Por mais uma vez, a política impõe a volatilidade dos ativos e o peso daquilo que é dito por membros do governo, ou seja, a expectativa do verbo à ação é que acaba por atrapalhar o rumo de diversos ativos do mercado financeiro.
Haddad, como ministro, não consegue transmitir algumas coisas importantes, como por exemplo, uma equipe que superou as expectativas de parte dos investidores e analistas, mas também não consegue transmitir segurança nas pautas, afinal, tudo antes deve receber a anuência e benção presidencial.
A última vez em que algo parecido ocorreu, desde a redemocratização foi durante o mandato de Dilma e daí as reservas quanto aos rumos que o governo tem tomado em seus parcos primeiros dias: de excesso de ruídos, de dúvidas e poucas certezas.
Outro ponto é a retomada de conversas sobre uma moeda única comercial com a Argentina, algo que supera em muito a razoabilidade, em meio ao atual cenário global, mas também em relação à constante perda de valor da moeda do nosso vizinho portenho.
Qual será a paridade?
Com qual referencial?
Se no momento do fechamento do contrato, a paridade for desfavorável para um dos lados?
Como fica o problema de regras absolutamente diferentes entre os países?
Quando o câmbio for muito desfavorável a um lado, quem assume o ônus?
Qual o papel dos respectivos bancos centrais nesta ‘união’?
Os juros e a inflação argentina, agirão como neste cenário?
Como pode se ver, a quantidade de perguntas, que nem de longe são todas a serem feitas, demonstra que a união de moedas, ainda que para um propósito específico, ultrapassa em muito a complexidade de apenas trazer-se um ponto de relevância política – o único neste momento na visão do governo – do que prático.
Além de toda a influência da política em um cenário em que a China tem tido papel importante na recuperação de emergentes e um alento ao mercado local, as atenções se voltam à primeira reunião do CMN de RCN, Tebet e Haddad, com especial atenção à discussão das metas de inflação, tanto citadas na semana passada.
Semana de agenda pesada com IPCA-15, setor externo, arrecadação, fiscal e véspera da semana da Selic, enquanto no exterior, semana repleta de indicadores macro relevantes, como o PIB americano, diversas inflações mundo afora, PMIs e ISMs e dados do setor imobiliário, além do feriado de ano novo lunar na Ásia.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com os mercados atentos aos possíveis novos movimento do Fed, com a reunião do FOMC na próxima semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com destaque ao Nikkei, porém muitas praças fechadas, em meio ao feriado lunar em diversos países.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata e ao paládio.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, na expectativa por um crescimento da China mais intenso.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,56%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2071 / 0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,571%
Dólar / Yen : ¥ 129,81 / 0,178%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,186%
Dólar Fut. (1 m) : 5206,08 / 0,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,51 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 25: 12,77 % aa (1,27%)
DI - Janeiro 26: 12,75 % aa (1,88%)
DI - Janeiro 27: 12,81 % aa (2,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7804% / 112.041 pontos
Dow Jones: 1,0015% / 33.375 pontos
Nasdaq: 2,6553% / 11.140 pontos
Nikkei: 1,33% / 26.906 pontos
Hang Seng: 1,82% / 22.045 pontos
ASX 200: 0,07% / 7.457 pontos
ABERTURA
DAX: 0,139% / 15054,45 pontos
CAC 40: 0,069% / 7000,81 pontos
FTSE: 0,148% / 7782,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,77% / 112881,00 pontos
S&P Fut.: -0,13% / 3983,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,017% / 11663,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 112,30 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $81,95
Petróleo Brent: 0,46% / $88,04
Ouro: -0,10% / $1.929,31
Minério de Ferro: 0,18% / $126,35
Soja: -0,60% / $1.495,25
Milho: -0,41% / $672,75
Café: 0,55% / $155,45
Açúcar: 0,51% / $19,87