O peso das incertezas com o Brexit manteve a sessão anterior volátil, todavia, o referencial mais positivo das bolsas americanas acabou por influenciar o mercado local a sair de uma pré-abertura negativa para altas nas bolsas de valores, que no fim do dia foram reduzidas pela questão vacinal.
O dólar global em queda continuou a pesar nas divisas de países emergentes, levando à valorização do Real frente ao dólar e o desempenho positivo do leilão do tesouro também levou ao fechamento das curvas de juros, em especial nos vértices mais longos.
Como citamos anteriormente, o Brasil poderia encarar problemas com a cadeia de suprimentos, inclusive para os insumos de vacinação, o que poderia atrasar o processo.
Eis que a Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) indicou que pode sofrer os mesmos problemas para iniciar o processo vacinal, daí a reversão de parte do mercado ontem, na perspectiva de que o procedimento possa ser mais difícil do que inicialmente indicado.
Localmente, um dos pontos importante foi a divulgação do PIB, onde apesar da decepção com o resultado trimestral, abaixo de nossa projeção aos 7,7%, demonstrou crescimento do consumo das famílias como resultado dos programas de estímulo contra a pandemia e crescimento considerável da formação bruta de capital fixo, ou seja, investimento das empresas.
Parte deste cenário vem da demanda externa acelerada por conta do câmbio desvalorizado, elevando a procura por uma série de bens produzidos localmente, levando ao aumento de investimentos, apesar do câmbio desfavorável para a aquisição de bens de capital.
Hoje, as atenções se voltam ao mercado de trabalho nos EUA, após o resultado do ADP Employment abaixo das projeções do mercado para novembro.
Os pedidos semanais de auxílio desemprego voltaram a perder força na medida semanal, porém o retorno de alguns fechamentos em estados americanos pode pesar negativamente na criação de vagas em breve.
A próxima semana reserva uma agenda importante de indicadores no Brasil, em especial as inflações com o IPCA e IGP-DI, índices de atividade econômica como vendas ao varejo e serviços e a decisão do Copom, onde consideramos uma manutenção da taxa em 2% aa, sem sinal preciso do próximo movimento.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, entre o Brexit e os estímulos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após divulgação da lista negra de empresas chinesas pelos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após a assinatura do compromisso de cortes de produção pela OPEP+
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,99%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1585 / -1,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,214%
Dólar / Yen : ¥ 103,99 / 0,106%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,253%
Dólar Fut. (1 m) : 5137,81 / -2,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,81 % aa (-5,69%)
DI - Janeiro 23: 4,49 % aa (-3,34%)
DI - Janeiro 25: 6,11 % aa (-4,38%)
DI - Janeiro 27: 6,90 % aa (-4,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3692% / 112.292 pontos
Dow Jones: 0,2869% / 29.970 pontos
Nasdaq: 0,2252% / 12.377 pontos
Nikkei: -0,22% / 26.751 pontos
Hang Seng: 0,40% / 26.836 pontos
ASX 200: 0,28% / 6.634 pontos
ABERTURA
DAX: 0,085% / 13264,07 pontos
CAC 40: 0,384% / 5595,74 pontos
FTSE: 0,728% / 6537,54 pontos
Ibov. Fut.: 0,26% / 112164,00 pontos
S&P Fut.: -0,074% / 3664,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,347% / 12502,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 74,33 ptos
Petróleo WTI: 1,88% / $46,21
Petróleo Brent: 1,83% / $49,38
Ouro: 0,11% / $1.839,95
Minério de Ferro: 2,14% / ¥ $135,66
Soja: 0,26% / $1.171,25
Milho: -0,06% / $422,25
Café: 0,68% / $117,65
Açúcar: 0,00% / $14,67