Chegou a reunião do FOMC com grande expectativa dos investidores, conforme citamos nos relatórios desta semana, em meio ao cenário desafiador de inflação nos EUA e em nível global, catalisada pelo choque de oferta, o qual ainda falha em emitir um sinal de solução no curto prazo.
Repetimos que este não é o único problema da questão inflacionária, afinal a série de estímulos que continua em voga em diversas economias centrais alimenta a desvalorização das divisas e preserva a perspectiva de inflação inalterada.
Portanto, seria o ideal por parte dos bancos centrais trabalhar com os governos para a retirada dos estímulos, em especial aqueles ligados ao auxílio de empresas e desemprego, para então entender se o impacto inflacionário continua elevado.
Fazer a retirada tão somente dos programas de compra e recompra de ativos tem impacto limitado na inflação, assim como tiveram impacto limitado durante a década em que foram responsáveis pela inflação de ativos de mercado, mas não necessariamente de preços.
Daí o papel dos governos em rever em que estágio estamos em termos de pandemia e do fim gradual das medidas de restrição à locomoção e da atividade econômica, como ocorre amanhã no Reino Unido, onde todas as medidas serão retiradas, desde máscaras, até passaportes sanitários.
Outros países como Noruega e Espanha já declararam o fim da pandemia, reduzindo ao alerta de endemia e caso a variante Omicron continue com o atual padrão, a tendência é que mais países tomem a mesma atitude.
Pelo lado da atividade econômica, seria o momento de retirada dos estímulos, em meio à perspectiva de continuidade do crescimento em meio à pretensa normalidade, ao mesmo tempo em que se avaliam os impactos inflacionários desta mesma atividade.
O desafio não é fácil para país nenhum, porém os sinais são de que tais desafios necessitam ser endereçados, o que o FOMC pode simplesmente não fazer hoje, anunciado um processo pesado de aperto monetário, para conter a inflação.
O ‘monstro’ inflacionário é enorme, porém usar ‘arsenal nuclear’ para detê-lo ocorre sempre com enorme colateralidade.
Atenção ao IPCA-15, setor externo no Brasil e nos EUA, estoques e setor imobiliário.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com foco no resultado da reunião do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, na expectativa com a reunião do FOMC.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com o nervosismo da interrupção da oferta à medida que as tensões geopolíticas crescem.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -7,12%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4409 / -0,92 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,133%
Dólar / Yen : ¥ 114,17 / 0,184%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,007%
Dólar Fut. (1 m) : 5452,52 / -1,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,84 % aa (-0,34%)
DI - Janeiro 24: 11,35 % aa (-0,44%)
DI - Janeiro 26: 11,02 % aa (-0,59%)
DI - Janeiro 27: 11,17 % aa (-0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,1000% / 110.204 pontos
Dow Jones: -0,1943% / 34.298 pontos
Nasdaq: -2,2795% / 13.539 pontos
Nikkei: -0,44% / 27.011 pontos
Hang Seng: 0,19% / 24.290 pontos
ASX 200: -2,49% / 6.962 pontos
ABERTURA
DAX: 2,073% / 15437,41 pontos
CAC 40: 2,006% / 6975,10 pontos
FTSE: 1,744% / 7500,05 pontos
Ibov. Fut.: 2,11% / 110884,00 pontos
S&P Fut.: 1,07% / 4395,5 pontos
Nasdaq Fut.: 2,026% / 14378,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,72% / 106,38 ptos
Petróleo WTI: 0,69% / $86,19
Petróleo Brent: 0,85% / $88,95
Ouro: -0,07% / $1.846,88
Minério de Ferro: 0,01% / $129,94
Soja: 0,09% / $1.406,00
Milho: 0,08% / $619,25
Café: 0,40% / $239,55
Açúcar: -0,27% / $18,71