Mais um dia de ganhos no mercado financeiro, ainda não totalmente convicto da sua posição de contra os eventos pandêmicos e se baseando nos indicadores de curto prazo, como os da atividade econômica chinesa superando as expectativas e os dados locais ainda não afetados pelo avanço da doença.
No exterior, os investidores voltaram a buscar a ´defesa´ em ações de empresas que se beneficiaram da pandemia, como as de tecnologia e a promessa da campanha de Biden que nenhuma ação extrema como lockdowns será tomada a partir de janeiro trouxe alívio aos investidores, além da notícia da Moderna (NASDAQ:MRNA) de que sua vacina traz eficácia de 94,5%.
Ainda assim, apesar dos ganhos recentes, o cenário ainda é de fragilidade em vista também à questão política local e internacional, onde nos EUA o presidente Trump não dá sinais de que cederá facilmente à derrota, dificultando inclusive o processo burocrático de transferência do poder.
Localmente, a importância é cada vez maior da agenda de reformas estacionada no congresso para preservar o humor observado no mercado e faça o país sair da crise com melhor qualidade do que entrou.
Em depoimento ontem, o presidente do Banco Central, Campos Neto reafirmou que um novo pacote fiscal no Brasil teria muito mais potencial contracionista e inflacionário do que o contrário, dando um aviso à classe política ainda ávida por romper o teto dos gastos.
Ao citar recentemente que desistira do novo programa de renda mínima e focaria na elevação do Bolsa Família, o governo trouxe ceticismo aos investidores sobre o tema, confirmado com o ministro Lorenzoni ontem, o qual citou que o novo programa está pronto e deve ser lançado em dezembro.
E deste modo, a agenda de reformas continua sem uma sinalização mais firme e as reações de boa parte dos ativos de mercado se baseiam mais no movimento do exterior, do que efetivamente em avanços (na falta deles) locais.
Nem sequer os temas que de certa maneira estão com discussões mais avançadas tem sinais melhores, como a cabotagem, recuperação fiscal dos estados, liberação do estoque de uma série de fundos, como citado pelo ministro Paulo Guedes, autonomia do BC, entre outros.
Atenção hoje à produção industrial, mercado imobiliário, compra de Treasuries por estrangeiros e vendas ao varejo nos EUA e no Brasil, o IPC da Fipe registrou inflação semanal de 1,12% (Infinity: 1,18%).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, mesmo com sinal de uma nova vacina.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com esperança da vacina da Moderna.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o ouro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, entre os cortes da OPEP+ e esperança com a vacina.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,72%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4303 / -0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,186%
Dólar / Yen : ¥ 104,35 / -0,296%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,273%
Dólar Fut. (1 m) : 5438,95 / -0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,18 % aa (-1,88%)
DI - Janeiro 23: 4,89 % aa (-1,01%)
DI - Janeiro 25: 6,69 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 27: 7,47 % aa (0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,6299% / 106.430 pontos
Dow Jones: 1,5964% / 29.950 pontos
Nasdaq: 0,8018% / 11.924 pontos
Nikkei: 0,42% / 26.015 pontos
Hang Seng: 0,13% / 26.415 pontos
ASX 200: 0,21% / 6.498 pontos
ABERTURA
DAX: -0,102% / 13125,20 pontos
CAC 40: -0,088% / 5466,65 pontos
FTSE: -0,492% / 6389,72 pontos
Ibov. Fut.: 1,79% / 106566,00 pontos
S&P Fut.: -0,326% / 3611,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,364% / 12032,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 73,88 ptos
Petróleo WTI: 0,60% / $41,30
Petróleo Brent: 0,68% / $43,81
Ouro: 0,12% / $1.886,51
Minério de Ferro: 1,50% / ¥ $121,22
Soja: 1,28% / $1.168,50
Milho: 1,08% / $420,00
Café: -0,99% / $115,15
Açúcar: 0,65% / $15,49