Abril foi um mês marcado por um sinal de suma importância para a economia brasileira e de uma série de sinais relevantes para a economia e a liquidez mundial.
Ainda que marcado pela volatilidade das expectativas com a aprovação do orçamento de 2021, com a forte influência da política nos ativos também com a instalação da CPI da COVID-19, o mês registrou um movimento atipicamente positivo para toda a sorte de ativos de mercado.
Observou-se um achatamento das curvas de juros, em especial com fechamento nos vértices mais longos, em partes impulsionado por um Real que se valorizou quase 5% no mês, se não fosse literalmente a última sessão de abril e um mercado de renda variável que ganhou ímpeto até a última semana do mês.
Este cenário foi acompanhado de um intenso vai e vem nas propostas de orçamento para o ano, o qual foi aprovado com uma série perigosa de gatilhos, que poderiam levar ao impedimento do presidente e um claro desespero por recursos por parte dos parlamentares em ano pré-eleitoral.
A discussão dos vetos foi longa e complexa, levando inclusive a baixas no ministério da economia de pessoas ligadas ao fiscalismo e à uma visão para madura dos gastos públicos.
Ainda assim, o orçamento foi aprovado e gerou alivio nos mercados.
Nos EUA, a discussão tem torno do pacote de infraestrutura ainda leva um tempo para se chegar à alguma conclusão, dada a sinalização de aumentos consideráveis de impostos pelo executivo, todavia, o Fed deixou bem claro, sem nenhuma menção aos pacotes, que a liquidez está garantida por um bom tempo.
E por falar em política monetária, podemos atribuir parte da pretensa estabilidade dos ativos, especialmente o Real em abril à elevação recente de juros por parte do COPOM e o sinal de que o processo deve continuar esta semana com mais uma alta.
A menor volatilidade cambial já garantiu menores pressões inflacionárias e pode moldar os rumos da Selic daqui em diante.
Na agenda macroeconômica, balança comercial, IPC-Fipe e PMI de manufaturas no Brasil, PMI e ISMs nos EUA e vendas ao varejo na Alemanha.
Na agenda corporativa, Pague Menos (SA:PGMN3), Alpargatas (SA:ALPA4), Porto Seguro (SA:PSSA3), BB Seguridade (SA:BBSE3), ItauUnibanco e Petro Rio.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com atenção às consequências positivas das reaberturas econômicas globais.
Em Ásia-Pacífico, mercados caem, com investidores cautelosos com a Índia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e platina.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com os temores do avanço da COVID-19 na Índia.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de 0,00%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4381 / 1,85 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,275%
Dólar / Yen : ¥ 109,46 / 0,146%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,246%
Dólar Fut. (1 m) : 5434,25 / 1,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,53 % aa (0,55%)
DI - Janeiro 23: 6,28 % aa (1,70%)
DI - Janeiro 25: 7,76 % aa (1,04%)
DI - Janeiro 27: 8,41 % aa (0,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,9761% / 118.894 pontos
Dow Jones: -0,5447% / 33.875 pontos
Nasdaq: -0,8512% / 13.963 pontos
Nikkei: -0,83% / 28.813 pontos
Hang Seng: -1,28% / 28.358 pontos
ASX 200: 0,04% / 7.029 pontos
ABERTURA
DAX: 0,536% / 15217,10 pontos
CAC 40: 0,332% / 6290,27 pontos
FTSE: 0,120% / 6969,81 pontos
Ibov. Fut.: -0,82% / 119317,00 pontos
S&P Fut.: 0,261% / 4185,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,190% / 13888,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,55% / 90,86 ptos
Petróleo WTI: -0,22% / $63,55
Petróleo Brent: -0,49% / $66,43
Ouro: 0,62% / $1.780,11
Minério de Ferro: -1,95% / ¥ $184,14
Soja: 1,30% / $1.591,50
Milho: 1,86% / $753,75
Café: -1,03% / $139,95
Açúcar: 0,30% / $16,98