Um mês volátil, positivo para as bolsas de valores em termos históricos e girando em torno dos avanços em termos de novas drogas contra o vírus, retrocesso de casos no Hemisfério Norte, com possível reabertura parcial em diversas localidades e, localmente, por uma pesada guerra política, com a demissão do ministro Moro.
Eis que tudo é literalmente passado, pois o mês inicia com o presidente Trump reeditando a guerra comercial, aumentando seu potencial devido aos efeitos globais do Covid-19.
Uma hipótese recorrente é que a China evitou ao máximo a divulgação dos perigos e principalmente, velocidade de avanço da doença, de modo a não atrapalhar a trégua comercial que estaria prestes a ser assinada com os EUA em fevereiro.
Ao seu usual estilo, o presidente Trump disse ontem que acreditava que um "erro" na China foi a causa da propagação da pandemia, embora ele não tenha apresentado nenhuma evidência para a alegação, como usual. Ou seja, Trump verbaliza o que muitas pessoas pensam em foro íntimo.
Enquanto isso, o número de infecções continua a aumentar, com o número de casos globais agora superando 3,5 milhões e mais de 247.000 mortes em todo o mundo, com casos e fatalidades declinando na Europa e EUA, enquanto América Latina e África veem um número crescente de casos.
Localmente, a tensão política também cresce, com o presidente Bolsonaro ainda inconformado com o fator Moro e a impossibilidade de nomear Ramagem para a PF, porém operando os bastidores com o Centrão de forma a garantir a governabilidade e avanços no Congresso, além de tentar afastar a tese de impeachment.
No âmbito econômico, a semana de COPOM tem um BC mais pautado pela possível cautela ao cortar 50 bp nesta quarta-feira, lutando contra um mercado que demanda movimentos mais profundos, principalmente com o aumento do desemprego e possível deflação do IPCA nesta sexta-feira, onde projetamos -0,25%, além de queda expressiva na produção industrial.
Tal desconforto com o corte pode se “denunciar” com uma pausa proposta pelo COPOM, condicionando o próximo corte ao cenário.
Atenção aos resultados de Cirrus Logic, Ferrari, Endesa, Tyson Foods, e localmente, BB Seguridade (SA:BBSE3), Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Klabin (SA:KLBN11), Marcopolo (SA:POMO4) e Porto Seguro (SA:PSSA3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com balanços e a reedição da guerra comercial.
Em Ásia-Pacífico, fechamento negativo, com o aumento das tensões entre EUA-China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas em ouro, prata e minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com a perspectiva de piora na guerra comercial entre EUA e China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4858 / 2,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,392%
Dólar / Yen : ¥ 106,79 / -0,159%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,560%
Dólar Fut. (1 m) : 5457,21 / 1,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,60 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,79 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 6,48 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 27: 7,40 % aa (0,54%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,2041% / 80.506 pontos
Dow Jones: -2,5550% / 23.724 pontos
Nasdaq: -3,2015% / 8.605 pontos
Nikkei: -2,84% / 19.619 pontos
Hang Seng: -4,18% / 23.614 pontos
ASX 200: 1,41% / 5.320 pontos
ABERTURA
DAX: -3,341% / 10498,78 pontos
CAC 40: -3,947% / 4391,74 pontos
FTSE: -0,147% / 5754,57 pontos
Ibov. Fut.: -3,54% / 80525,00 pontos
S&P Fut.: -1,223% / 2797,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,866% / 8652,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,53% / 60,39 ptos
Petróleo WTI: -7,28% / $18,21
Petróleo Brent: -2,57% / $25,76
Ouro: 0,26% / $1.709,28
Minério de Ferro: 0,16% / $82,50
Soja: -1,12% / $835,50
Milho: -1,61% / $306,50 $306,50
Café: -0,19% / $104,45
Açúcar: -1,91% / $10,77