O mercado local, assim como em outros dias da semana, não acompanhou totalmente os desígnios no exterior, estes marcados por uma correção das quedas recentes nas bolsas de valores, em resposta à leitura de que o Federal Reserve pode retomar antes do esperado o aperto monetário e o tapering.
A descompressão local vem da redução do ímpeto dos preços das commodities, as quais também passar por ajustes recentes, em resposta à pressão global de estoques, em partes aliviada no curto prazo.
Ainda no Brasil, a aprovação da possibilidade de privatização da Eletrobras (SA:ELET3) veio repleta do que se convenciona chamar de jabutis, elementos que podem atrasar o processo ou mesmo não vingá-lo, num projeto que se afasta daquele original do governo.
Neste sentido, em sua live ontem, Bolsonaro demonstra que o ímpeto de privatização no governo somente tem aderência na equipe econômica, pois ao citar a abertura de agências da Caixa, demissão do presidente do BB (SA:BBAS3) e a “função social” da Petrobras (SA:PETR4) e de outras estatais, lembra de perto o modus operandi dos governos petistas.
A Eletrobras sofre ainda hoje os efeitos da intervenção do setor elétrico no governo Dilma e caso ocorre evento semelhante na Petrobras, devido ao aumento de preços de combustíveis, acompanhando o valor internacional do petróleo, resultados semelhantes podem ocorrer.
Neste sentido, começam a se esvair as esperanças de qualquer processo amplo de privatização e redução do Estado como somente ocorreu nos anos 90, mesmo na possível recondução de Bolsonaro, aliás, principalmente se isto ocorrer.
Restam as esperanças nas reformas, em especial a tributária, todavia se o governo ceder em pontos importantes como uma alíquota única uniforme, não cumulatividade e princípio do destino e tentar emplacar soluções simplistas como nos moldes de uma CPMF.
No exterior, os mercados continuam no ritmo positivo, seguindo a maior alta nos PMIs europeus em 3 anos, em especial aqueles da Zona do Euro, superando em média os dados da Alemanha, a qual sempre foi um importante guia dos resultados do bloco.
Mesmo com toda volatilidade, os Treasuries de 10 anos continuam estáveis.
Na agenda macroeconômica destaca-se uma série de PMIs na Europa e EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a perspectiva dos gerentes na Europa mantendo o ritmo positivo.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, destaque ao Nikkei.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após semana de perdas.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2846 / -0,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,000%
Dólar / Iene: ¥ 108,66 / -0,147%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / 0,176%
Dólar Futuro (1 m) : 5284,12 / -0,75 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,00 % aa (-0,08%)
DI - Janeiro 23: 6,75 % aa (-1,24%)
DI - Janeiro 25: 8,23 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 27: 8,82 % aa (-1,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0526% / 122.701 pontos
Dow Jones: 0,5550% / 34.084 pontos
Nasdaq: 1,7745% / 13.536 pontos
Nikkei: 0,78% / 28.318 pontos
Hang Seng: 0,03% / 28.458 pontos
ASX 200: 0,15% / 7.030 pontos
ABERTURA
DAX: 0,234% / 15406,17 pontos
CAC 40: 0,554% / 6378,73 pontos
FTSE 100: -0,062% / 7015,43 pontos
Ibovespa Futuros: -0,06% / 122845,00 pontos
S&P 500 Futuros: 1,036% / 4154,20 pontos
Nasdaq Futuros: 0,267% / 13523,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 91,06 ptos
Petróleo WTI: 0,79% / $62,81
Petróleo Brent: 0,31% / $65,97
Ouro: 0,14% / $1.879,44
Minério de ferro: -1,86% / $211,15
Soja: -0,93% / $1.520,50
Milho: -1,47% / $658,25
Café: -0,60% / $150,85
Açúcar: -1,23% / $16,79