Ainda que com desencontro de notícias políticas, o mercado local “engatou” em um ritmo mais positivo na segunda metade da sessão, na contramão das bolsas americanas, as quais passaram o dia em realização de lucros, após a maior alta percentual diária desde julho do ano passado.
Por aqui, a entrevista de Paulo Guedes seguiu o padrão usual de eterna esperança positiva, mas limitado pela questão política, porém foi exatamente a política que levou a um contexto mais positivo.
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Aparentemente, o projeto emergencial deve mesmo seguir os padrões determinados pela equipe econômica, com as devidas contrapartidas e respeito aos preceitos fiscais, o que é visto de maneira muito positiva para o mercado.
Em reunião recente com economistas, o Banco Central ouviu que o temor de 10 entre 10 deles é de um descalabro fiscal e do custo que isso pode gerar ao país, inclusive de inflação.
Portanto, se o governo tiver a sensibilidade de entender que para o mercado financeiro, o melhor é o país em ordem, com reformas, responsabilidade fiscal, juros decentes e sem inflação, ele não pediria “ajuda”, como foi noticiado ontem nas agências de notícias.
No exterior, o governo Biden sofreu a primeira derrota no Senado, após a retirada da indicação de Neera Tanden para a secretaria de administração e orçamento federal, devido a seus tweets considerados ofensivos contra senadores republicanos e até apoiadores democratas de Sanders.
Ela perdeu o voto decisivo de um democrata e não havia forma de nenhum dos 50 republicanos aprovarem seu nome, entre eles diversos atacados.
Mesmo assim, isso não traz o temor de que o pacote de US$ 1,9 trilhão não seja aprovado, dadas algumas mudanças estratégicas no seu conteúdo.
Para hoje, além do mercado de trabalho americano, o foco é no PIB brasileiro, o qual deve contrair acima de 4% em 2020, mas ainda assim, superando os cenários mais trágicos, em especial de agências internacionais para o Brasil.
A segunda metade do ano passado surpreendeu com uma série de indicadores de atividade econômica, que só não foram melhores por problemas de oferta.
Resta aguardar como a economia reage com possíveis novos fechamentos.
Atenção aos balanços de Prudential (LON:PRU), Fiat Chrysler, Wendy’s (NASDAQ:WEN) e localmente, Hering (SA:HGTX3), Taesa (SA:TAEE11), Fras-le (SA:FRAS3) e Iochpe-Maxion (SA:MYPK3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo pacote americano de estímulos.
Em Ásia-Pacífico, fortes altas, com PIB australiano acima das expectativas e PMIs na China ainda em zona de expansão econômica.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar dos sinais da OPEP+ de elevação da produção global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6645 / 0,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,124%
Dólar / Yen : ¥ 106,90 / 0,188%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / 0,272%
Dólar Fut. (1 m) : 5674,79 / 1,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,90 % aa (2,40%)
DI - Janeiro 23: 5,79 % aa (1,22%)
DI - Janeiro 25: 7,49 % aa (1,63%)
DI - Janeiro 27: 8,12 % aa (1,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0921% / 111.540 pontos
Dow Jones: -0,4566% / 31.392 pontos
Nasdaq: -1,6929% / 13.359 pontos
Nikkei: 0,51% / 29.559 pontos
Hang Seng: 2,70% / 29.880 pontos
ASX 200: 0,82% / 6.818 pontos
ABERTURA
DAX: 0,898% / 14165,94 pontos
CAC 40: 0,862% / 5859,82 pontos
FTSE: 1,154% / 6690,06 pontos
Ibov. Fut.: 1,20% / 111586,00 pontos
S&P Fut.: -0,800% / 3867,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,772% / 13154,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,16% / 85,39 ptos
Petróleo WTI: 1,34% / $60,69
Petróleo Brent: 1,16% / $63,62
Ouro: -0,52% / $1.726,95
Minério de Ferro: 1,68% / ¥ $173,16
Soja: 0,14% / $1.415,00
Milho: -0,22% / $559,50
Café: -1,44% / $133,75
Açúcar: -0,30% / $16,37