A realidade da correção dos ativos na sessão de ontem, a qual pode perdurar na atual é mais simples no sentido de uma realização de lucros, como consequência das fortes altas mais recentes do que a colcha de retalhos de motivos que tentam impor para explicar o dia.
Da forte produção industrial alemã que “frustrou” as expectativas ao registrar crescimento marginal de 7,8% ao invés de 11% projetados até a contaminação de Bolsonaro foram usados para explicar o dia.
A realidade é que a melhora do humor dos investidores em nível global tem se sustentado na retomada da atividade econômica em diversas localidade no hemisfério norte e a possibilidade de uma segunda forte onda pandêmica, que consequentemente levaria a novas quarentenas e lockdowns tem elevado a cautela.
Além de citar na própria ata da última reunião do FOMC, membros do Fed tem demonstrado tal preocupação em discursos isolados, onde alguns distritos começam a sentir os efeitos de paralisações seletivas.
Isso não impede o mercado de retomar os ganhos nas bolsas de valores e mercados mais arriscados, tendência que vem se firmando nos últimos dois meses, entretanto, ainda que uma segunda onda venha com a tese de menor tempo, letalidade e velocidade, ela é uma realidade.
Outra preocupação que já citamos aqui é a inversão do ânimo dos analistas, ao projetar os indicadores de atividade econômica daqui em diante.
Previamente inseridos num contexto de enormes incertezas e sendo demandados por uma resposta, muitos analistas criaram cenários econômicos devastadores, estes agora contrariados pela realidade de dados mais fortes e uma recuperação mais intensa.
Agora, com a pretensa melhora do cenário, o problema seria a superestimação de dados e consequente frustração, em vista a um cenário que ainda carrega uma dose de incertezas muito grandes e poucas respostas.
Daí a necessidade de cautela na inserção do elemento humano nas análises com forte teor matemático.
Atenção hoje às vendas ao varejo no Brasil, as quais podem apresentar forte recuperação marginal e às inflações, em especial o IGP-DI, com impacto renovado do atacado nas medidas e crescimento no varejo, ou seja, repassa da forte instabilidade cambial recente.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com mercados atentos ao avanço da pandemia.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com bolsas chinesas em alta, após o incentivo do governo à compra de ações.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com temores sobre a atividade econômica mais fraca.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3821 / 0,50 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,053%
Dólar / Yen : ¥ 107,55 / 0,028%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,120%
Dólar Fut. (1 m) : 5373,90 / 0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,95 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,06 % aa (1,75%)
DI - Janeiro 25: 5,63 % aa (1,99%)
DI - Janeiro 27: 6,51 % aa (2,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1888% / 97.761 pontos
Dow Jones: -1,5097% / 25.890 pontos
Nasdaq: -0,8603% / 10.344 pontos
Nikkei: -0,78% / 22.439 pontos
Hang Seng: 0,59% / 26.129 pontos
ASX 200: -1,54% / 5.920 pontos
ABERTURA
DAX: -0,756% / 12521,38 pontos
CAC 40: -1,020% / 4992,27 pontos
FTSE: -0,365% / 6167,27 pontos
Ibov. Fut.: -1,31% / 97848,00 pontos
S&P Fut.: 0,316% / 3146,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,062% / 10541,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 66,48 ptos
Petróleo WTI: -0,39% / $40,49
Petróleo Brent: -0,28% / $42,97
Ouro: 0,38% / $1.801,62
Minério de Ferro: 1,48% / $103,04
Soja: -0,45% / $891,25
Milho: -0,87% / $342,00 $342,00
Café: 2,11% / $99,25
Açúcar: -0,16% / $12,15