Eleição majoritária indefinida, senado empatado e câmara quase dividida.
A tal Blue Wave que daria a uma eventual vitória de Biden o conforto para governar não se concretizou, Trump se autodeclarou vencedor sem um resultado definitivo a tudo que resta ao mercado é a volatilidade.
O moroso processo de contagem de votos nos EUA se utiliza muito mais do que as cédulas e a votação eletrônica, possibilitando votação antecipada, voto por correio, algumas espécies diferentes de urnas eletrônicas, voto tardio etc.
Isso faz com que o resultado definitivo possa levar até um mês, em caso de recontagem, como o que aconteceu com Al Gore e Bush Jr na Florida, com uma margem aproximada de 500 votos em 2001.
Apesar da grande incerteza, aos investidores resta exatamente entender que tipo de estímulos cada presidente deve inserir na economia, em vista a dependência que o mercado se auto impôs a tais recursos.
Ainda que ele sempre desejasse isso, como republicano, não se esperava tal movimento de Trump, o que ocorreu somente devido à pandemia que facilitou o descalabro fiscal com apoio de ambas as casas.
Todavia, é esperado tal movimento de Biden, portanto ambos os candidatos tendem a receber algum tipo de apoio do mercado financeiro, ainda que a preferência mais nítida seja pelo republicano. Portanto, é somente uma questão de tempo e de adaptação.
Neste cenário, ainda que recebam menor atenção, os indicadores econômicos da agenda de hoje são de grande importância, principalmente ao se observar uma melhora nos PMIs em diversas localidades na Europa, com resultados acima das expectativas e dos anteriores na Zona do Euro e Alemanha.
Outro resultado que chama a atenção é do mercado de trabalho nos EUA, com número ainda robusto de criação de postos de trabalho no setor privado e no Brasil, a produção industrial por ir para terreno positivo no dado anual, com mais um indicador de atividade superando as expectativas que se desenhavam no início deste ano para o Brasil.
Completam a agenda a balança comercial nos EUA e os dados de ISM e PMI.
Por fim, continuamos reféns das incertezas eleitorais.
Balanço Corporativos de Hoje:
Global: Oracle, QUALCOMM, MercadoLibre (NASDAQ:MELI), SoftBank, BMW, MetLife, Intesa Sanpaolo (MI:ISP), Endesa, Crédit Agricole, Expedia, GoDaddy, Ajinomoto, Liberty.
Local: Alpargatas (SA:ALPA4), Banco ABC Brasil (SA:ABCB4), Banco Pan (SA:BPAN4), BR Properties (SA:BRPR3), Cia Hering (SA:HGTX3), D1000, EcoRodovias, Profarma (SA:PFRM3) e Ultrapar (SA:UGPA3)
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com as eleições nos EUA em andamento.
Em Ásia-Pacífico, sem rumo com a suspensão do IPO da Ant.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com queda nos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,21%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,752 / 0,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,359%
Dólar / Yen : ¥ 104,85 / 0,469%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,904%
Dólar Fut. (1 m) : 5753,40 / 0,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,44 % aa (4,23%)
DI - Janeiro 23: 5,19 % aa (2,77%)
DI - Janeiro 25: 6,92 % aa (2,06%)
DI - Janeiro 27: 7,69 % aa (1,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,1578% / 95.980 pontos
Dow Jones: 2,0612% / 27.480 pontos
Nasdaq: 1,8523% / 11.161 pontos
Nikkei: 1,72% / 23.695 pontos
Hang Seng: -0,21% / 24.886 pontos
ASX 200: -0,07% / 6.062 pontos
ABERTURA
DAX: -0,060% / 12081,72 pontos
CAC 40: 0,285% / 4819,31 pontos
FTSE: 0,526% / 5817,19 pontos
Ibov. Fut.: 2,17% / 96083,00 pontos
S&P Fut.: -0,500% / 3344,80 pontos
Nasdaq Fut.: 2,856% / 11529,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,43% / 71,95 ptos
Petróleo WTI: 2,26% / $38,51
Petróleo Brent: 2,01% / $40,73
Ouro: -0,96% / $1.890,68
Minério de Ferro: 0,06% / ¥ $116,47
Soja: -0,26% / $1.056,25
Milho: -0,62% / $399,50
Café: -0,77% / $102,90
Açúcar: -0,27% / $14,53