O mercado brasileiro se manteve resiliente na sessão de ontem, apesar do forte movimento de venda deflagrado nas bolsas americanas, onde o mercado está dividido neste mês, com o Nasdaq caindo 4% e o Dow em alta 2,5%.
Isto ocorre à medida que os investidores se deslocam de ações de crescimento com avaliações relativamente altas para ações de valor que se beneficiarão com a reabertura da economia após a pandemia e aumento da inflação, em especial mobilidade.
As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) caíram quase 4% no pré-mercado, com indicações de que a montadora interrompeu planos de expandir sua fábrica em Xangai para um centro de exportação, em vista aos recentes acidentes na China e posição de reguladores.
Localmente, o mercado se manteve firme, com quase inevitável realização de lucro de mineradoras, dada a forte puxada recente do minério de ferro em resposta à disputa comercial/política entre Austrália e China.
Ainda por aqui, de certa maneira ignorando os problemas políticos impostos pelo palanque eleitoral da CPI da pandemia e das manobras do governo para preservar o poder em detrimento à boa condução das contas públicas, o mercado conta com a perspectiva de reabertura econômica em breve.
Isto devido à velocidade do processo de vacinação e às aquisições recentes de vacinas em grande escala, considerando que obviamente não ocorram interrupções do fornecimento durante o processo.
O Brasil mostra que a sua tradicional capacidade de imunização, reconhecida globalmente é eficaz quando há disponibilidade correta de insumos, o que é sempre uma dúvida por aqui.
Por fim, as atenções se voltam hoje ao alívio provocado pelo câmbio estável e Real valorizado em abril, em especial no item transportes, porém com pressão maior de alimentos e energia em voga e permanecendo pelos próximos meses.
Na agenda macroeconômica, destaque ao IPCA no Brasil e Jolts nos EUA, além da melhora expressiva do índice de expectativas Zew na Alemanha.
Na agenda corporativa, Softbank, EA, Alstom (PA:ALSO), NTT, Nissan, Namco Bandai, Sharp, Ubisoft, Nissin, Mistubishi, Kawasaki e localmente Inter, Klabin (SA:KLBN11), Raia Drogasil (SA:RADL3), Santos Brasil (SA:STBP3), BTG Pactual (SA:BPAC11), BR Distribuidora (SA:BRDT3), Atacadao (SA:CRFB3), Notre Dame, Vulcabras Azaleia, Marfrig (SA:MRFG3) e Sul América (SA:SULA11).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a realização de lucros em voga nas bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo o sell-off das techs nas bolsas em NY.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e ao cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, mesmo com o pipeline permanecendo desligado após ataque cibernético.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,75%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2283 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,305%
Dólar / Yen : ¥ 108,75 / 0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,135%
Dólar Fut. (1 m) : 5250,41 / 0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,79 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 23: 6,65 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 25: 8,16 % aa (1,12%)
DI - Janeiro 27: 8,71 % aa (0,81%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1057% / 121.909 pontos
Dow Jones: -0,1005% / 34.743 pontos
Nasdaq: -2,5478% / 13.402 pontos
Nikkei: -3,08% / 28.609 pontos
Hang Seng: -2,03% / 28.014 pontos
ASX 200: -1,06% / 7.097 pontos
ABERTURA
DAX: -2,164% / 15067,18 pontos
CAC 40: -1,987% / 6259,09 pontos
FTSE: -2,169% / 6969,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,17% / 122170,00 pontos
S&P Fut.: -0,406% / 4166,40 pontos
Nasdaq Fut.: -1,247% / 13192,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 93,35 ptos
Petróleo WTI: -0,52% / $64,47
Petróleo Brent: -0,59% / $67,86
Ouro: 0,13% / $1.840,11
Minério de Ferro: -0,42% / $215,48
Soja: -0,17% / $1.617,25
Milho: 0,27% / $750,00
Café: -0,37% / $147,05
Açúcar: 0,51% / $17,63