As decisões de investimento continuam conforme citamos em semanas anteriores, baseadas em fatores mais frívolos do que técnicos, em grande parte devido à forte e crescente liquidez internacional, impulsionada por bancos centrais.
Desde a semana passada, existem sinais nítidos de que diversas localidades observaram um aumento nos casos de COVID-19, com a reabertura de diversas economias no hemisfério norte, impulsionadas pela chegada do verão no dia 20 último.
Ainda assim, até ontem tais eventos não pareciam ser de enorme relevância, portanto, os mercados continuavam o ritmo de ganhos intensos, permeados por breves intervalos de correção.
Eis que hoje parece ser um destes intervalos, agora que o aumento de casos se torna “novamente relevante”. O que existe de realidade dos fatos ainda é o mesmo: continuamos sem vacina ou remédio eficiente; todavia, as economias continuam a performar acima do esperado, em especial na Europa, como nos dados da Alemanha hoje; a liquidez nunca foi tão abundante; e os BCs ainda não sabem exatamente o que fazer no “pós” pandemia.
Neste contexto bastante desafiador, existe o componente político local e internacional, onde a pandemia cobra de todos líderes e governantes um pesado preço, os tornando alvo de intenso escrutínio popular e em especial da imprensa de maneira quase diária.
Trump tenta se recompor dos recentes tombos em seus ralis e dos protestos nos EUA, enquanto tenta entregar o mais importante neste momento, resultados econômicos, o que pode reduzir a retórica bélica comercial com a China, na tentativa de implantar a fase1 do acordo.
Localmente, Bolsonaro continua sob ataque pesado e diário dos meios de comunicação com a prisão do assessor de seu filho e o avanço também diário da pandemia, com força no norte do país.
Resta aos investidores, além da busca por ativos com maior prêmio de risco, o que os faz “ignorar” parte dos fatores citados acima, observar os indicadores econômicos com possível melhora em resposta à abertura de diversas localidades.
No Brasil, o foco é a votação do marco do saneamento, evento de suma importância e potencialmente positivo ao Brasil e dados de conta corrente, com expectativa de melhora no IED.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o aumento de casos como pano de fundo de uma realização de lucros.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, seguindo o rali nas bolsas ocidentais.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries positivos até os 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e platina.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com temores de aumento dos estoques internacionais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,38%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1545 / -1,95 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,097%
Dólar / Yen : ¥ 106,53 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,096%
Dólar Fut. (1 m) : 5144,43 / -2,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,01 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,11 % aa (-1,67%)
DI - Janeiro 25: 5,81 % aa (-1,69%)
DI - Janeiro 27: 6,80 % aa (-1,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6705% / 95.975 pontos
Dow Jones: 0,5039% / 26.156 pontos
Nasdaq: 0,7447% / 10.131 pontos
Nikkei: -0,07% / 22.534 pontos
Hang Seng: -0,50% / 24.782 pontos
ASX 200: 0,19% / 5.966 pontos
ABERTURA
DAX: -2,277% / 12238,57 pontos
CAC 40: -1,981% / 4918,27 pontos
FTSE: -2,398% / 6168,58 pontos
Ibov. Fut.: 0,64% / 96092,00 pontos
S&P Fut.: -0,391% / 3106,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,593% / 10136,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 64,59 ptos
Petróleo WTI: -1,51% / $39,77
Petróleo Brent: -0,94% / $42,23
Ouro: 0,56% / $1.778,35
Minério de Ferro: -0,08% / $102,85
Soja: 0,00% / $875,00
Milho: 0,46% / $326,50 $326,50
Café: 0,00% / $96,25
Açúcar: -0,59% / $11,72