O corte dentro do esperado, de 25 bp, conforme o Banco Central sinalizou em diversas ocasiões durante os 45 dias que se sucederam à reunião anterior do COPOM, porém, para a próxima reunião, a situação é bem diferente.
Além dos óbvios desafios de se lidar com uma taxa de juros inédita e entender os efeitos ainda represados de tal evento, o Banco Central ainda continua incapaz de se comprometer com o fim de um ciclo, mesmo sabendo que a taxa está ultraestimulativa, como ele mesmo diz, com efeitos limitados na economia real.
Daí a necessidade de citar os problemas inerentes ao cenário, com especial e frequente foco no fiscal, o qual está problemático e pode piorar substancialmente, dado o atual contexto político, mas ao mesmo tempo, deixar a porta (e a mente) literalmente aberta para qualquer decisão residual, já dita como “deve ser pequeno”.
Foi um comunicado “Dokish”, ou “Hawvish”, dependendo do viés das operações do observador, ou no mínimo, “neutro”, dando margem às duas interpretações.
O Banco Central, ao citar a decisão é “compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”, demonstra que continua fortemente atrelado ao modelo econométrico que, de certa maneira, falha em produzir os resultados esperados dada à distorção dos indicadores causada pela pandemia, em especial sobre os preços.
Ao Real, na comparação com seus pares internacionais, a distância cresce e mesmo que os cortes residuais tenham agora efeitos mais limitados na desvalorização cambial, de certa maneira também dificultam uma retomada mais consistente frente ao dólar, num momento de elevação do apetite pelo prêmio de maior risco.
Em resumo, vamos aproveitar para ajustar as contas externas, pois um dólar abaixo de R$ 5,00 no curto prazo, parece muito distante.
Toyota, Novo Nordisk, Bristol-Myers Squibb, T-Mobile, Siemens, Merck, Uber (NYSE:UBER), Adidas, Nintendo, Axa, Crédit Agricole, Motorola, Shiseido são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, BB (SA:BBAS3), ABC Brasil (SA:ABCB4), Azul (SA:AZUL4), BMG (SA:BMGB4), Burger King (SA:BKBR3), Equatorial (SA:EQTL3), Intermedica, Light (SA:LIGT3), Marisa, Tenda (SA:TEND3) e Triunfo.
Atenção ao IGP-DI e dados de desemprego no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, após recordes recentes e manutenção dos juros no Reino Unido.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com Hong Kong liderando as perdas na região.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, após maior alta em cinco meses.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,00%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2928 / 0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,152%
Dólar / Yen : ¥ 105,58 / -0,038%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,435%
Dólar Fut. (1 m) : 5303,56 / -0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,31 % aa (4,09%)
DI - Janeiro 23: 3,81 % aa (1,33%)
DI - Janeiro 25: 5,37 % aa (1,70%)
DI - Janeiro 27: 6,27 % aa (1,46%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0670% / 102.733 pontos
Dow Jones: 1,3905% / 27.202 pontos
Nasdaq: 0,5231% / 10.998 pontos
Nikkei: -0,43% / 22.418 pontos
Hang Seng: -0,69% / 24.931 pontos
ASX 200: 0,68% / 6.042 pontos
ABERTURA
DAX: -0,428% / 12606,38 pontos
CAC 40: -0,782% / 4894,74 pontos
FTSE: -1,331% / 6023,46 pontos
Ibov. Fut.: 1,51% / 102979,00 pontos
S&P Fut.: 0,488% / 3316,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,124% / 11073,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 71,27 ptos
Petróleo WTI: -0,95% / $41,76
Petróleo Brent: -0,22% / $45,05
Ouro: 0,48% / $2.047,30
Minério de Ferro: 0,62% / $116,27
Soja: -0,20% / $882,00
Milho: -0,16% / $310,50 $310,50
Café: 1,07% / $122,75
Açúcar: 0,80% / $12,63