O aspecto político brasileiro para os mercados tem sido relevante, com novos capítulos da “novela” Flávio Bolsonaro, com as recorrentes perseguições do presidente da República a vários de seus aliados, além do vídeo da reunião com Moro.
São pontos adicionais à já presente volatilidade global e complicadores no processo de recuperação dos ativos de mercado financeiro.
Todavia, além do aspecto político, a questão do COVID-19 pode pesar ainda mais nas próximas semanas no Brasil.
Isso ocorre pois, apesar da cidade e o estado de São Paulo começarem a apresentar sinais de inflexão da curva da doença, o restante do país, em especial o norte e o nordeste, continuam num movimento ascendente, sem sinais de perda de ímpeto.
Com isso, o Brasil poderá perder o movimento global já em andamento de retomada gradual das atividades econômicas em diversas localidades do hemisfério norte, o que tende a acontecer de modo ainda mais atrasado em outros países latino americanos.
Deste modo, os problemas políticos podem se somar a uma curva ainda ascendente da doença e evitar que o mercado local capture parte do rali das bolsas internacionais.
Para o mercado externo, a abertura gradual em diversas localidades se soma à entrevista de Powell ao 60 Minutes sobre a economia americana, onde garantiu que a autoridade monetária possui arsenal suficiente para continuar a lutar contra a pandemia.
Powell foi também um tanto vago sobre as perspectivas de retomada da economia americana, mas deixou claro que o pesado arsenal pode ser utilizado a qualquer momento, ou seja, semelhante ao QE, o mercado ganha certa segurança ao saber que isso está disponível, mesmo que não seja utilizado.
Na agenda econômica, destaque ao IGP-10 de maio e ao IPC-S Semanal, além do índice NABH do mercado imobiliário americano e tentativa de divulgação do CAGED.
No âmbito corporativo, destaque aos resultados de Marfrig (SA:MRFG3) e Hermes Pardini (SA:PARD3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a perspectiva de abertura econômica.
Em Ásia-Pacífico, fechamento positivo, após a entrevista de Powell animar os investidores.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas no geral, destaque à prata e à platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a expiração dos contratos de junho do WTI.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,67%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,8552 / 0,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,166%
Dólar / Yen : ¥ 107,28 / 0,215%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,041%
Dólar Fut. (1 m) : 5845,52 / -1,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,51 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,72 % aa (-2,48%)
DI - Janeiro 25: 6,71 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 27: 7,82 % aa (-0,76%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,8405% / 77.557 pontos
Dow Jones: 0,2543% / 23.685 pontos
Nasdaq: 0,7920% / 9.015 pontos
Nikkei: 0,48% / 20.134 pontos
Hang Seng: 0,58% / 23.935 pontos
ASX 200: 1,03% / 5.461 pontos
ABERTURA
DAX: 2,826% / 10760,90 pontos
CAC 40: 2,191% / 4371,33 pontos
FTSE: 2,080% / 5920,40 pontos
Ibov. Fut.: -1,76% / 77721,00 pontos
S&P Fut.: 1,461% / 2889,00 pontos
Nasdaq Fut.: 1,253% / 9213,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,78% / 62,76 ptos
Petróleo WTI: 6,32% / $31,54
Petróleo Brent: 4,25% / $34,23
Ouro: 1,05% / $1.764,32
Minério de Ferro: 0,86% / $89,50
Soja: 0,72% / $844,25
Milho: 0,47% / $320,50 $320,50
Café: -0,10% / $104,80
Açúcar: 2,22% / $10,61