Diferente do primeiro debate para a presidência dos EUA, o que se observou ontem no embate entre Donald Trump e Joe Biden foi uma disputa mais civilizada, mais propositiva, mas que ao mesmo tempo, fez o papel de agradar especificamente o espectro político de cada candidato.
Ou seja, Biden levou uma pequena margem de vantagem se considerarmos o papel dos indecisos nestas eleições, porém seu discurso foi longe de angariar votos para incrementar sua vantagem em relação ao atual presidente.
Já Trump falou bem ao seu público, podendo reforçar o engajamento dos republicanos na campanha, porém nada ali foi ‘extraordinário’ o suficiente também para melhorar sua posição em relação aos indecisos.
Talvez o ponto mais significativo para o mercado em si tenha sido a declaração de Joe Biden sobre o mercado de petróleo, ao dizer que ele "faria a transição da indústria do petróleo, sim."
Trump disse ser uma declaração forte e Biden retrucou com "Essa é uma declaração forte", disse Biden. "Pois a indústria do petróleo polui significativamente."
Neste ponto, mostra uma mudança importante de posicionamento do democrata, afinal o mesmo teve papel importante no avanço do mercado de óleo de xisto durante o mandato Obama e tal mercado, além do enorme papel na redução global do preço do petróleo e na independência dos EUA da commodity, alterou o eixo global de poder em termos energéticos do Oriente Médio para as Américas.
Após o debate, os democratas explicaram dizendo se tratar dos subsídios ao setor.
Na agenda macro, o IPCA-15 traz a premissa de uma das maiores taxas mensais em 18 anos e ainda assim, uma parcela dos analistas e investidores continua a se recusar em acreditar que exista um repasse em andamento do câmbio e do atacado.
Ainda assim, pouco deve mudar na política do COPOM, o qual deve manter a taxa inalterada na próxima semana em 2% aa e falando em câmbio, tal desvalorização do Real ao menos contribui positivamente às contas externas, como poderá ser observado hoje nos dados a serem divulgados.
Destaque também aos PMIs divulgados pela manhã na Europa, aos que serão divulgados nos EUA.
Na agenda corporativa, destacam-se os resultados de American Express, Daimler, Schindler, Barclays (LON:BARC), Kia Motors e Electrolux.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por novidades do plano de alívio da COVID-19 nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, dia misto, com as perdas do mercado chinês.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York mesmo com a Rússia indicando que pode não estender o corte de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5927 / -0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,237%
Dólar / Yen : ¥ 104,66 / -0,191%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 5601,15 / -0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,01 % aa (1,52%)
DI - Janeiro 23: 4,65 % aa (1,53%)
DI - Janeiro 25: 6,45 % aa (1,26%)
DI - Janeiro 27: 7,37 % aa (1,24%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3579% / 101.918 pontos
Dow Jones: 0,5418% / 28.364 pontos
Nasdaq: 0,1856% / 11.506 pontos
Nikkei: 0,18% / 23.517 pontos
Hang Seng: 0,54% / 24.919 pontos
ASX 200: -0,11% / 6.167 pontos
ABERTURA
DAX: 1,032% / 12672,46 pontos
CAC 40: 1,363% / 4917,49 pontos
FTSE: 1,489% / 5871,80 pontos
Ibov. Fut.: 1,37% / 102044,00 pontos
S&P Fut.: 0,487% / 3449,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,011% / 11647,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,07% / 73,79 ptos
Petróleo WTI: 0,47% / $40,82
Petróleo Brent: 0,57% / $42,71
Ouro: 0,26% / $1.909,11
Minério de Ferro: -1,26% / ¥ $121,34
Soja: 0,00% / $1.073,75
Milho: 0,42% / $418,00
Café: -0,80% / $105,80
Açúcar: -0,20% / $14,75