O primeiro dia das reuniões mais importantes da semana de política monetária vem de uma sessão positiva de mercado financeiro global, impulsionada nos EUA pela perspectiva real de reabertura econômica.
Em meio a todos os temores de recrudescimento da inflação nos EUA, dados os programas de estímulos adotados e aqueles que podem ser no futuro, muitos se questionam qual será o foco dos investidores neste cenário.
Seria mais importante se observar os efeitos econômicos das reaberturas e do processo em massa de vacinação, ou continuar atento aos rumos dos Treasuries de 10 anos e as indicações que as pressões de rendimento trazem?
Acreditamos que focar neste momento em efeitos inflacionários que podem não se traduzir na realidade e de maneira permanente pode fazer com que parte dos investidores perca o ‘bonde’ da recuperação, portanto, muitos focarão nos resultados macro.
Todavia, existe uma real preocupação sobre a inflação americana ou é tudo cortina de fumaça para uma correção mais intensa de ativos?
Outro questionamento importante no atual momento, pois as autoridades econômicas americanas citam o temor de um repique de curto prazos dos preços, mas não comentam nada sobre uma desancoragem das metas de longo prazo.
Existem desafios claros no meio do caminho como um possível novo boom de commodities, resultado desta pretensa recuperação econômica, levando a consequente inflação global e um possível pacote de infraestrutura, porém nada ainda de concreto, somente especulação.
O Brasil, como no passado recente, poderia se beneficiar de tal contexto de commodities em alta, porém as distorções locais têm evitado a valorização do Real frente ao dólar, quando o exportador evita se expor em moeda local, mantendo os ganhos em moeda estrangeira no exterior.
Alia-se a isso o fluxo de saída de divisas dada a impossibilidade de carry trade, a escolha global pelos nossos pares internacionais que ‘rendem melhor’ e um fiscal que nunca dá sinais positivos ou neutros, cria-se parte da receita de uma extrema volatilidade cambial, que afeta diretamente a inflação no Brasil.
Com tais desafios começam as reuniões do BCs hoje, no exterior de como enfrentar uma realidade ainda a se confirmar e aqui, uma mais do que notória.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão de juros do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a alta no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos.
Entre as commodities metálicas, queda, exceção ao ouro e minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, devido aos temores de excesso de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,85%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6174 / 1,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,034%
Dólar / Yen : ¥ 109,19 / 0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,590%
Dólar Fut. (1 m) : 5634,28 / 1,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,27 % aa (3,24%)
DI - Janeiro 23: 6,05 % aa (1,26%)
DI - Janeiro 25: 7,40 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 27: 7,96 % aa (-0,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6047% / 114.851 pontos
Dow Jones: 0,5333% / 32.953 pontos
Nasdaq: 1,0499% / 13.460 pontos
Nikkei: 0,52% / 29.921 pontos
Hang Seng: 0,67% / 29.028 pontos
ASX 200: 0,80% / 6.827 pontos
ABERTURA
DAX: 0,583% / 14545,76 pontos
CAC 40: 0,063% / 6039,77 pontos
FTSE: 0,507% / 6783,95 pontos
Ibov. Fut.: 0,74% / 115055,00 pontos
S&P Fut.: 0,644% / 3967,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,384% / 13129,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,60% / 85,45 ptos
Petróleo WTI: -0,92% / $64,37
Petróleo Brent: -1,02% / $67,75
Ouro: 0,02% / $1.732,27
Minério de Ferro: 3,06% / ¥ $168,26
Soja: -0,23% / $1.415,50
Milho: 0,36% / $550,75
Café: -0,76% / $131,50
Açúcar: -0,06% / $16,11