A intensa volatilidade do mercado local ontem mostra que a insegurança dos investidores com questões que vão desde políticas, até econômicas, em especial fiscais, prevalecem fortemente.
Os avanços das conversas sobre uma versão ainda não completamente definida da CPMF, os impostos sob dividendos e a ausência de uma saída qualquer para a falta de arrecadação começa a soar fiscalmente perigoso no curto prazo.
Além dos tradicionais problemas inerentes à tradicional ingerência com os gastos públicos, a cada dificuldade criada pelo Congresso na discussão dos impostos, em especial de Maia, maior a tendência de que o teto dos gastos seja rediscutido em muito breve.
Eis que o problema começa a ganhar dimensões semelhantes às observadas a partir de 2012 e nem mesmo uma reforma tributária seja o suficiente para evitar os danos da ingerência fiscal.
Daí, imaginar uma forte reversão da política de afrouxamento monetário por parte do Banco Central, em resposta à série de problemas criados pelo imbróglio fiscal não é nada difícil, em especial pelo exemplo, dado por países centrais.
A conta de um fiscal desajustado em economias desenvolvidas será longeva e cobrará um peso grande das gerações futuras que, como em um momento de guerra, sofrerão o ônus das atuais políticas, como os baby boomers após 1945.
Para países emergentes, a conta chega extremamente mais rápido, com mudanças de classificações de risco por agências de rating, intensificação da fuga de capitais, forte desvalorização cambial, inflação e toda a sorte adicional de problemas no curto prazo.
A atividade econômica chama a atenção na agenda de hoje, com produção industrial no Brasil e pedidos às fábricas e de bens duráveis nos EUA.
Na Europa, somente o PPI foi divulgado para a Zona do Euro, com 0,7% em junho, -3,7% em 12 meses.
Walt Disney, Sony, Diageo (LON:DGE), BP, Bayer, Activision Blizzard, SoftBank, Intesa, Prudential (LON:PRU) são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, Alpargatas (SA:ALPA4), Banco Pan (SA:BPAN4) e Iguatemi (SA:IGTA3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com balanços mais fracos na Europa.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com a manutenção dos juros na Austrália.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de maior oferta com OPEP+ levando a maior produção.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,25%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3225 / 1,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,298%
Dólar / Yen : ¥ 105,98 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,038%
Dólar Fut. (1 m) : 5325,68 / 2,04 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,67 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 3,65 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 5,18 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 6,06 % aa (-0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0800% / 102.830 pontos
Dow Jones: 0,8933% / 26.664 pontos
Nasdaq: 1,4660% / 10.903 pontos
Nikkei: 1,70% / 22.574 pontos
Hang Seng: 2,00% / 24.947 pontos
ASX 200: 1,88% / 6.038 pontos
ABERTURA
DAX: -0,414% / 12594,60 pontos
CAC 40: 0,074% / 4879,54 pontos
FTSE: -0,151% / 6023,74 pontos
Ibov. Fut.: -0,02% / 103144,00 pontos
S&P Fut.: 0,015% / 3288,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,306% / 11008,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 69,78 ptos
Petróleo WTI: -1,49% / $40,33
Petróleo Brent: -1,43% / $43,39
Ouro: -0,03% / $1.975,84
Minério de Ferro: 4,88% / $114,21
Soja: -0,45% / $893,50
Milho: -0,87% / $314,75 $314,75
Café: -0,42% / $117,85
Açúcar: -1,02% / $12,60