O retorno do referencial das bolsas americanas parece animar os investidores, em uma semana de agenda macroeconômica global limitada e local intensa, entre inflação e atividade econômica.
O sentimento mais positivo continua alimentado no mercado pela perspectiva dos efeitos da retomada da atividade econômica em diversas localidades, apesar da brevidade dos temores indicados na semana anterior de segunda onda viral.
Ainda assim, conforme citamos, é possível que tal situação continue a ser mais algumas vezes utilizada como pretexto para uma realização de lucros do que pelo o que os investidores considerariam um cenário normal daqui em diante.
A realidade é que uma segunda onda já é eminente, porém tanto a redução de mortalidade desta, como uma maior seletividade em novas quarentenas e lockdowns ainda não altera o cenário de melhora da atividade econômico, em especial a retomada do emprego como observado no exterior.
O Deutsche Bank indicou em relatório que a recuperação da China deve ocorrer mesmo em V e que pode arrefecer na segunda metade do próximo ano somente, liderando em partes o processo global até agora observado.
No Brasil, a agenda é mais intensa do que em nível global e conta com a inflação oficial IPCA e uma série de indicadores de atividade econômica, na maior parte reforçando o cenário de retomada em diversos setores, ainda que as reaberturas estejam em estágio embrionário e a pandemia em seu inicial declínio.
A inflação já demonstra os efeitos do repasse cambial, inevitável em tal contexto de enorme volatilidade cambial, sendo observado dos itens do atacado já ao varejo, além de uma série de reajustes atingindo serviços e a contínua alta de combustíveis atingindo transportes.
O item alimentação perdeu o ritmo desinflacionário e ganhou destaque novamente nas medidas, em especial às de varejo como no IPCA.
Na atividade econômica, tanto as vendas ao varejo restrito, quanto amplas devem apresentar um forte crescimento em maio, tanto em termos reais quanto estatístico, devido à base fortemente deprimida, o mesmo deve ser observado no setor de serviços.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, no ânimo pelo retorno do referencial das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com o sentimento mais bullish dos mercados.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em altas em Londres e em Nova York, com oferta mais apertada e expectativas de dados positivos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,18%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,314 / -0,89 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,409%
Dólar / Yen : ¥ 107,56 / 0,047%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,120%
Dólar Fut. (1 m) : 5317,35 / -0,93 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,88 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 3,98 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 25: 5,55 % aa (-1,42%)
DI - Janeiro 27: 6,44 % aa (-1,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5506% / 96.765 pontos
Dow Jones: 0,3590% / 25.827 pontos
Nasdaq: 0,5219% / 10.208 pontos
Nikkei: 1,83% / 22.714 pontos
Hang Seng: 3,81% / 26.339 pontos
ASX 200: -0,71% / 6.015 pontos
ABERTURA
DAX: 1,955% / 12773,06 pontos
CAC 40: 1,895% / 5102,03 pontos
FTSE: 1,915% / 6275,19 pontos
Ibov. Fut.: 0,61% / 96868,00 pontos
S&P Fut.: 0,831% / 3128,90 pontos
Nasdaq Fut.: 1,166% / 10488,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,81% / 66,17 ptos
Petróleo WTI: 0,20% / $40,82
Petróleo Brent: 1,52% / $43,40
Ouro: 0,15% / $1.774,73
Minério de Ferro: 0,95% / $98,94
Soja: 0,87% / $900,25
Milho: 1,82% / $348,75 $348,75
Café: -0,78% / $102,25
Açúcar: -0,16% / $12,20