Era para após o fim das eleições a promessa de retomada da agenda de reformas e todo o suporte necessário para a criação de um programa de renda mínima sem necessariamente romper o teto dos gastos.
O problema é que não disseram necessariamente qual eleição, afinal as atenções se voltam agora à possibilidade ou não de recondução de Maia à presidência da Câmara no STF e como isso influenciará as articulações políticas no Congresso a partir de agora.
As eleições em si foram importantes para Maia na consolidação do DEM como força política nacional e uma das principais forças beneficiadas pela guinada “ao centro” que o pleito demonstrou.
Para o presidente Bolsonaro e o PT, o cenário foi nebuloso e apagou em grande parte a luz dos protagonistas do embate nacional há dois anos. Com isso, o levante traz o Centrão como vencedor e a consolidação de uma neo-esquerda que substitui o PT no jogo nacional.
Não que esta parcela tenha saído de alguma maneira fortalecida no pleito, afinal ao se observar o resultado final das eleições, pouca mudança percentual ocorreu ao se comparar com as decisões mais recentes, portanto não foi necessariamente um ganho quantitativo, mas de reposicionamento de forças.
Ainda que perdedores na maior parte das localizações, as novas forças de esquerdas se realinharam dentro de seu próprio espectro político, ao reduzir ou terminar a hegemonia do PT sobre o discurso da esquerda.
Eis o novo contexto político, trazendo a eleição municipal para uma importância que até este momento não lhe era conferida, em meio à enorme dispersão dos candidatos e baixo interesse da população, expressada na enorme abstenção em todas as cidades.
Semana de agenda pesada para o Brasil e exterior, com foco no mercado de trabalho nos EUA, uma série de inflações na Europa e toda uma gama de ISMs e PMIs sendo divulgada.
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No Brasil, o foco fica para a atividade econômica, em especial o salto estatístico do PIB, impulsionado tanto pela melhora dos índices de atividade econômica, como pela base deprimida trimestral e dados fiscais, balança comercial, produção industrial e inflações.
Hoje, além da agenda, chama a atenção hoje o fechamento do mês, onde o fluxo de estrangeiros chamou a atenção pelo forte impacto na bolsa, mas limitado no câmbio, o qual, assim como os juros, preserva um prêmio de risco elevado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, numa pausa após um forte mês para os mercados.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, apesar dos dados positivos na China e no Japão.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto cobre e minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com o aumento dos estoques globais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3369 / 0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,159%
Dólar / Yen : ¥ 104,00 / -0,077%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,068%
Dólar Fut. (1 m) : 5330,42 / 0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,18 % aa (-3,02%)
DI - Janeiro 23: 4,93 % aa (-1,60%)
DI - Janeiro 25: 6,70 % aa (-1,76%)
DI - Janeiro 27: 7,49 % aa (-1,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3161% / 110.576 pontos
Dow Jones: 0,1269% / 29.910 pontos
Nasdaq: 0,9215% / 12.206 pontos
Nikkei: -0,79% / 26.434 pontos
Hang Seng: -2,06% / 26.341 pontos
ASX 200: -1,26% / 6.518 pontos
ABERTURA
DAX: 0,343% / 13380,97 pontos
CAC 40: -0,125% / 5591,20 pontos
FTSE: 0,219% / 6381,51 pontos
Ibov. Fut.: 0,21% / 110547,00 pontos
S&P Fut.: 0,269% / 3646,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,016% / 12246,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 74,73 ptos
Petróleo WTI: -1,78% / $44,75
Petróleo Brent: -2,05% / $47,26
Ouro: -0,74% / $1.774,79
Minério de Ferro: 0,50% / ¥ $124,25
Soja: -0,42% / $1.186,50
Milho: 0,24% / $426,50
Café: -0,25% / $121,40
Açúcar: 0,27% / $14,86