A independência do Banco Central, discutida no Brasil desde a redemocratização foi aprovada no senado ontem e segue à câmara dos deputados para votação, onde possui um pouco mais de resistência, de partidos que no passado propuseram exatamente o mesmo projeto.
Em um outro momento oportuno, discorreremos sobre a indiscutível necessidade de um Banco Central independente, mas neste momento, o que importa é o sinal político emitido por tal evento.
Esta é uma primeira mostra de que a eleição nas casas legislativas foi sim positiva ao governo, afinal, tal projeto relativamente simples estava engavetado há meses, assim como outros tantos travando a pauta.
Por outro lado, tal projeto reserva tal premissa, ou seja, é relativamente simples, ou seja, há muito pouco a se discutir, a não ser uma desconcertante oposição de partidos que já propuseram o mesmo literal tema.
Ainda que seja uma demonstração de força da base de apoio do governo, a grande medida para tal força serão as reformas administrativa, do pacto federativo e por fim, a mais complexa de todas, a tributária.
Como a discussão já descambou novamente para um novo pacote de auxílio, sem mesmo antes gerar um ajuste fiscal para buscar tal fonte de recursos, Guedes já tenta novamente se desdobrar para trazer uma solução que cumpra a lei de responsabilidade fiscal, ou seja, que não incorra em crime fiscal.
Com o péssimo resultado das vendas ao varejo ontem, se descobriu uma coisa muito importante, os vouchers não foram utilizados para subsistência e sim para o consumo, mostrando um erro de direcionamento por parte do governo.
O problema, porém, é que tal erro trouxe um fator de popularidade ao governo, o qual atiça os ânimos da classe política, ou seja, incorrerão novamente no erro, em nome de evitar que “as pessoas passem fome”.
Daí fica fácil entender que a vitória de ontem do governo pode ser pírrica.
Atenção aos balanços de Walt Disney (NYSE:DIS), L'Oreal (PA:OREP), PepsiCo, AstraZeneca, Duke Energy (SA:GEPA4), Brookfield, The Kraft Heinz Company, Crédit Agricole, Tyson Foods, Kellogg, GoDaddy, ArcelorMittal, VeriSign,
Localmente, BB (SA:BBAS3), CESP, Vale (SA:VALE3) e Lojas Renner (SA:LREN3).
Na agenda macro, volume do setor de serviços no Brasil e pedidos semanais de auxílio desemprego nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, após mais um recorde das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, mesmo com diversos feriados locais.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, após dias seguidos de rali da commodity .
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,91%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3842 / 0,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,107%
Dólar / Yen : ¥ 104,69 / 0,077%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 5382,73 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,22 % aa (-2,09%)
DI - Janeiro 23: 4,86 % aa (-2,51%)
DI - Janeiro 25: 6,39 % aa (-1,08%)
DI - Janeiro 27: 7,09 % aa (-0,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8674% / 118.435 pontos
Dow Jones: 0,1975% / 31.438 pontos
Nasdaq: -0,2510% / 13.973 pontos
Nikkei: 0,19% / 29.563 pontos
Hang Seng: 0,45% / 30.174 pontos
ASX 200: -0,10% / 6.850 pontos
ABERTURA
DAX: 0,405% / 13989,42 pontos
CAC 40: -0,153% / 5662,11 pontos
FTSE: 0,122% / 6532,29 pontos
Ibov. Fut.: -0,86% / 118340,00 pontos
S&P Fut.: -0,067% / 3902,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,475% / 13704,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 83,53 ptos
Petróleo WTI: -0,51% / $58,38
Petróleo Brent: -0,47% / $61,02
Ouro: 0,02% / $1.842,18
Minério de Ferro: 1,00% / ¥ $159,74
Soja: -0,50% / $1.353,00
Milho: -1,22% / $530,75
Café: 0,37% / $121,30
Açúcar: 0,00% / $16,74