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Mercados Cautelosos Antes da Temporada de Balanços nos EUA

Publicado 14.07.2017, 08:44
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RESENHA DA BOLSA - SEXTA-FEIRA 14/07/2017

ÁSIA: Os mercados globais continuaram a avançar nesta sexta-feira, com a maioria dos mercados da Ásia-Pacífico terminando a semana em alta, com investidores mantendo apetite ao risco após segundo dia do testemunho da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.

O Nikkei do Japão ganhou 0,09%, para fechar em 20.118,86 pontos, meio a uma retração do iene, com o dólar subindo para ¥ 113,50. A produção industrial do Japão diminuiu 3,6% em relação ao mês anterior, mas subiu 6,5% no ano, segundo dados do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

O Kospi da Coreia do Sul avançou 0,21% e terminou em 2.414,6 pontos, perfazendo ganhos pelo segundo dia consecutivo após fechar em nível recorde na última sessão.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,49%, para fechar em 5.765,11 pontos, o terceiro dia consecutivo de alta nesta semana. Os quatro maiores bancos ofereceram apoio ao índice. Entre as mineradoras australianas, BHP Billiton subiu 0,4%, enquanto Fortescue e Rio Tinto (LON:RIO) recuaram 0,9% e 0,1%, respectivamente. Na semana, as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto terminaram a semana com alta de 2,2 e 0,8%, respectivamente.

Os mercados da China tiveram um fechamento misto. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,16% e manteve-se próximo da máxima de dois anos. Nos mercados continentais, o Shanghai Composite aumentou 0,13% e o Shenzhen Composite recuou 0,40%. Os gastos fiscais da China cresceram 19,1% em junho em relação ao ano anterior, mais do que o dobro em relação ao crescimento de 9,2% de maio. Uma aceleração nas despesas em projetos públicos, como o bem-estar social e o emprego, é um reflexo da implementação de uma política fiscal governamental proativa, disse o ministério.

O crescimento da receita do governo nacional também acelerou para 8,9% em junho, ante 3,7%. O governo disse que força dos preços dos produtos industriais, os lucros das empresas melhores e o aumento das importações contribuíram para o crescimento constante das receitas do governo. A receita das vendas de terras, uma fonte importante de receita para os governos locais, subiu 34% no primeiro semestre do ano, comparado com um aumento de 32,8% nos primeiros cinco meses. Uma pesquisa de economistas previa que a economia chinesa cresceria 6,8% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, ante 6,9% do primeiro trimestre.

Os preços do petróleo recuaram durante o pregão asiático, devolvendo parte dos ganhos observados na sessão anterior quando os dados aduaneiros da China mostraram uma forte demanda da segunda maior economia do mundo, compensando os níveis mais altos de produção observados em um relatório da Agência Internacional de Energia.

EUROPA: Os mercados europeus abriram ligeiramente superiores na manhã desta sexta-feira, enquanto os investidores olhavam para os relatórios de lucros dos bancos de Wall Street e acompanham os desenvolvimentos de uma reunião entre os presidentes francês e americano. O Stoxx Europe 600 avança apenas 0,04% com queda nas ações industriais e de utilidade, enquanto "stocks" de recursos básicos e de cuidados de saúde aumentam. Na semana, o benchmark pan-europeu segue em busca de um aumento de 1,6%, o que seria a maior alta desde a semana de 5 de maio. A sessão de quarta-feira marcou o maior ganho de porcentual desde o final de abril, após a presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, dizer que as taxas de juros dos EUA não precisam se elevar tanto.

Com o Fed em foco em grande parte desta semana, os investidores parecem cautelosos nesta sexta-feira antes dos dados de inflação de junho dos EUA. Analistas acreditam que o relatório de inflação pode ajudar a interpretar a próxima mudança de política do Fed.

Com mais bancos centrais falando em retirar seus programas de facilitação, com o Banco Central Europeu "mais hawkish" também seria positivo para os bancos europeus, uma vez que o aumento nas taxas de empréstimos de curto prazo pelos bancos centrais deve aumentar as margens de lucro dos bancos. O BCE divulgará a última decisão sobre sua política monetária em 20 de julho.

No Reino Unido, o FTSE 100 sofre pressão com a força da libra e perdas contínuas da gigante farmacêutica AstraZeneca e segue em direção do segundo dia consecutivo no vermelho. Para a semana, o benchmark do Reino Unido segue a caminho para um ganho de 0,8%, após avanços no início da semana com comentários "dovish" da presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Janet Yellen.

A moeda do Reino Unido saltou na quinta-feira após comentários "hawkish" do membro de políticas do Banco de Inglaterra, Ian McCafferty, que pediu o fim precoce do programa de flexibilização quantitativa do banco central. Uma libra mais forte pode prejudicar as ações das multinacionais no FTSE 100, pois essas empresas fazem a maior parte de suas receitas e lucros nos mercados estrangeiros.

Os recursos básicos estavam entre os maiores ganhadores nos primeiros negócios, depois da notícia de um plano da Rio Tinto para uma mina de cobre no Arizona túnel, com 7.000 pés de profundidade e, portanto, um teste para os planos do presidente Donald Trump de reduzir a regulamentação para o setor. Rio Tinto avança 0,7%, Anglo American (LON:AAL) avança 0,4%, Antofagasta (LON:ANTO) e BHP Billiton sobem 0,5%, cada.

O governo britânico publicou no final da quinta-feira seu primeiro projeto de lei sobre Brexit, destinado a revogar uma lei de 1972 que tornou aplicável a legislação da União Europeia no Reino Unido. O projeto marca o primeiro passo no que se espera que seja uma dura batalha na negociação da saída do Reino Unido da UE. O governo, pela primeira vez, reconheceu explicitamente que tem obrigações financeiras com a UE, a chamada lei de saída, que precisará ser resolvida. A nota de saída foi um ponto importante de contenção, com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, dizendo que a UE pode se quiser exigir "somas exorbitantes".

Os dados da Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis mostraram que os registros de novos carros aumentaram 2,1% em junho, ante um aumento de 7,6% em maio, apesar de junho de 2017 ter um dia útil a menos do que 2016, que não é contabilizado nesses dados, esses dados mostram sinais de que a demanda por carros novos está diminuindo neste ano em relação ao ano passado.

Os presidentes da França e dos EUA, Macron e Trump vão comemorar o dia da Bastilha em uma reunião em que se espera um reajuste do relacionamento entre os dois líderes depois de início gelado no início deste ano. Durante uma conferência de imprensa conjunta na quinta-feira, Trump insinuou que "algo poderia acontecer" para mudar sua decisão em junho para retirar os EUA do acordo climático de Paris. Trump também disse que haviam discutido um aumento da cooperação em segurança.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA apontaram para uma abertura em ligeira queda na sexta-feira, enquanto investidores aguardam o lançamento de balanços corporativos. A sexta-feira marca o início oficial da temporada de balanços dos EUA. Citigroup, JPMorgan Chase e Wells Fargo estão programados para relatar seus números trimestrais antes da abertura. First Republic Bank, PNC Financial Services Group também deve informar seus balanços nesta sexta-feira.

Na quinta-feira, o Dow registrou o seu 24º recorde neste ano, impulsionado por ganhos nos setores financeiro e varejista.

O JP Morgan Chase & Co., o maior banco do país em ativos, reportou lucro de US$ 7,03 bilhões, ou US$ 1,82 por ação nesta sexta-feira, comparado com um lucro de US$ 6,2 bilhões, ou US$ 1,55 por ação, no mesmo período de 2016. Os analistas entrevistados pela Thomson Reuters esperavam ganhos de US$ 1,58 por ação. A receita aumentou para US$ 26,41 bilhões. Os analistas esperavam US$ 24,96 bilhões.

AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
9h30 - CPI - Consumer Price Index (Indicador mensal da inflação ao consumidor dos Estados Unidos) e de seu núcleo Core CPI (mensura os preços ao consumidor, com exceção dos custos relativos à alimentação e energia);
9h30 - Retail Sales (mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços) e o Core Retail Sales (exclui as vendas de automóveis e gás);
10h15 - Industrial Production (produção industrial) e pelo Capacity Utilization Rate (capacidade utilizada);
11h00 - Prelim UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
11h00 - Prelim UoM Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);
11h00 - Business Inventories (relatório sobre as vendas e os estoques do setor atacadista);

ÍNDICES FUTUROS - 8h30:
Dow: -0,02%
SP500: -0,04%
NASDAQ: +0,06%

OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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