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Mercados buscam o segundo dia de ganhos em outubro, apesar de alertas de analistas

Publicado 04.10.2022, 07:59
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As principais bolsas asiáticas que abriram negociaram em alta na terça-feira na sequência do rali das ações em Wall Street.

O Nikkei do Japão subiu 2,96% para fechar em 26.992,21 pontos, marcando o maior ganho diário desde 23 de março. O Kospi da Coreia do Sul avançou 2,50%, fechando em 2.209,38 pontos.

Ações de empresas defesa da Coreia do Sul e Japão subiram após novo teste de míssil da Coreia do Norte. A Hanwha Aerospace subiu 3,9% e a Korea Aerospace subiu 4,64%, ambas as empresas fabricam armas e aeronaves militares. No Japão, Hosoya Pyro-Engineering subiu mais de 5% e a Mitsubishi Heavy Industries avançou 3,69%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 saltou 3,75%, fechando em 6.699,30 pontos, o melhor desempenho diário em dois anos. Todos os setores do ASX subiram, com destaque positivo para as mineradoras. A BHP saltou 3,8%, enquanto a Rio Tinto (LON:RIO) adicionou 3,1% e a Fortescue Metals (ASX:FMG) adicionou 1,9%. As produtoras de ouro também saltaram à medida que o metal precioso passou de US $ 1700 a onça na segunda-feira, com a Newcrest Mining subindo 6,30% e a Northern Star Resources saltando mais de 7%. As produtoras de lítio dispararam. Os pesos-pesados Pilbara Minerals e Allkem subiram 11,21% e 9,37%, respectivamente. No setor de energia, Santos e Woodside Energy subiram 4,6% e 4,3%, respectivamente.

O Reserve Bank of Australia elevou sua taxa de juros de referência em 25 pontos-base, para 2,6%, menos do que os 0,50% esperado, fazendo alusão ao fato de que o pico "hawkishness" ficou para trás. O Reserve Bank of Australia disse que o aumento da taxa de 25 pontos base “ajudará a alcançar um equilíbrio mais sustentável de demanda e oferta” na economia do país e que deve continuar aumentando as taxas no próximo mês. O banco central também observou que a taxa de desemprego da Austrália é a mais baixa em quase 50 anos e disse que um aumento na taxa é esperado com a desaceleração do crescimento econômico. Este é o sexto movimento consecutivo do banco central na tentativa de controlar as pressões inflacionárias na economia. Segundo analistas, a "economia da Austrália está melhor posicionada do que os Estados Unidos para conter a inflação sem precisar entrar em uma recessão".

O índice MSCI para Ásia-Pacífico exceto Japão ganhou 1,95%.

Os mercados em Hong Kong e na China continental estavam fechados por conta de feriados.

EUROPA: As bolsas europeias avançam nesta terça-feira, sustentando os ganhos vistos no pregão de ontem.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe mais de 3% no fim do pregão matinal, com as ações de viagens e lazer liderando os ganhos.

O alemão DAX 30 sobe 3,1%, o francês CAC 40 avança 3,5% e o FTSE MIB da Itália avança 2,8%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 2,7% e o português PSI 20 sobe 1,7%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 2,1%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 3%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 3,3%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 1,3% cada. A produtora de petróleo British Petroleum sobe 1,2%.

De acordo com a empresa de análise, S3 Partners, o Credit Suisse (SIX:CSGN) está sob pressão, mas vendedores à descoberto parecem estar de olho em outros bancos europeus. Segundo os dados, o Credit Suisse é apenas o oitavo banco europeu mais "vendido", com apenas 2,42% de suas ações em circulação usadas para apostar contra ele. Alguns bancos franceses, italianos e alemães estão ainda "mais vendidos".

As ações da unidade de turboalimentação da ABB, a Accellero, sobem 5% após a fraca estreia no mercado.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem mais de 1% após altas consistentes no primeiro dia de negociação de outubro, representando uma forte virada em relação à setembro, o pior mês desde março de 2020 para o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500.

A segunda-feira trouxe uma pausa para a longa sequência de quedas vistos ao longo de setembro e no trimestre anterior. O Dow saltou quase 2,66%, para fechar em 29.490,89 pontos. Este foi seu melhor desempenho diário desde 24 de junho. O S&P 500 avançou 2,59%, para 3.678,43 pontos, em seu melhor dia desde 27 de julho. O Nasdaq Composite aumentou 2,27%, terminando em 10.815,43 pontos.

Enquanto isso, o rendimento da nota do Tesouro dos EUA de 10 anos caiu para cerca de 3,65%, abaixo dos mais de 4% registrado na semana passada.

O movimento acontece à medida que os rendimentos dos títulos caem em meio às esperanças de que os bancos centrais possam ficar menos agressivos com os planos de aumento de taxas. Alguns investidores esperam que o pico deste ciclo de aperto monetário possa estar chegando.

Aa fraca pesquisa de manufatura dos EUA na segunda-feira, apoiou essa narrativa. O índice PMI de manufatura dos EUA do ISM descreveu uma deterioração mais rápido do que os investidores esperavam e deu uma rotação positiva ao mercado. Os mercados absorveram o declínio inesperado dos dados do PMI de manufatura dos EUA, que mede a atividade fabril. Em setembro, desacelerou para o nível mais baixo desde maio de 2020, sugerindo uma queda na demanda por bens produzidos nas fábricas. Isso ocorre quando o Federal Reserve mantém um tom agressivo sobre os aumentos das taxas de juros, com palestrantes do banco central enfatizando que reduzir a inflação persistente é uma prioridade para eles.

Um analista advertiu que “houve apenas um rali de alívio” e que um dia de alívio mude o cenário, visto que "a alta provavelmente aconteceu por conta do otimismo nos EUA sobre o estado dos mercados estrangeiros, já que o dólar continuou a subir, mas que dentro dos EUA, as tendências mais amplas do mercado provavelmente estarão vinculadas à futuras decisões do Federal Reserve, que pretende continuar reduzindo a inflação.

Nesta terça-feira, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos caia 6 pontos-base para 3,5854% por volta das 5h00, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos, que é sensível a políticas do Federal Reserve caia para 4,0224%, sendo negociado com queda de 8 pontos-base. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas e um ponto-base equivale a 0,01%.

Entre os novos dados econômicos a serem divulgados na terça-feira, figura os pedidos das fábricas americanas e a Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Trabalho (JOLTS) administrada pelo Bureau of Labor Statistics, que dará "insights" sobre o mercado de trabalho dos EUA. Ambos serão divulgados às 11h00.

Vários palestrantes do Fed devem fazer comentários na terça-feira, aos quais os participantes dos mercados prestarão muita atenção à luz dos crescentes temores de uma recessão provocada por aumentos de taxas sendo implementados muito rapidamente. John Williams, presidente do Federal Reserve Bank of New York, discursará às 10h00. Loretta Mester, presidente do Federal Reserve Bank de Cleveland, discursará as 10h45 enquanto Philip Jefferson membro do "Board of Governors" do Federal Reserve, falará às 12h45, enquanto a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, paraticipará de um encontro às 14h00.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas avançam nesta terça-feira em meio à um amplo retorno do apetite por exposição ao risco entre os investidores, apesar de alertas dos analistas de que os ganhos podem ser de curta duração, com ventos contrários tanto no cenário macro quanto dentro do próprio setor cripto.

O Bitcoin sobe 4% nas últimas 24 horas, buscando negociar acima de US $ 19.900 à medida que o maior ativo digital se afastou ainda mais da baixa da semana passada próximo de US $ 18.500, nível mais baixo no ano, mas que permanece abaixo da marca psicologicamente importante de US $ 20.000.

Na segunda-feira, o Bitcoin atingiu US $ 20.150 logo após o ISM dizer que sua pesquisa PMI de manufatura caiu para 50,9 em setembro, a leitura mais baixa desde maio de 2020, ante 52,8 em agosto. O índice do dólar caiu para uma baixa de nove dias, tendo atingido uma alta de duas décadas de 114,77 em 28 de setembro.

O Ether, o segundo maior criptoativo, salta mais de 4%, acima de US$ 1.300 na manhã desta terça-feira.

Bitcoin: +4,12%, em US $ 19.961,30
Ethereum: +4,40%, em US $ 1.349,52
Cardano: +2,18%
Solana: +3,90%
Dogecoin: +0,81%
Terra Classic: -4,96%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +1,50%
SP500: +1,82%
NASDAQ: +2,24%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: --- p%
Brent: +0,98%
WTI: +0,78%
Soja: +0,36%
Ouro: +1,04%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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