O estado da inquietação social nos EUA tem crescido dia a dia, com a piora dos ataques e saques em diversas cidades americanas, com o presidente Donald Trump anunciando intervenção com forças militares e Nova York prestes a declarar toque de recolher.
Mesmo com todos estes problemas, os investidores focam a atenção aos ciclos de reabertura e retomada da atividade econômica em diversas localidades e os possíveis efeitos no curto prazo, principalmente no verão do hemisfério norte.
A Europa tem aberturas mais extensas, com a declaração inclusive de “fim” da pandemia na Itália e a Espanha declarando um dia sem mortes, apesar da estranha forte redução de óbitos registrada recentemente, com queda no acumulado.
Ainda assim, unidos aos sinais também emitidos na Ásia é onde se deposita a esperança dos investidores por um impacto relativamente mais limitado das paralisações e assim, uma possível retomada, quem sabe em V, da economia dos países centrais.
A América Latina é agora o epicentro geográfico natural da doença e devido ao seu avanço em progressão geométrica, os indicadores ainda parecem longe de demonstrar pico, em especial nos estados do N e NE e Rio de Janeiro.
Neste momento, surgem as inevitáveis comparações com o exterior e no típico autoflagelo local, instala-se uma sensação muito pior do que a realidade estatística demonstra.
O Brasil continua a ter um terço dos casos americanos e óbitos e como os EUA estão em franco declínio da doença, é natural que a taxa diária local se torne maior.
Todavia, tanto em diversos relatórios, quanto em conversas diretas com estrangeiros, a sensação de que o Brasil está atraindo os olhares dos investidores novamente, o que pode somente se rechaçado por uma significativa piora institucional sem solução factível de curto prazo.
Eis que novamente a política exerce poder sob o mercado e tanto aqui, quanto nos EUA, deve ser o foco nas próximas semanas, devido ao imbróglio político local e à série de protestos que podem enfraquecer Trump, aumentando ainda mais a vantagem de Biden.
Neste caso, Trump tende a retomar a retórica de ataques à China como estratégia de campanha e neste cenário, volatilidade à vista.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, retomando a melhora do humor pelas reaberturas econômicas.
Em Ásia-Pacífico, altas, porém ainda atentos aos possíveis desenvolvimentos da questão EUA-China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York, na expectativa pela reunião da OPEP+ e anúncios de novos cortes de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,23%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3649 / 0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,440%
Dólar / Yen : ¥ 107,76 / 0,139%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,632%
Dólar Fut. (1 m) : 5405,09 / 0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,14 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,23 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 25: 5,94 % aa (-0,34%)
DI - Janeiro 27: 6,91 % aa (0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3930% / 88.620 pontos
Dow Jones: 0,3621% / 25.475 pontos
Nasdaq: 0,6552% / 9.552 pontos
Nikkei: 1,19% / 22.326 pontos
Hang Seng: 1,11% / 23.996 pontos
ASX 200: 0,27% / 5.835 pontos
ABERTURA
DAX: 3,902% / 12038,92 pontos
CAC 40: 2,097% / 4862,64 pontos
FTSE: 1,060% / 6231,76 pontos
Ibov. Fut.: 1,80% / 88776,00 pontos
S&P Fut.: 0,406% / 3066,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,701% / 9656,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,54% / 63,85 ptos
Petróleo WTI: 2,91% / $36,40
Petróleo Brent: 2,69% / $39,34
Ouro: -0,03% / $1.737,72
Minério de Ferro: -0,34% / $99,16
Soja: 0,39% / $844,50
Milho: 0,15% / $323,25 $323,25
Café: 0,51% / $98,80
Açúcar: 0,64% / $11,05