A reação do mercado financeiro aos sinais de que o teto não seria furado é o sinal mais claro de que a perspectiva dos investidores é pautada principalmente pelo longo e não curto prazo.
Dizemos isso, pois a articulação fracassada em primeiro turno de se incluir a possibilidade de um descalabro fiscal, ao retirar o bolsa família do teto trariam muito provavelmente resultados consideravelmente fortes em termos de popularidade do presidente.
Sem tais limites, os gastos assistências seriam praticamente ilimitados, às custas das já pioradas contas públicas e da forte limitação das fontes de arrecadação do governo, dada a crise atingindo em cheio a atividade econômica como um todo.
Com tais fontes de arrecadação limitadas, a solução vem da emissão de títulos e em meio a políticas atabalhoadas e populistas, o custo de cada arrecadação somente sobe, ou seja, com desconfiança da capacidade do governo pagar a conta, o investidor pede uma taxa de retorno cada vez mais e mais alta.
Os dois principais efeitos consecutivos são largamente conhecidos da literatura econômica e do imaginário popular: inflação e juros altos.
Ao emitir excesso de títulos, o governo promove um aumento significativo da base monetária, levando à queda generalizada do valor da moeda e pressão de preços relativos da economia, o que se conhece popularmente como inflação.
Para continuar se financiando e tentar conter a tal inflação, o governo se vê obrigado a subir juros, com possível efeito recessivo acentuado, principalmente no atual cenário.
Eis que o papel da equipe econômica se fez preponderante em tal contexto, pois as pressões para o descalabro fiscal eram grandes, mas Guedes e Campos Neto foram irredutíveis quanto aos efeitos na economia e obviamente, na deterioração de ativos do mercado financeiro.
Há ainda o segundo turno e possibilidade de emendas, portanto, somente uma batalha pela responsabilidade fiscal foi ganha, nem de longe a guerra.
Atenção aos balanços de Prudential (LON:PRU), Costco (NASDAQ:COST) (SA:COWC34), Merck (NYSE:MRK) (SA:MRCK34), Schroders (LON:SDR), Lufthansa (DE:LHAG), GAP e localmente, B3 (SA:B3SA3), B2W (SA:BTOW3), Arezzo (SA:ARZZ3), Azul (SA:AZUL4), CSU (SA:CARD3) CardSystem, CCR (SA:CCRO3), Ferbasa (SA:FESA4), Grendene (SA:GRND3), Iguatemi (SA:IGTA3), Lojas Americanas (SA:LAME4), MRV (SA:MRVE3), Odontoprev (SA:ODPV3), Paranapanema (SA:PMAM3), Randon (SA:RAPT4) e Wiz (SA:WIZS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, dada a forte flutuação dos rendimentos dos Treasuries.
Em Ásia-Pacífico, quedas generalizadas, puxadas por ações de tecnologia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com sinais da OPEP+ de manutenção da menor produção e estoques americanos em queda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,70%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6232 / -0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,207%
Dólar / Yen : ¥ 107,32 / 0,280%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,179%
Dólar Fut. (1 m) : 5755,47 / 1,42 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,07 % aa (4,43%)
DI - Janeiro 23: 5,98 % aa (3,28%)
DI - Janeiro 25: 7,77 % aa (3,74%)
DI - Janeiro 27: 8,42 % aa (3,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3191% / 111.184 pontos
Dow Jones: -0,3868% / 31.270 pontos
Nasdaq: -2,7026% / 12.998 pontos
Nikkei: -2,13% / 28.930 pontos
Hang Seng: -2,15% / 29.237 pontos
ASX 200: -0,84% / 6.761 pontos
ABERTURA
DAX: -0,619% / 13992,85 pontos
CAC 40: -0,498% / 5801,04 pontos
FTSE: -0,937% / 6612,90 pontos
Ibov. Fut.: -0,23% / 111329,00 pontos
S&P Fut.: -0,469% / 3798,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,501% / 12615,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,12% / 83,92 ptos
Petróleo WTI: -0,88% / $60,70
Petróleo Brent: -0,59% / $63,69
Ouro: 0,02% / $1.711,95
Minério de Ferro: 1,17% / ¥ $174,12
Soja: 0,57% / $1.418,75
Milho: -0,36% / $548,25
Café: -1,54% / $131,15
Açúcar: -0,62% / $16,03