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Maio Foi Marcado pelo Otimismo nos Mercados, Mas Ações Precisam de Novos Suportes

Publicado 01.06.2021, 14:32
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Quando foram abertas as negociações no início de maio, Wall Street parecia esbanjar otimismo.

A tão aguardada recuperação econômica avançava bem. O mercado de trabalho demonstrava sinais de melhora. A construção de residências estava disparando, e a pandemia de Covid-19 já dava indicações de arrefecimento.

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Mas os mercados de maneira geral registraram resultados modestos no mês passado, diante do posicionamento receoso dos investidores por conta de eventos além do seu controle.

Entre esses receios estava o temor de uma alta da inflação; e a escassez de profissionais no mercado americano também começava a gerar problemas. Ao longo de maio, as ações enfrentaram dificuldades depois de atingir novas máximas, com sinais cada vez maiores de que estavam sobrecompradas.

Série Especial – Inflação nos EUA: a Batalha entre Fed e Mercado

Sem falar em alguns distúrbios geopolíticos: um ataque de ransomware a um dos mais importantes oleodutos americanos fez as pessoas correrem para os postos e estocarem gasolina; o recrudescimento da animosidade no Oriente Médio ocasionou uma curta, mas violenta, guerra, aumentando as tensões com a Rússia e China, além de gerar estresses políticos de toda sorte.

Ao final de maio, as preocupações com a inflação nos EUA pareciam estar se dissipando. Mas nada além disso mudou significativamente.

Agora que entramos no mês de junho, o mercado acionário parece estar em modo de espera.

Análise dos números

Ao longo de maio, o S&P 500 teve leve valorização de 0,55%. Apesar de ser o quarto mês seguido de ganhos após a correção de janeiro, o índice subiu 5,24% em abril, após uma alta de 4,2% em março. Por isso, os resultados de maneira geral foram anêmicos, para dizer o mínimo.

O desempenho de outros grandes índices americanos foi misto. O Dow Jones Industrial subiu 1.93% em maio, mas o Nasdaq Composto, repleto de ações de tecnologia, derrapou 1,53%.Nasdaq Semanal

O Nasdaq 100 caiu 1,26% e não registrou novo fechamento recorde desde que tocou 14.041,91 em 16 de abril.

Fora dos Estados Unidos, os resultados foram similares. O índice Standard & Poor's Global Broad Market, que rastreia ações de cerca de 50 mercados, subiu apenas 1,29%.

Juros continuam baixos

Os juros e yields caíram após fecharem em alta o mês de março e a segunda metade de abril.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro americano encerrou a 1,581%, uma queda em relação a 1,626% em 30 de abril. O yield havia subido no primeiro trimestre, registrando pico de 1,74% em 31 de maço diante das preocupações com a inflação.

O rendimento de 10 anos não fecha acima de 2% desde agosto de 2019, e estava a 2,467% quando Donald Trump se tornou presidente.

Preços de energia continuam em alta

Os preços do petróleo, enquanto isso, subiram, com o barril de West Texas Intermediate fechando a US$66,32, alta de 4.3% no mês e 36,7% no ano.

A cotação do WTI encontra-se no mesmo nível de meados de 2019, antes de a Arábia Saudita e a Rússia desencadearem uma guerra de preços.

Essa valorização fez bem às ações de energia (principalmente de serviços petrolíferos), na medida em que operadores de óleo e gás voltaram a atuar.

Chesapeake Energy Semanal

A produtora de gás Chesapeake Energy (NASDAQ:CHK) encerrou o mês em alta de 15,87%. A Schlumberger (NYSE:SLB) (SA:SLBG34) subiu 15,8%. Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) valorizou-se apenas 1,97%.

A contagem semanal de sondas feita pela Baker Hughes foi de 455 na sexta-feira, uma alta de 87% em relação ao fundo de agosto de 2020, subindo 19 das últimas 21 semanas. A contagem de sondas está cerca de 58% abaixo do registrado ao final de 2018 e 78% abaixo do pico de 2008.

Mudança para ações de valor diante do otimismo com vacinas

O que deveria ter impulsionado as ações em maio foi a boa notícia sobre o progresso constante na imunização de americanos contra a Covid-19. O aumento de inoculações diminuiu o número de casos e mortes.

Ou seja, a economia americana poderia se reabrir mais rapidamente.

No feriado de Memorial Day, estradas, aeroportos, restaurantes e cinemas registram maior movimentação e disposição dos consumidores de gastar além do básico.

Beneficiários no mercado acionário: empresas envolvidas na aceleração da recuperação. Entre elas se destacam fabricantes de aço, montadoras de automóveis, mineradoras, fornecedoras de energia e instituições financeiras tradicionais

No S&P 500, foram registrados ganhos em ações como a empresa de segurança cibernética NortonLifeLock (NASDAQ:NLOK) (SA:S1YM34), +28%; Ford Motor (NYSE:F) (SA:FDMO34), +25,9; a fabricante de aço Nucor (NYSE:NUE) (SA:N1UE34), +24,7%; a empresa de embalagens Sealed Air (NYSE:SEE) (SA:S1EA34), +15,1%.

Quem acabou perdendo foram ações que voaram alto no ano passado, como o site de artesanato Etsy (NASDAQ:ETSY), -17%, Dollar Tree (NASDAQ:DLTR), -15,1%; e a varejista de carros usados CarMax (NYSE:KMX) (SA:K1MX34), -13,6%.

Tesla Semanal

Talvez o declínio mais notável tenha ocorrido na Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), com queda de 11,9% no mês, afastando-se 31% do pico de US$900 de 25 de janeiro. A desvalorização dos papéis da empresa também pesou nos resultados do S&P 500, Nasdaq e Nasdaq 100, índices nos quais a fabricante de veículos elétricos está listada.

Os papéis com melhor desempenho no Dow Industrial são: a fabricante de produtos químicos Dow (NYSE:DOW), +9.47%; os gigantes bancários JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), +6,78%, e Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), +6.76%; a fabricante de equipamentos de construção e mineração Caterpillar (NYSE:CAT) (SA:CATP34), +5,69%, e a gigante da aviação Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34), +5,42%.

Os perdedores foram Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), -5,2%, Walt Disney (NYSE:DIS) (SA:DISB34), -3.96%; Visa (NYSE:V) (SA:VISA34), -2,68%, Verizon Communications (NYSE:VZ) (SA:VERZ34), -2,25% e Home Depot (NYSE:HD) (SA:HOME34), -1,47%.

Apple e Home Depot ficaram entre os destaques do Dow em abril.

O problema da madeira e da inflação

A combinação do otimismo da recuperação com o estresse da pandemia gerou alguns efeitos colaterais. O mais visível talvez tenha sido a rápida aceleração dos preços da madeira, que triplicou no ano passado.

Vários analistas culparam a forte demanda residencial por esse salto de preços. Os preços do setor em grandes áreas metropolitanas subiram 13,25% em março em relação ao ano anterior, segundo o índice de preços nacionais S&P CoreLogic Case-Shiller.

O cenário de demanda é bastante simples, afirmou Shawn Kelly, editor de Random Lengths, empresa que rastreia os preços da madeira e produtos relacionados.

Sim, as pessoas estão saindo mais, declarou ele em entrevista, mas a demanda por madeira para uso em reformas residenciais e projetos de renovação também é muito grande. Além disso, a política de juros baixos do Federal Reserve aumenta a pressão sobre o setor de construção civil.

Mas é possível que o mercado de madeira nos EUA tenha atingido o pico.

Madeira serrada semanal

O mercado futuro da madeira registra queda de 21%, saindo de US$1.670,50 por 1000 pés-tábuas para US$1.303,50.

Kelly afirmou que o índice da Random Lengths caiu de US$1514 para US$1494, o primeiro declínio em 18 semanas.

Mais um ponto para terminar: diversas empresas americanas acreditam que as tarifas impostas sobre a China e países europeus pelo governo Trump estão aumentando as pressões de preço e devem ser removidas.

Surpresas de maio

Apresentamos alguns fatores que mantiveram em xeque as ações de maneira geral em maio.

Tesla. Os infortúnios da Tesla se devem a pressões financeiras e de mercado. Primeiro, as ações atingiram US$900,40 em 25 de janeiro, e muitos investidores decidiram realizar lucro. Muitos investidores ainda estão ganhando bastante no papel, já que as ações encerraram o mês de maio em alta de 647% em relação ao fim de 2019.

O segundo problema da fabricante de veículos elétricos de Palo Alto, Califórnia, tem mais a ver com questões operacionais. Os resultados do 1º tri não foram tão robustos quanto se pensava inicialmente. US$101 milhões do seu lucro líquido vieram da venda de algumas posições da empresa em bitcoins. A receita também foi impulsionada pelas vendas de créditos regulatórios para que outros fabricantes atendessem às normas de emissões, totalizando US$ 518 milhões, o que se reflete no resultado final. Outro fator que pesou sobre as ações foi um acidente fatal envolvendo um motorista que usava a função de piloto automático de um dos seus veículos, além de atrasos na abertura da nova fábrica em Berlim.

ARK Innovation ETF (NYSE:ARKK). Os resultados da Tesla pressionaram o desempenho do fundo ARK Innovation, gerido pela aclamada Cathie Wood, da ARK Investment Management. O ETF registrava alta de quase 149% em 2020, graças a empresas que a gestora classificava como “líderes, capacitadoras e beneficiárias da inovação disruptiva".

A Tesla, entretanto, representava – e ainda representa – mais de 10,1% do patrimônio do fundo. Portanto, a TSLA foi responsável por puxar para baixo o ARKK em maio. O preço do ETF caiu 6,67%, juntamente com seu retorno total, que registrou queda de 10%. Desde o pico de fevereiro, o ETF se desvalorizou 28,4%.

Criptomoedas. O bitcoin e todas as moedas digitais podem estar abusando da boa vontade do mercado. Um problema é o enorme poder computacional necessário para minerar um bitcoin e diversos dos seus pares. De acordo com a Digiconomist, todas as operações de mineração de bitcoin consumiram mais energia em um ano do que toda a população da Holanda.

Sem falar na sua grande volatilidade. O bitcoin subia 24,7% no ano até sexta-feira, mas registrava queda de 44,3% em relação ao seu pico de US$64,788 em 14 de abril.

Exxon e acionistas-ativistas. Os investidores da Exxon Mobil e grandes corporações ficaram boquiabertos quando acionistas-ativistas que defendem a inclusão da mudança climática no plano de negócios da empresa ganharam dois assentos em seu conselho de administração.

A Exxon sempre defendeu que a demanda mundial de petróleo crescerá em linha com a população da Terra. Mas o pequeno investidor-ativista Engine No. 1 propagou, em uma campanha de US$65 milhões, que o auge dos combustíveis fósseis terminou, na medida em que crescem as preocupações públicas com as emissões de carbono e o aquecimento global.

A Exxon não foi a única a ser pega de surpresa. Os acionistas da Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) votaram por uma proposta para reduzir emissões. A Royal Dutch Shell (NYSE:RDSa) (SA:RDSA34) foi condenada por uma corte holandesa a reduzir suas emissões de forma muito mais rápida e acentuada do que a empresa planejava. A companhia está recorrendo da sentença.

Nenhuma das ações de energia, no entanto, viu-se muito afetada. Evidentemente, já haviam sido impactadas profundamente pela drástica redução de demanda ocasionada pela Covid-19.

O que virá pela frente?

As condições que geraram o otimismo de maio podem não se dissipar e dar suporte aos mercados em junho. A pandemia parece estar perdendo força. Os investidores estão apostando em mais estímulos por parte do governo Biden.

Isso deve abrir espaço para muitos gastos reprimidos em diversos setores, como um jantar fora ou uma viagem a Paris.

O mais importante é que o Federal Reserve defende que as recentes pressões inflacionárias são passageiras e não exigirão qualquer iniciativa de juros até o ano que vem. Mas essa política pode mudar se, digamos, o relatório de empregos de sexta-feira vier mais forte do que os números surpreendentemente fracos de abril.

Os maiores riscos podem ser políticos. Primeiro, a política americana estão ficando cada vez mais tensa, haja vista que vários republicanos continuam dizendo que a eleição de 2020 foi roubada de Donald Trump.

A geopolítica também deve estar no centro das atenções. Israel e seus vizinhos na faixa de Gaza acabaram de realizar um violento embate. O Ocidente ficou indignado quando o governo da Bielorrússia forçou um voo comercial a aterrissar para prender um jornalista dissidente.

As tensões entre os Estados Unidos, Rússia e China estão aumentando, embora Joe Biden tenha uma reunião marcada com Vladimir Putin em junho. As relações com a China podem piorar, pois o governo Biden exige maior clareza em relação às origens do vírus da Covid-19.

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