Muitos neste momento se perguntam do porquê existe tanta atenção ao resultado da corrida para o senado americano e como isso pode influenciar o mercado nos próximos anos.
O que se sempre prezou nos EUA em termos políticos foi um certo equilíbrio de poder que evitasse que um partido fosse majoritário nas decisões de temas, dado o sistema bipartidário historicamente utilizado por lá.
O governo Obama inclusive enfrentou uma câmara majoritariamente republicana por todo seu mandato, em momentos que governou sem nenhuma maioria absoluta em termos congressuais.
O presidente Trump também enfrentou uma câmara hostil e sem maioria, o que não o impediu de aprovar uma série de medidas e temas, assim como ocorreu com Obama.
A vitória quase confirmada do democrata Raphael Warnock, em uma das campanhas mais caras para o senado da história e a possibilidade de vitória do democrata Jon Ossoff contra o republicano David Perdue trariam o que se chama “blue wave”, a onda azul, devido à cor tradicional usada pelo partido.
Neste sentido, seria muito mais fácil para os democratas passarem os temas que bem entenderem, sem muita resistência dos republicanos e, para alguns analistas, isso significaria aumentos de impostos corporativos de toda ordem, em especial sob empresas de tecnologia, o que explica o comportamento do Nasdaq na abertura dos negócios.
Outro ponto é a falta de equilíbrio entre os poderes, com um congresso totalmente voltado ao executivo, este se tornaria somente um chancelador dos temas e nunca um local para discutir sua validade ou mesmo legalidade.
Um equilíbrio que é notado por especialistas é na Suprema Corte, onde mudanças constitucionais importantes precisam ser chanceladas pela maioria, a qual neste momento é conservadora, dadas as escolhas do presidente Trump durante seu mandato.
Ainda assim, muitos democratas gostariam de “aumentar o número de assentos” ou “pack the Supreme Court” para retirar a maioria conservadora e assim ter poder praticamente absoluto nos EUA.
Atenção hoje ao ADP, Ata do FOMC e pedidos às fábricas e bens duráveis nos EUA. Localmente, PMIs.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com mercados de olho nas eleições para o senado na Georgia, EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos com alta em ações de tecnologia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto paládio e platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a maior alta em 11 meses depois que Arábia Saudita prometeu um corte voluntário na produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,91%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2766 / 0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / 0,268%
Dólar / Yen : ¥ 102,86 / 0,127%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 5268,02 / 0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,69 % aa (#VALOR!)
DI - Janeiro 23: 4,30 % aa (2,75%)
DI - Janeiro 25: 5,77 % aa (2,12%)
DI - Janeiro 27: 6,50 % aa (1,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4388% / 119.376 pontos
Dow Jones: 0,5549% / 30.392 pontos
Nasdaq: 0,9490% / 12.819 pontos
Nikkei: -0,38% / 27.056 pontos
Hang Seng: 0,15% / 27.692 pontos
ASX 200: -1,12% / 6.607 pontos
ABERTURA
DAX: 0,715% / 13748,77 pontos
CAC 40: 0,742% / 5605,88 pontos
FTSE: 1,273% / 6696,41 pontos
Ibov. Fut.: 0,45% / 119393,00 pontos
S&P Fut.: 0,704% / 3718,20 pontos
Nasdaq Fut.: -1,804% / 12565,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,87% / 81,03 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $50,45
Petróleo Brent: 0,43% / $54,31
Ouro: 0,30% / $1.957,49
Minério de Ferro: 0,05% / ¥ $166,08
Soja: 1,89% / $1.375,50
Milho: 1,98% / $499,50
Café: 0,12% / $125,50
Açúcar: 0,68% / $16,21