A serie confusa de dados divulgados nos EUA ontem tiraram a possibilidade de se buscar um rumo em relação aos próximos movimentos do Fed, criando, portanto, um foco da decisão de juros do BCE e o posterior discurso de LaGarde.
Pedidos de auxílio desemprego novamente aos 192.000, considerado um forte aquecimento do mercado de trabalho, enquanto as construções de casas novas, além da melhore revisão, registrou alta de 9,8%, com 13,8% em alvarás de construção, compensados por dados ruins de serviços e negócios dos Feds da Filadelfia e de Nova York.
Com isso, a já esperada elevação de juros de 50 bp foi acompanhada de sinais claros de que o BCE está atento ao problema do setor bancário e pronto a endereçar qualquer distorção.
Ao deixar claro que os pontos de estresse no setor bancário - bem como os dados econômicos - orientarão as futuras decisões sobre taxas, LaGarde abriu o caminho para que parte da volatilidade permaneça elevada pelo restante do ano, enquanto o mercado tenta decifrar quando o aperto do BCE deva terminar.
Portanto, o sinal de um possível viés mais dovish por causa do problema do setor bancário foi praticamente descartado, ao mesmo tempo em que novos problemas terão resposta a altura de um Banco Central, como no caso do BC suíço.
O CPI final da Zona do Euro hoje aos 0,8%, com 8,5% em 12 meses e núcleo aos 5,6% demonstram que o trabalho da política monetária está longe de ser declarado terminado, portanto, manter as próximas decisões “a depender dos dados” continua a ser a melhor política.
O mercado recebeu bem a posição do BCE e deve continuar com o ritmo positivo hoje, observando uma série de dados relevantes de atividade econômica nos EUA, na semana que antecede tanto a decisão do FOMC, quanto a do COPOM.
Neste último caso, as tais “fontes palacianas” indicam que o governo começou a cair lentamente na realidade de que um plano fiscal nos moldes Dilma, podem levar a uma derrocada também nos moldes Dilma, daí a expectativa pelo plano fiscal hoje.
Para o governo, os meros sinais já deveriam ser suficientes para o Banco Central deflagrar o “início do fim” do aperto, mas todos sabemos que não é tão simples assim, pois o plano ainda depende de um congresso que o governo não tem na mão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o alívio na crise bancária.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo os avanços na proteção do sistema bancário europeu e americano.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro, prata e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com a redução das tensões da crise bancária global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de 0,00%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2321 / -1,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,330%
Dólar / Yen : ¥ 133,19 / -0,538%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,190%
Dólar Fut. (1 m) : 5252,00 / -0,99 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,04 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 25: 12,19 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 26: 12,33 % aa (0,71%)
DI - Janeiro 27: 12,59 % aa (0,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7394% / 103.435 pontos
Dow Jones: 1,1670% / 32.247 pontos
Nasdaq: 2,4771% / 11.717 pontos
Nikkei: 1,20% / 27.334 pontos
Hang Seng: 1,64% / 19.519 pontos
ASX 200: 0,42% / 6.995 pontos
ABERTURA
DAX: 0,549% / 15049,31 pontos
CAC 40: 0,267% / 7044,45 pontos
FTSE: 0,880% / 7475,07 pontos
Ibov. Fut.: 0,66% / 104248,00 pontos
S&P Fut.: 0,02% / 3961,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,081% / 12598,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 103,52 ptos
Petróleo WTI: 1,61% / $69,45
Petróleo Brent: 1,37% / $75,72
Ouro: 0,62% / $1.931,41
Minério de Ferro: 1,39% / $130,95
Soja: 0,30% / $1.496,00
Milho: 0,83% / $637,75
Café: 4,18% / $185,50
Açúcar: 0,82% / $20,83