 $330,50
Café: 0,99% / $96,75
Açúcar: -0,34% / $11,88