Maio foi o usual mês de volatilidade nos mercados, passando de um bear market bastante intenso e correção dos ativos, especialmente em economias centrais, se voltando à um rali com foco em emergentes.
O assunto inflação continuou a pontuar os negócios, assim como a percepção dos bancos centrais quanto ao futuro dos juros em meio ao desafio de solucionar problemas que não podem efetivamente serem solucionados de maneira simples.
Yellen, secretária do Tesouro americano afirmou que errou as expectativas quanto à inflação no país, especialmente as cadeias de fornecimentos, energia e alimentos e que tais fatores tiveram desdobramentos acima do esperado.
Em resumo, a maioria dos analistas no mundo observou tal cenário com extrema cautela e evitou colocar qualquer projeção de melhora, sem que antes os eventos se descortinassem de maneira mais precisa, o que não foi acompanhado por bancos centrais de economias desenvolvidas, observando tudo como ‘passageiro’.
Isso obviamente suscita a pergunta de como estes formuladores de políticas monetárias reagirão a tais erros e se enfim, utilizarão outros parâmetros para definir o futuro de tais políticas, além daqueles imponderáveis como os que assolam o mundo atualmente.
A atividade econômica volta ao foco dos banqueiros centrais e nos EUA, a leitura hoje do Livro Bege ganha novas dimensões, além dos PMIs, ISMs e gastos com construção, onde agora a atenção se volta à possível inflação de demanda, com a possível passagem dos choques de oferta.
A abertura em Shanghai promete efeitos desinflacionários de curto prazo importantes, enquanto retomam a atividade fabril fortemente afetada pelos lockdowns, como pode ser visto no PMI Caixin de manufaturas hoje aos 48,1 pontos, ante projeções de 49 e anterior 46.
Tudo depende de que tais aberturas não sofram reveses e retornem à estaca zero, como já aconteceu recentemente, por isso, apesar da boa notícia, é prudente esperar o sinal de retomada da atividade econômica na China para então comemorar.
Atenção hoje também à balança comercial no Brasil e dados de construção nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por discursos de membros do Fed e o Livro Bege nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após dados da economia chinesa abaixo das expectativas e apesar da reação positiva à abertura em Shanghai.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com queda em ouro, prata e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York com a proibição do petróleo russo da UE, fim do bloqueio de Shanghai.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,50%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7349 / -0,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,112%
Dólar / Yen : ¥ 129,33 / 0,505%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 4794,92 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,38 % aa (0,38%)
DI - Janeiro 24: 12,89 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 26: 12,14 % aa (-0,86%)
DI - Janeiro 27: 12,12 % aa (-0,90%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2868% / 111.351 pontos
Dow Jones: -0,6709% / 32.990 pontos
Nasdaq: -0,4100% / 12.081 pontos
Nikkei: 0,65% / 27.458 pontos
Hang Seng: -0,56% / 21.295 pontos
ASX 200: 0,32% / 7.234 pontos
ABERTURA
DAX: 0,222% / 14420,23 pontos
CAC 40: -0,009% / 6468,21 pontos
FTSE: -0,125% / 7598,12 pontos
Ibov. Fut.: 0,01% / 111553,00 pontos
S&P Fut.: 0,03% / 4132,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,213% / 12621,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 131,90 ptos
Petróleo WTI: 1,43% / $116,31
Petróleo Brent: 1,87% / $117,76
Ouro: -0,42% / $1.829,64
Minério de Ferro: 0,32% / $133,55
Soja: 0,27% / $1.687,75
Milho: -0,56% / $749,50
Café: 1,49% / $234,70
Açúcar: -0,26% / $19,35