O grosso dos indicadores de atividade econômica no Brasil começa a sinalizar resultados mais positivos no curto prazo, numa pretensa resposta tanto ao afrouxamento monetário, quanto a medidas microeconômicas adotadas pela equipe econômica.
Superficialmente, os efeitos da crise política começam a se dissipar nos indicadores de confiança dos investidores e dos consumidores, porém a falta de previsibilidade do contexto político deixa o cenário bastante incerto.
Ainda assim, existe uma expectativa positiva em relação aos indicadores de atividade econômica como vendas ao varejo, num panorama onde a inflação, mesmo com repiques pontuais, continua controlada.
CENÁRIO POLÍTICO
O governo ainda não tem força o suficiente para avançar com a reforma da previdência de forma completa, o que deve transferir os esforços para tanto buscar a ampliação do déficit fiscal, novas concessões e da TLP a ter seu parecido lido amanhã na comissão.
O impasse fiscal continua, com o adiamento da divulgação do novo “rombo” do governo, onde Temer “aprova” R$ 159 bi, porém sem aumento de impostos. Para piorar, parlamentares querem resultado primário negativo de R$ 177 bi em 2018, para cumprir emendas durante o ano eleitoral.
Outro ponto polêmico é o Refis, a qual foi modificada pelo deputado Newton Cardoso Jr. para aumentar benefícios para os devedores.
Caso aprovada no formato atual, a Fazenda diz que a arrecadação prevista cairá de R$ 13,3 bilhões para pouco mais de R$ 400 milhões. Algo impensável neste momento para a equipe econômica.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros em NY operam em alta, com a redução das tensões bélicas entre a Coreia do Norte e os EUA. Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o maior apetite pelo prêmio de risco.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, em correção à parte das altas da semana anterior e realização de lucros.
O petróleo abriu negativo, ainda com a preocupação com indicadores chineses abaixo das expectativas e o dólar forte.
No calendário corporativo, destacam-se os resultados de OGX e Braskem.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1901 / -0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,280%
Dólar / Yen : ¥ 110,39 / 0,693%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,656%
Dólar Fut. (1 m) : 3196,82 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,87 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,44 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,39 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,26 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,37% / 68.285 pontos
Dow Jones: 0,62% / 21.994 pontos
Nasdaq: 1,34% / 6.340 pontos
Nikkei: 1,11% / 19.753 pontos
Hang Seng: -0,28% / 27.175 pontos
ASX 200: 0,47% / 5.757 pontos
ABERTURA
DAX: 0,309% / 12202,69 pontos
CAC 40: 0,448% / 5144,62 pontos
FTSE: 0,421% / 7384,83 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 68295,00 pontos
S&P Fut.: 0,203% / 2468,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,254% / 5925,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 82,78 ptos
Petróleo WTI: -0,44% / $47,38
Petróleo Brent:-0,45% / $50,50
Ouro: -0,61% / $1.274,27
Minério de Ferro: -0,42% / $73,45
Soja: -0,89% / $17,78
Milho: -1,10% / $358,75
Café: -0,58% / $136,15
Açúcar: -0,15% / $13,48