O julgamento no STF que autoriza a cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais do ICMS avança suficientemente para animar parte dos investidores sobre o cenário fiscal para este ano, onde uma arrecadação de R$ 20 bi aos estados e R$ 70 bi aos municípios seriam um forte alento para as contas neste ano.
Apesar disso, o Banco Central não se “sensibiliza” ao tema, afinal, em meio a todos os desafios fiscais, o governo propõe aumento de despesas de caráter permanente, como dos salários de servidores e não sinaliza em nada um movimento em direção à redução de despesas.
De qualquer maneira, como observado no IPCA-15 desta semana e mesmo no IPC-M, há pressões de núcleo elevadas, disfarçadas num todo pelo efeito negativo nos preços de alimentos e commodities, beneficiando as quedas no atacado.
Serviços continuam a manter forte pressão e o Caged surpreendente de ontem mostra que a situação do consumo local, como observado na alta acima das expectativas das vendas ao varejo, ainda não responde totalmente ao aperto de juros promovido pelo Bacen.
Mantemos em agosto nossa projeção de início da reversão do ciclo no Brasil, de forma a embarcar tanto os efeitos defasados da política monetária em sua totalidade, assim como o arcabouço fiscal totalmente aprovado.
Com isso, a atenção aos dados fiscais hoje, ao desemprego medidos pela PNAD e o IBC-Br são importantes no Brasil.
No exterior, a estreia de Ueda no BoJ é marcada pela preservação da política de estímulos até agora adotada, mas um sinal de possível revisão da política monetária como um todo, de forma a buscar resultados mais efetivos.
Os mercados responderam positivamente, porém, agora pela manhã, os PIBs na Europa reverteram os ganhos iniciais nas bolsas de valores, após a Alemanha registrar crescimento abaixo das expectativas, além da expectativa com o CPI, após a divulgação de dados regionais de inflação abaixo das medições anteriores.
Na Zona do Euro, o PIB também frustrou as expectativas, com crescimento de 0,1% tt e 1,3% aa, ainda que uma série de dados macroeconômicos demonstrassem um crescimento mais robusto do bloco neste início de ano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após o PIB mais fraco na Alemanha e na expectativa por desagregado do PIB nos EUA, especialmente o PCE.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com forte alta do Nikkei, após a estreia de Ueda no BoJ prometer a revisão da política monetária.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, alta no minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com mais uma queda semanal, após a serie de dados nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,17%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9778 / -1,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,390%
Dólar / Yen : ¥ 135,96 / 1,605%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,360%
Dólar Fut. (1 m) : 4989,00 / -1,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,23 % aa (0,08%)
DI - Janeiro 25: 11,90 % aa (0,46%)
DI - Janeiro 26: 11,61 % aa (0,17%)
DI - Janeiro 27: 11,67 % aa (-0,32%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5974% / 102.923 pontos
Dow Jones: 1,5744% / 33.826 pontos
Nasdaq: 2,4286% / 12.142 pontos
Nikkei: 1,40% / 28.856 pontos
Hang Seng: 0,27% / 19.895 pontos
ASX 200: 0,22% / 7.309 pontos
ABERTURA
DAX: -0,205% / 15768,14 pontos
CAC 40: -0,564% / 7441,67 pontos
FTSE: -0,132% / 7821,24 pontos
Ibov. Fut.: 0,54% / 104525,00 pontos
S&P Fut.: -0,31% / 4140,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,351% / 13193,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,05% / 103,29 ptos
Petróleo WTI: 0,33% / $75,01
Petróleo Brent: 0,75% / $78,96
Ouro: -0,23% / $1.984,40
Minério de Ferro: 0,95% / $104,90
Soja: 0,74% / $1.437,00
Milho: -0,24% / $628,25
Café: -1,91% / $192,10
Açúcar: -0,11% / $26,96